Três motivos para acreditar que 2017 será diferente de todos os outros

Nação do Maior do Mundo;

 

O São Paulo de 2017 será bem diferente de todos os demais anos de sua história.

 

Não é papo de primeiro de janeiro. É fato. Inevitavelmente, o clube terá um ano muito peculiar e precisará conduzir muito bem as novidades que vem por aí para que não se perca nas transformações.

 

O Novo Estatuto, que estará em vigor em abril (juntamente com as eleições para o novo presidente) foi concebido em longos meses e iniciará um caminho sem volta para um clube que passou boa parte dos seus anos muito bem sucedido sob o regime amador. O futebol mudou, os clubes brasileiros estão evoluindo e o São Paulo precisou se adaptar, começar com a adesão ao Profut, a descentralização do poder do presidente e a extinção dos cargos nomeados, aqueles que qualquer pessoa pode exercer, desde que ela seja aliada ou ‘combinada’. Resumidamente: mais especialização e menos política. O grande desafio será fazer essa nova roda girar, principalmente encontrando consultores profissionais de confiança, isenção, competência e ao mesmo tempo disponibilidade para ingressar no conselho administrativo, que terá elementos vitalícios e viciados na política de clube. Quem quer que seja o novo presidente em abril, a gestão será acompanhada por este futuro conselho administrativo, que terá três consultores isentos entre nove membros. Um passo em falso e os abutres voltarão com seus dedos. “Eu avisei, vamos voltar ao que éramos antes”. Todo cuidado é pouco.

 

Dentro de campo a novidade é Rogério Ceni. O novo treinador do São Paulo é uma doce incógnita, escolhida a dedo para fazer com que 2017 seja realmente peculiar. Rogério vem com gás, novos métodos, experiência de anos e anos nos gramados e a plena confiança do torcedor. Com ele, o jogador que não se dedicar sabe que será massacrado publicamente pela opinião mais voraz do futebol, a de quem paga o ingresso. Isso porque Rogério será o último a ser poupado, pelo menos nos seus primeiros doze primeiros meses.

 

Por último, mais uma grande quebra de paradigma. A Base Tricolor obrigatoriamente mais presente. Cotia é linda, mas não dá tanto resultado quanto o torcedor espera. Isso pode mudar. Em 2017 veremos um São Paulo com muitas caras literalmente novas nos treinamentos e rachões da Barra Funda. Isso porque a nova medida de subir todos os atletas acima de 20 anos entrou em vigor neste ano. Para que isso acontecesse, no ano passado o clube reformou todos os contratos dos seus jovens. O trabalho ‘invisível’ e brilhante do futebol do São Paulo em 2016 fez com que praticamente todos os atletas de 20 anos para baixo fossem agora de propriedade econômica predominante ou total do clube. A pergunta a ser respondida neste ano é: “os jovens, antes inibidos com a vinda de contratações de fora agora inibirão os reforços?” Ainda é cedo para avaliar se será bom ou ruim em questão de glórias e títulos para o torcedor, mas sem dúvida a novidade mexerá muito com a estrutura de transição Cotia/Barra Funda.

 

São novidades para lá de inéditas para um clube que sempre se caracterizou por ser fechado, de regime quase militar. Veremos como Cotia se sairá, assim como a implementação do novo estatuto e o trabalho do novo velho conhecido do torcedor brasileiro. Porém, a mudança é tão certa como a célebre canção de Lulu Santos: “nada do que foi será, de novo do jeito que já foi um dia”. 

 

Um bom 2017 para todos nós.

 

Saudações Tricolores!
Daniel Perrone | São Paulo Sempre!

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