O texto publicado em maio pelo site Finanças Tricolor mostra um dado preocupante para todo são-paulino que procura entender o coeficiente entre receitas e despesas do seu clube de futebol. O texto mostra que somente pouco mais de 5% de toda receita do São Paulo em 2018 foi gerada pelo seu departamento de Marketing.
Para se ter uma ideia da situação, o valor atingido em 2018 (R$23,2 milhões) é comparável ao ano de 2015, período de grave crise administrativa e escândalos que afetaram a credibilidade da marca São Paulo. O valor não inclui o plano Sócio Torcedor mas mesmo assim é baixíssimo se lembrarmos que o clube ainda ostenta a terceira maior torcida do país.
Há tempos alerto que a crise no Marketing do clube é tão ou mais profunda que a crise no futebol, marcada por alta rotatividade de diretores, jogadores, comissões técnicas e estiagem de sete anos sem títulos. O marketing, ganhando ou perdendo, tem obrigação de gerar receita à partir de oportunidades, licenciamento, patrocínios e relacionamento que fidelize o seu torcedor. A culpa da baixa no Marketing não pode ser creditada somente da falta de títulos: a alta rotatividade na direção da pasta e a dificuldade em trabalhar em meio a jogos políticos dos clubes e suas chapas também são causas da pobreza em um setor que anualmente ‘herda’ nomes como Dani Alves, Alexandre Pato e Hernanes para trabalhar.
Para se ter noção da alta troca de cadeiras no Marketing, somente nos últimos anos tivemos três perfis diferentes cuidando do departamento. Um deles deixou o cargo para ser diretor de futebol, outro esteve envolvido em suspeita de fraude na venda de ingressos do show do U2 e outro foi demitido por fraco desempenho sem ter autonomia de trabalho. Em 2019, o setor conta com João Fernando Rossi (foto) como diretor executivo e aparentemente a roda ainda não gira como deveria.
Segundo o Finanças Tricolor, os valores do marketing em 2018 se assemelham a época sem patrocínio Master em que o clube viveu. Para efeito de comparação: Se dependesse do marketing para comprar Thiago Volpi do Querétaro com o dinheiro recebido pelo setor em 2018, a conta quase não fecharia. Volpi custa fixos 5 milhões de dólares (cerca de R$ 20,39 milhões), valor previsto em contrato. Em clubes organizados e com grandes receitas, jogadores de nome praticamente se pagam pelo Marketing.
Torço muito para que o que aconteceu em 2018 em termos de faturamento não venha se repetindo em 2019. Se o Marketing continuar batendo cabeça como acontece nos últimos anos, fatalmente o clube dependerá da venda de seus atletas de base (a nossa “Crefisa”), nunca atingindo uma maturação de elenco necessária para ter mais chances de glórias dentro de campo.
Vale lembrar que o real valor de Dani Alves começará a ser pago no ano que vem.
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Saudações Tricolores!
Daniel Perrone | São Paulo Sempre!
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(6) Comentários
valdeir souza
21 de outubro de 2019Falando no fracasso do marketing, me lembrei que mês passado fui visitar a "mega" "loja" da Adidas no morumbi... que piada....meia dúzia de peças penduradas, aquilo mais parece um quisoque de ambulante e dos piores, o que fizeram com o clube, ridiculo...
Maurício Leopoldo
19 de outubro de 2019Tudo bem que o Carlos Augusto de Barros Silva, vulgo Leco é o pior presidente da história do clube, mas você que é do ramo, parece que não mora no Brasil. O país entrou em uma recessão brava e todos os negócios pararam. O futebol não atrai mais os grandes anunciantes. Faça um levantamento do patrocinador central, o principal dos outros clubes e você certamente vai se espantar com os valores pagos hoje. Neste cenário só gênios sobrevivam e os clubes de futebol além de não ter dinheiro para contratar este profissional não é um atrativo.
Marcos
18 de outubro de 2019Como uma pessoa e demitida por fraco desempenho se ela não tem autonomia para trabalhar? O fraco desempenho não seria de quem não deu autonomia? E meio assim, você é um péssimo blogueiro mas eu decido o que você vai postar
Diego Mirandola
18 de outubro de 2019Fora leco!!!!
Samuel B
18 de outubro de 2019Presidente burro ! Inconsequente ! Que Várzea eternaaaaa!!
Cerberus
18 de outubro de 2019Qual a surpresa? Onde esse presidente imbecil botou a mão no SPFC, ele arruinou tudo, é só conferir a trajetória desse sujeito no clube! SPFC falido, sem respeito, perdendo torcedores, há anos não ganha nada, é atualmente um clube da parte de baixo do futebol brasileiro, o gigante virou anão e ainda vai piorar muito mais. Fernando Diniz, que segundo contam foi contratado por um conselho de "notáveis" do elenco de jogadores, é tão somente mais uma piada grotesca dessa diretoria, quando ele cair em breve, vão trazer Adilson Batista de volta?