OPINIÃO Atlético 1×1 São Paulo

São Paulo e Atlético MG empataram na noite desta última quinta-feira, no Estádio Independência, reduto atleticano. Com o placar igual, o Tricolor encerra a ‘primeira etapa’ do torneio na nona colocação e terá uma pré-temporada nova durante o período da Copa América.

 

O primeiro tempo foi ruim. Cuca optou por anular os lados do adversário e usou Toró e Calazans para auxiliar Reinaldo e Igor Vinícius na marcação. O problema era que, com a bola, o Tricolor não tinha saída qualificada e gente suficiente para chegar ao gol de Vítor. Apenas Pato jogava mais avançado, e ficou isolado em muitas partes dos primeiros quarenta e cinco minutos. Apesar da falta de ofensividade, o time conseguiu anular o Galo em boa parte do tempo. O adversário só ficou à frente do placar porque ‘achou um gol’ com uma falha de Toró e a interpretação tendenciosa do árbitro, já que haviam três jogadores do Atlético impedidos no lance e a bola mal resvalou no atacante Tricolor. Na minha opinião, sobrou slow motion e faltou bom senso na validação do gol.

 

Já a segunda etapa foi bem mais aceitável. Atrás do placar, Cuca mexeu no time, colocando Igor Gomes, Éverton Felipe e Nene. O São Paulo, enfim, procurou a partida. O jogo ficou mais aberto e bonito de assistir e o Tricolor foi muito feliz na jogada do seu gol. O veterano Nene enfim foi o cara que quebrou a linha de marcação e achou Pato na entrada da área. O atacante deu um belo corte no zagueiro e chutou firme, sem chances para o goleiro. Fazia tempo que o time não quebrava uma linha defensiva desta maneira.

 

O gol de Pato mostra a solução para uma grave deficiência do time: a falta de chutes. Para o Tricolor chutar a gol, os meias precisam deixar os atacantes em melhores condições e foi isso que aconteceu no tento de Pato no Independência.

 

Para quem deseja o título (não é nosso caso, neste momento) ou ao menos o G4, empatar seguidamente é ruim na tabela. Apesar de apenas uma derrota até agora, foram cinco empates, sendo três deles em casa: Flamengo Bahia e Cruzeiro. Vamos ver o que acontece durante esse período de pausa, mas Pato deu a letra em entrevista na saída do gramado: treinar, se encaixar e entender melhor a proposta do técnico. O atacante reclamou que a sequência de jogos não permitiu o elenco assimilar de vez o jogo de Cuca. Agora, eles terão o tempo que precisam para se entenderem em campo. Dá para melhorar. Precisa melhorar.

 

Nota dos personagens da partida:

 

Tiago Volpi – Mais uma ótima atuação. Mostra confiança. Nota: 8,5
Igor Vinicius – Partida fraca na marcação. Não foi ao ataque. Nota: 4,5
Bruno Alves – Bom jogo mas errou num lance quase no fim. Nota: 5,5
Anderson Martins – Não comprometeu mas está longe da forma. Nota: 5,0
Reinaldo – Reclama bastante e produz pouco ofensivamente. Nota: 5,5
Luan – Ótimo jogo, com consistência e sem oscilação. Nota: 7,5
Hudson – Prestativo, foi do meio para a lateral, sem brilho. Nota: 5,5
Hernanes – Ainda não é o Hernanes que o torcedor confia. Nota: 4,0
Toró – Trabalho muito mais tático na defesa que no ataque. Nota: 5,5
Calazans – Idem a Toró. Os beiradas fizeram função defensiva. Nota: 5,5
Pato – O talento da equipe. Quando foi bem acionado, correspondeu. Nota: 8,5

 

Igor Gomes –  Entrou mas não encaixou, como pretendia Cuca. Nota: 5,5
Everton Felipe – Ganhou a função ofensiva mas não correspondeu. Nota: 4,5
Nene – Sua assistência deu um ponto ao São Paulo neste jogo. Nota: 8,0

 

Cuca – Apesar do trabalho ainda insatisfatório, merece o apoio do torcedor por ser um treinador que entende do riscado. A parada da Copa será crucial para as pretensões da equipe, desta vez em um único torneio no ano. Nota: 5,5

 

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Saudações Tricolores!
Daniel Perrone | São Paulo Sempre!

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