Um jogo com todos os ingredientes de uma final de campeonato: expulsões, pênalti perdido, pressão e uma atuação de superação do São Paulo Futebol Clube. Mais uma vez o infante Tricolor, porém em um momento constrangedor financeiramente, segurou o Palmeiras em seu melhor momento na história.
O ponto foi importante no Parque Antárctica, mas a atuação poderia resultar até em vitória, não fosse a expulsão injustificável do zagueiro Ferraresi. O primeiro tempo foi vencido por Rogério Ceni em cima de Abel Ferreira, com o São Paulo criando boas chances de gol em contra-ataques. Porém, logo no finzinho do primeiro tempo, o venezuelano Ferraresi resolveu dar uma cotovelada dentro da área adversária, numa bola parada e na frente do árbitro. Atitude irresponsável e infantil, que obrigou a equipe a sair do bom 3-6-1 do primeiro tempo para num pragmático 4-4-1 na segunda etapa.
Já no segundo tempo, com Galoppo no lugar de Luciano, a pressão palestrinha seria inevitável. E ela aconteceu com muita pressão pelos lados, um pênalti (bem marcado) e até a entrada de Endrick, que ‘expulsou’ Beraldo em um lance decisivo.
Mas não veio o gol, fruto da atuação focada da equipe e o brilho individual de Felipe Alves (partida de “Rogério Ceni” em seus anos de auge) e do jovem Luizão, o único zagueiro presente nos mais de 100 minutos de jogo, já que a equipe não contou com Rafinha, Diego Costa, Léo e perdeu Miranda na segunda etapa.
Comemorar? Sim. Mas também amentar que essa partida, digna de uma verdadeira final entre os dói clubes, não foi feita pelo Tricolor quando realmente era preciso: a final do Paulista 2022, no próprio Parque Antárctica.
Seguimos para terminar o Brasileirão de forma digna.
Nota dos personagens da partida:
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Segundo o Portal Lance! o São Paulo monitora a situação de Gatito Fernandez, do Botafogo. Por ter contrato a encerrar em breve com o clube carioca, o Tricolor estuda enviar uma proposta ao goleiro alvinegro.
Ainda segundo o portal, o principal concorrente do São Paulo seria o próprio Botafogo. O Lance! apurou que o clube carioca gostaria de manter o já veterano goleiro para o ano que vem e teria encaminhado uma proposta de permanência.
Segundo o portal Torcedores.com, a negociação entre Botafogo e Gatito está complicada por conta da nova pedida salarial para renovação de vínculo, considerada alta pela gestão do clube do Rio de Janeiro. Segundo o Torcedores.com, o paraguaio atualmente recebe cerca de R$ 280 mil por mês.
Acho insólita essa retomada de interesse pelo clube, já que Gatito quase esteve no Morumbi em 2017 e, segundo o que foi especulado, só não fechou contrato com o São Paulo porque Rogério Ceni, então técnico na época, optou pela escolha de Sidão, goleiro então emprestado ao próprio Botafogo pelo Audax e que hoje atua pelo Atlético Catarinense.
Neste contexto, cabe a pergunta: trazer o paraguaio para o São Paulo seria a tentativa de reparação de um erro de escolha de goleiro em 2017 pelo próprio Ceni? Outra questão a ser levantada, a principal do post: será que o paraguaio resolveria o problema crônico da posição em 2023?
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Na minha opinião, Gatito é um pouco melhor que os goleiros que temos no elenco atual mas ainda não preencheria a lacuna da pergunta acima.
Completamente recuperado de uma grave lesão no ano passado, o paraguaio jogou em 39 partidas nesta temporada. Com 34 anos, ele costuma ser convocado para a seleção de seu país e seria mais um estrangeiro no elenco.
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A reportagem “Por que o Grupo City analisou São Paulo mas preferiu comprar o Bahia”, do jornalista Danilo Lavieri (Portal UOL) está incentivando uma grande discussão entre os são-paulinos.
Na reportagem, o jornalista explica os motivos que levaram o grupo internacional de futebol a optar pelo clube baiano e não o São Paulo ou até mesmo o Atlético-MG, também levado a mesa de conversas iniciais do grupo. No caso Tricolor, Lavieri citou entraves econômicos, políticos institucionais e de folha salarial de elenco.
Defendo que um estudo bem estruturado de SAF e aporte econômico ao futebol deva ser encaminhado e discutido pelo Conselho Deliberativo, que é o órgão que dita os rumos do São Paulo. Porém, neste pontual caso do City, o interesse estaciona inicialmente na diferença entre os objetivos econômicos do grupo.
Segundo a reportagem, o Grupo City teria um bilhão de reais para um período de quinze anos. A princípio o valor seria interessante mas se olharmos mais a fundo, não é adequado a uma instituição que fatura 500 milhões (brutos) em média por ano nos últimos anos e poderia faturar duas vezes mais se tivesse mais conquistas recentes.
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No caso do Grupo City, a proposta financeira em si já é motivo de não estender uma conversa mais aprofundada neste momento mas isso não quer dizer que não seja possível o São Paulo se encaminhar para ser uma instituição com o futebol de fato independente e administrado por um grupo em um sistema de clube/empresa.
Porém, para isso acontecer um dia, o clube precisará tomar medidas emergenciais como a revisão do estatuto, a diminuição do número de vitalícios e o estudo de formas de integrar voto de sócios e STs.
Aí vem a má notícia: eu não tenho fé alguma de que isso seja feito num curto espaço de tempo. O conselho é feito em sua maioria por pessoas que não tem interesse e tampouco amore pelo futebol. Elas foram eleitas pelo clube social e decidem em prol do clube social, afetando diretamente os quase vinte milhões de torcedores que gastam tempo, dinheiro e dedicação ao futebol.
É simples e claro. Enquanto não houver mindset, aporte financeiro e gestões competentes, dificilmente o clube retornará ao seu lugar de direito na história do futebol brasileiro.
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Mais: jornalista detona Ceni e insinua xenofobia do técnico
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O jornalista Joza Novalis, especializado em futebol sul-americano, não mediu palavras para criticar duramente o técnico Rogério Ceni em seu canal, no Youtube.
Com fortes declarações, sobretudo sobre o caráter do treinador do São Paulo, o jornalista acusou o treinador de mentiroso e até insinuou xenofobia em relação a não utilização do venezuelano Nahuel Ferraresi na equipe titular.
Joza analisou o momento da Comissão Técnica Tricolor e as declarações após a derrota diante do Botafogo, no Morumbi. O jornalista citou problemas em campo mas concentrou-se principalmente na entrevista coletiva do treinador, considerada por ele “mais pavorosa do que a atuação”.
“Quero falar sobre o ‘treineiro’ Rogério Ceni que, ou é um mentiroso, ou é um incompetente ou (sic) as duas ao mesmo tempo”. – Disse Joza Novalis no início de sua análise. O jornalista também classificou a gestão do São Paulo como vergonhosa e citou as goteiras na sala de imprensa durante a partida diante do alvinegro carioca mas deixou claro que o foco de sua análise era o treinador e sua incoerência.
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“Para ele (Ceni), o Ferraresi joga menos que qualquer zagueiro do São Paulo. Para ele, o Marcos Guilherme joga mais que o Galoppo, joga mais que o Bustos… para ele o Marcos Guilherme é o craque. O que ele tem feito com os jogadores estrangeiros que chegaram ou é na verdade xenofobia ou podem ser coisas muito piores” – disse Joza.
Em quase quinze minutos de análise, o jornalista não poupou o ex-jogador que mais vezes vestiu a camisa do clube, com adjetivos bastante pesados como “cretinice e mau-caratismo”.
É claro que o trabalho da comissão técnica não trouxe resultados no ano e também é evidente a preferência, pelo menos neste momento, do técnico pelos jogadores com mais tempo de casa, porém mesmo assim não vejo este Rogério Ceni mau-caráter e prejudicial do vídeo. No último programa SEMANA TRICOLOR citamos que no mês de Setembro Bustos e Gallopo tiveram mais minutagem em campo que atletas mais utilizados no meio do ano, como Igor Gomes e Eder.
Considero Ceni um técnico em formação e acho que seu trabalho pode evoluir no decorrer dos anos. No caso do São Paulo, admito que o envolvimento histórico e visceral dele com o clube possa atrapalhar algumas decisões do trabalho mas creio ser um grande exagero dizer que o técnico prejudica deliberadamente o clube, tampouco ser xenófobo em suas escolhas.
No caso da xenofobia, vale citar a titularidade de Arboleda, Calleri e principalmente Gabriel Neves que, até se contundir gravemente, conquistou a posição com trabalho e principalmente entendimento do modo como o técnico quer que a equipe jogue.
Para formar a opinião, aconselho os leitores do blog a assistirem na íntegra o programa.
Assista o video de Joza Novalis na íntegra:
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O lateral Rafinha também se manifestou contra as acusações recebidas pelo elenco do São Paulo nos últimos dias. O veterano disse entender a insatisfação do torcedor pela frustração recente da Sul-Americana mas defendeu os colegas das alegações de falta de empenho que circulam principalmente pela internet.
“Quando se perde, a crítica vem. Nada valeu a pena. A gente sempre procura fazer o melhor. Ninguém nunca viu jogador fazer corpo mole. Ninguém deixa de correr. Não conquistamos títulos, gera insatisfação.” – avaliou ele, defendendo o elenco de falta de empenho.
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Um dos mais experientes do plantel Tricolor, o lateral foi além. Rafinha disse que acredita que o trabalho está sendo bem conduzido na temporada e que o caminho é esse. “O que vem de fora, a gente escuta, mas o mais importante é nosso trabalho. Internamente, ele é bem feito. O torcedor vai ficar chateado por não ter títulos, mas o trabalho é bem feito. Acho que estamos no caminho certo” – avaliou.
Também não acredito em corpo mole mas realmente foi muito estranha a apresentação do São Paulo na final da Sula, com tudo a favor, principalmente a presença do torcedor. A frustração do torcedor, tirando atitudes extremas, é legítima. Há sim uma limitação técnica e tática. Não existe um meia capaz de conduzir as jogadas e quando Luciano e Nestor não conseguem criar o time simplesmente para.
Com contrato a vencer no final do ano, o lateral ainda não sabe se permanecerá no clube em 2023 e avalia propostas enquanto aguarda uma posição da diretoria. Rogério Ceni gostaria da permanência de Rafinha pois entende que o veterano é útil dentro e fora de campo, com sua experiência e histórico vencedor.
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O publicitário e jornalista Daniel Perrone é uma das maiores referências entre torcedores do São Paulo FC. Atuou por 10 anos como blogueiro do São Paulo no Globoesporte.com , integrou o programa "Fanáticos" do Esporte Interativo e foi o “cara do sofá roxo” da HBO Max, no Paulistão 2022. Atualmente administra o Blog São Paulo Sempre. Diplomado em Gestão de Clubes (SPFC/ESPM), é autor dos livros “TRI Mundial” (2010) e “MorumTRI" (2020) e do documentário COPA DO BRASIL 2023 (Prime Vídeo). Transmite a experiência dos jogos do Tricolor dentro e fora do Morumbis, mostrando os bastidores dos jogos e viagens. É sócio de uma loja de camisetas temáticas, com estampas produzidas para o torcedor são-paulino. Campanhas publicitárias, ativações de marcas e produtos nas redes sociais e blog, publieditoriais e presença em eventos. Contrate: [email protected]
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