Reunião no Conselho do São Paulo: mais do mesmo. Até quando aguentar?

O Conselho Deliberativo do São Paulo aprovou na noite desta última terça-feira os empréstimos com diferentes instituições financeiras já realizadas pela atual gestão do clube e previamente aprovadas pelo Conselho de Administração.

 

A reunião foi mais um triste “mais do mesmo Tricolor”, perdido no tempo há uma década. Segundo o depoimento de um conselheiro presente, foi deprimente presenciar o Salão Nobre se esvaziar em menos de cinco minutos com o alarde para o jogo da seleção brasileira, explicitando o pouco caso sobre os assuntos relativos clube, suas dívidas e seu futuro. No final, apesar do alarde de alguns conselheiros de oposição (já que a oposição do São Paulo inexiste há anos), e protesto de alguns torcedores que chegaram a se aglomerar no portão do Salão Nobre, as medidas tomadas foram aprovadas por 87 conselheiros, diante de 35 votos contra, 20 abstenções e um total de 142 presentes.

 

A reunião no Conselho dá ainda mais a certeza de que hoje são raras as pessoas com capacidade de gerir e de aconselhar um clube com receita de meio bilhão/ano no futebol como o São Paulo. As razões dessa estagnação ultrapassam as pessoas que estavam ontem no Salão Nobre do clube. O bairro do Morumbi já nobre, assim como o clube social, que atraía notáveis. Hoje, a região é um dos grandes problemas da cidade, contribuindo diretamente para que o social do São Paulo Futebol Clube não atraia mais gente que faça real diferença. Existem, mas são raras as pessoas dentro do clube com capacidade produtiva que atenda a demanda moderna. Não estamos falando de índole. Estamos falando de capacitação.

 

Hoje, há política e interesses individuais demais e competência e vontade coletiva de menos. A situação é grave como na maioria dos clubes do Brasil, tratados como gado por empresários e negligenciados pela sua associação maior: a CBF. Ou se faz uma mudança pioneira e radical no sistema do clube ou nada mudará. Mudança séria, tocada por pessoas sérias e afim de destruir a raíz.

 

É tarefa das mais difíceis, que não se faz de um dia para o outro. Apesar da dificuldade, temos história e torcida, sem sombra de dúvidas os maiores patrimônio da instituição. Mas até quando história e torcida suportarão esse jogo de cartas marcadas que é o São Paulo Futebol Clube?

 

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Saudações Tricolores!
Daniel Perrone | São Paulo Sempre!

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