Os fatos, os bastidores e a opinião sobre a demissão de Diego Aguirre

Diego Aguirre não é mais técnico do São Paulo. O clube comunicou a sua demissão em nota oficial a cinco jogos do término do Campeonato Brasileiro e do fim do contrato do treinador com o clube. André Jardine comandará a equipe nas últimas partidas do Brasileirão.

 

Aguirre deixa o São Paulo com 55,8% de aproveitamento. A demissão não foi tomada de forma impulsiva. Antes mesmo da partida contra o Corinthians, a diretoria do Tricolor estava insatisfeita com os rumos do trabalho do uruguaio. A avaliação é que o trabalho havia estagnado e faltou fôlego ao técnico, tanto na parte tática como na direção de seus comandados. Porém, a intenção era mexer no final da temporada.

 

O empate em Itaquera, com mais um péssimo desempenho coletivo, antecipou a saída. Também pesou muito o fato da vaga direta para a Libertadores 2019 estar mais a perigo que nunca. Se o São Paulo não ficar entre os quatro primeiros colocados, terá um espaço de tempo curto para o planejamento e a adaptação de outro técnico. O “efeito Jardine” foi a solução encontrada para tentar evitar a curta pré-temporada.

 

Demitir um técnico não é motivo de alegria para ninguém, nem o mais humilde torcedor até o mais ilustre dirigente. É sinônimo de fracasso, incompetência coletiva, algo que o São Paulo há tempos se acostumou com gestões e nefastos grupos que circulam em bandos nos arredores do Morumbi. Mas neste caso, a demissão também contou com imensa colaboração do protagonista do post.

 

Aguirre não se ajudou. Teve a faca e o queijo na mão, isso é, teve a chance de ter a torcida ao seu lado quando o clube gozava da liderança na metade do campeonato. Porém, mostrou um repertório curto demais para um clube tão grande como o Tricolor e, de quebra, não soube lidar com as nuances da temporada. Quando teve tempo para treinar, sucumbiu. Quando precisou retomar a atitude vencedora do grupo, falhou. Assim, não mostrou ser técnico de primeira prateleira, mesmo com a tranquilidade que o trio de ferro do futebol lhe deu.

 

E o futuro? É ainda absolutamente nebuloso, mas para mim aponta uma direção. Que a mudança sirva para o Tricolor entender que precisa de um técnico de primeiro escalão, que segure a bronca de uma torcida exigente, com uma longa estiagem de títulos e um CT distante da excelência de outros anos. Investir em um medalhão, desde que com bom histórico atual, até economiza em elenco pois o ‘costa larga’ pode fazer muitos dos atuais jogadores voltarem a funcionar.

 

Que Raí e seu corpo de profissionais saibam conduzir essa transição com sabedoria, para que 2019 não seja mais um entre tantos anos fracassados do atual e melancólico São Paulo Futebol Clube.

 

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Saudações Tricolores!
Daniel Perrone | São Paulo Sempre!

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