São Paulo x Palmeiras: a maior rivalidade da cidade de São Paulo!

Nação do Maior do Mundo;

 

Se existe um jogo na cidade de São Paulo que possui reais contornos de rivalidade, daquelas que o ‘ódio esportivo’* se aproxima (mesmo que de leve) ao de grandes embates futebolísticos no mundo, como Rangers e Celtic ou Fenerhbace e Galatassaray, esse jogo é São Paulo x Palmeiras.

 

Quem não concorda? Corinthianos e alguns palmeirenses (e são-paulinos) mais jovens, mas a velha guarda ou aqueles que conhecem a história do futebol paulista aprovam o título do post. O “Choque-Rei”, apelido dado ao clássico de quase noventa anos de história, por um bom tempo ultrapassou a esfera esportiva e se tornou caso de segurança nacional. Durante a Segunda Guerra Mundial, quando o então Palestra Itália foi obrigado a trocar de nome para Palmeiras, os antigos palestrinos acusaram (e acusam até hoje) dirigentes do São Paulo entre os que mais pressionaram as autoridades para que o rival mudasse de nome, respeitando a legislação nacionalista vigente na época. Deu para sentir a tensão?

 

São Paulo e Palmeiras são rivais desde o primeiro jogo (um 2×2 no Palestra Itália em 1930), mas o auge de sua rivalidade aconteceu entre 1942 e 1950, período em que São Paulo e Palmeiras dividiram os nove títulos paulistas disputados. Foram cinco títulos do São Paulo (1943, 1945, 1946, 1948 e 1949) e quatro do Palmeiras (1942, 1944, 1947 e 1950). De 1930 para cá, o confronto só não foi realizado em um único ano, por culpa exclusiva dos palmeirenses: em 2003 o alvi-verde foi rebaixado e não tivemos o prazer de enfrentá-lo. Segundo levantamento histórico do clube, o Tricolor possui vantagem no embate, além de uma recente enorme invencibilidade no Morumbi, mas ainda não ganhou na arena nova.

 

Hoje as coisa mudaram e a rivalidade foi amenizada pelas quedas do rival para a série B, mas quem viveu a época de ouro de Telê e Luxemburgo/Parmalat sabe como é gostoso ‘odiar o próximo’. Falando do jogo de sábado (péssima data, Choque-Rei tem que ser domingo), o São Paulo vem no embalo de uma equipe em formação, com um técnico novo, com identidade ofensiva e a procura de títulos enquanto que o Palmeiras, campeão brasileiro de 2016, está com a cabeça voltada mais para a Libertadores e ainda tenta encaixar seu novo técnico ao grande plantel que possui. Além do São Paulo, o Palmeiras tem jogo pela competição sul-americana no meio da semana e mais um clássico, na Vila Belmiro. Perder para o Tricolor e uma má jornada nos dois próximos jogos pode até ocasionar a demissão de Eduardo Batista.

 

O São Paulo recentemente viveu momentos semelhantes aos do rival. Campeão Brasileiro em 2006, 2007 e 2008, o Tricolor teve que conviver com a Libertadores no meio dos torneios nacionais e estaduais e sempre teve problemas. Ceni terá o ABC em Natal e o Ituano no outro sábado, confrontos teoricamente mais leves, portanto a missão, por mais difícil que seja, é ir com a melhor formação e tentar a vitória. Independente do resultado, prevejo um clássico franco como foi na Vila, onde o Tricolor se deu bem. A confiança no grupo de Ceni é grande.

 

Que venha o Porco, tão ‘querido’ e tão ‘odiado’, mas sempre um grande adversário.

 

* Ódio esportivo = rivalidade acirradíssima apenas dentro das quatro linhas do gramado, favor não confundir com violência, apologias e afins.

 

Saudações Tricolores!
Daniel Perrone | São Paulo Sempre!

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