OPINIÃO São Paulo 0x1 Guarani

Derrota feia e tensa no Pacaembú. O São Paulo acabou com um tabu de mais de vinte anos, perdeu do Guarani em ‘casa’ e viu a panela de pressão apitar alto nesta quinta-feira. É o segundo revés seguido da equipe de Jardine no Campeonato Paulista, as vésperas de uma decisão de Libertadores.

 

O Guarani fez o gol logo a um minuto de jogo e nos noventa e poucos minutos restantes atuou como o figurino: montou-se na defesa e esperou uma segunda bola. O Tricolor pressionou a equipe de Campinas por praticamente todos os noventa minutos mais os acréscimos, mas não teve capacidade de estufar as redes. Foram mais de sessenta bolas na área, falta na trave, gols em impedimento e nenhuma tabelinha ou jogada coletiva que furasse de modo inteligente o ferrolho do Bugre.

 

A falta de repertório criativo e a ineficiência no ataque impressionou negativamente até mesmo os torcedores mais pacientes. Faltou conjunto, força e principalmente proposta coerente de jogo. Cadê a pressão na saída de bola? Cadê a intensidade? O técnico é novo, vencedor na base e moderno mas o time ainda é um amontoado e as ideias pensadas não são executadas. Depois de praticamente trinta dias de treinamento, o futebol apresentado a menos de uma semana de uma decisão na Argentina é inaceitável.

 

No final da partida, muitas vaias da arquibancada a ineficiência coletiva e das numeradas ao presidente Leco, que assistiu o jogo nas Tribunas e apressou-se para sair de cena, tal qual os jogadores que partiram rapidamente para os vestiários.

 

No domingo passado perdemos sendo dominados. Hoje perdemos dominando as ações. O resumo disso é que o torcedor ainda não enxergou um time confiável, um esquema definido e jogadores apresentando bom futebol dentro da equipe. A evolução do conjunto da equipe é quase imperceptível ao torcedor. Já o limitado repertório ofensivo apresentado nas últimas duas partidas, esse sim é visível até para um torcedor mirim.

 

Pelo cenário montado, reverter o quadro de time bagunçado e inócuo para quarta-feira que vem será a tarefa mais complicada deste início de ano. O problema se agrava depois das possíveis lesões de Liziero e Jucilei, além da incógnita situação física de Hernanes. É, irmãos… haja fé!

 

Nota dos personagens da partida:

Tiago Volpi – Até ele foi na área no último minuto dos acréscimos. Nota: 5,0
Bruno Peres – Fraca atuação. Nota: 4,5
Anderson Martins – Regular, saiu no segundo tempo. Nota: 5,0
Arboleda – Sobrecarregado na zaga. Nota: 5,5
Reinaldo – Bola na trave na falta, mas muito passe errado. Nota: 5,5
Jucilei – Pouca mobilidade no jogo. Saiu lesionado. Nota: 5,0
Liziero – Um festival de passes errados. Saiu contundido. Nota: 5,0
Pablo – Movimentou-se bem, mas a bola não chegou. Nota: 5,5
Helinho – Muita fumaça, sem a atitude do drible. Nota: 4,5
Diego Souza – Poucas chances para o gol. Nota: 5,0
Everton – Movimentou-se mas com pouca eficiência. Nota: 5,5

Hudson – Jogou como segundo volante e zagueiro. Nota: 5,5
Hernanes
– Estreou com derrota, nunca é bom. Nota: 5,5
Nene – Esforçado mas também com pouca eficiência. Nota: 5,5

André Jardine – Time pressionou, pressionou mas não apresentou criatividade e organização. Muito chuveirinho para pouca tabelinha e infiltração. Preocupa bastante para a semana que vem. Nota: 4,5

 

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Saudações Tricolores!
Daniel Perrone | São Paulo Sempre!

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