A situação atual do marketing do Tricolor. O caminho é terceirizar!

Quem trabalha com marketing e propaganda sabe que o período em que é realizada uma Copa do Mundo, é considerado “quente” no mercado. O ano de 2018 não será diferente: com a Copa do Mundo na Rússia entre junho e julho, os gastos das marcas com o esporte aumentarão consideravelmente.

 

De acordo com a IEG, a previsão de gastos de marketing e publicidade com o esporte deverá aumentar cerca de 4,3% em relação ao ano passado (comunicação) e 4,1% em relação ao ano passado (marketing), podendo alcançar um total de 4,6 bilhões de dólares na América Latina. Ainda segundo a IEG, a tendência será maior em patrocínios, com promoções em segundo plano. Entre os segmentos que mais investirão, destacam-se seguradoras, montadoras, cervejarias e instituições financeiras.

 

Onde fica o São Paulo nisso tudo? Antes de responder essa pergunta, é preciso entender em que posição que está o marketing do nosso clube. Desde a entrada de Leco como presidente em abril do ano passado, a sensação é de abandono total de iniciativas: o clube está muito mais preocupado em segurar seus atuais parceiros que pensar estrategicamente “para frente”. Os módulos digitais de patrocínio, que eram uma grande tendência, não tem mais sido vistos na comunicação do clube, a SPFCTV, um ótimo projeto e que roda muito bem, não tem conseguido novos recursos de patrocinadores e o projeto Sócio Torcedor do clube me parece totalmente abandonado, depois de um ótimo desempenho conquistado em 2016.

 

Há tempos defendo que o melhor para o São Paulo é terceirizar o setor, escolhendo um “diretorzão” do mercado, alguns gerentes específicos para as áreas de “estádio, licenciamentos, branding e ST” e deixando tudo nas mãos de empresas gabaritadas do ramo, como uma boa agência de publicidade, um bom escritório de fidelidade através de pontos ou milhagens, um escritório de licenciamento e um escritório de marketing esportivo, voltado para captação de patrocínios para a camisa e o estádio. Claro que todos receberão comissão pelo trabalho realizado e performance obtida e isso não é pecado, muito menos crime: o clube tem que gerenciar isso e prestar contas a Conselho de Administração e ao Conselho Deliberativo.

 

Sei que a política atrapalha, sei que poucos profissionais arriscariam um bom emprego e perspectiva de longevidade para se arriscar no clube mas isso não me dá o direito de me conformar, ainda mais fazendo parte deste mercado. O São Paulo tem um potencial enorme de receitas e vejo o marketing uma das suas principais saídas. Mas precisa ser feito com profissionalismo e responsabilidade.

 

Hoje o marketing do São Paulo é mais um alicerce político para beneficiar este ou aquele grupo que um módulo de geração de receitas para o clube. E precisa ser visto e combatido com seriedade pelos nossos conselheiros.

 

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Saudações Tricolores!
Daniel Perrone | São Paulo Sempre!

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