Rogério Ceni mais uma vez concedeu uma boa entrevista coletiva após mais uma vitória Tricolor na temporada. Entre elogios ao seu elenco e atletas como Calleri, o técnico não refutou pergunta sobre a final do estadual no Allianz e mostrou amargura pelo vice-campeonato.

 

“Eu lamento muito a perda do Paulista. Sendo sincero com você, acho que nunca, em 30 anos, fui para uma final com dois gols de vantagem e perdi. Mas não posso também ficar remoendo isso. Para mim, é dolorido e é uma cicatriz que não vai se fechar. Vai ser daqueles jogos ruins que vou me lembrar para o resto da carreira. Como a derrota para o Velez perdendo o tricampeonato (da Libertadores, em 1994), outros jogos que a gente podia ter vencido. Esse grupo merecia fechar com o título. E o Palmeiras tem um belo time. Mas a gente poderia ter sido campeão paulista. Ponto.” – disse ele aos microfones.

 

Quem acompanha o profissional desde seus primeiros passos no clube que lhe deu títulos e projeção  internacional entende muito bem essa afirmação. Rogério sempre foi obstinado, trabalhador e competitivo. Na minha opinião não foi o melhor jogador da história porque no São Paulo tivemos muitos craques de grande quilate. Porém, ele representa muito bem o DNA são-paulino de objetivação, trabalho, luta e glória. Ele, para mim é tudo que o São Paulo é como conceito em carne e osso.

 

Por isso, vai demorar para cicatrizar a frustração do vice-campeonato, ainda mais após uma apresentação de gala no Morumbi, dias antes. Na minha visão, são muitos fatores que levaram a derrocada mas o principal deles foi o ônus de não ter tido até então um grande desafio com torcida contra na temprada.

 

Por ter sido campeão no ano passado, o São Paulo jogou contra Palmeiras no Morumbi, na primeira fase. o jogo contra o Santos estava vazio e com o rival trocando de técnico. No mata-mata, mais um jogo contra o Corinthians em casa e a primeira final também com a sua torcida. O bom time do Palmeiras, o ambiente hostil e a pressão da torcida adversária contribuíram para a afinada.

 

Segue o jogo e vira a página. A ‘missa de sétimo dia” foi neste domingo. Ponto.

 

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A estreia no Brasileirão 2022 não poderia ter sido melhor. Com um show de imposição, quatro gols e muita intensidade em campo, o São Paulo passou o rolo compressor no Athletico-PR e é líder do torneio na primeira rodada.

 

Desde o primeiro minuto até o último, deu para ver que a amarga página da final do Paulista foi virada. Mesmo sem Rodrigo Nestor e Gabriel Sara, dois motores do time em 2022, o time não caiu de produção criativa e ofereceu as oportunidades para o seu artilheiro. Calleri não desperdiçou nenhum lance e anotou três tentos. O quarto foi do reserva de luxo Luciano que, mesmo não começando os jogos, é peça fundamental no elenco.

 

No final, uma goleada imponente para o deleite dos vinte mil torcedores presentes no Morumbi. Com o andamento do campeonato, se mantiver a pegada e os resultados, voltamos a ter casa cheia, com média acima dos trinta mil. Este é o atual ‘clube do povo’ até que números nos provem o contrário.

 

Outro ponto muito bacana de se observar é que os dois times montados para a temporada atuam da mesma forma e intensidade. Isso é treino e trabalho do técnico. Rogério Ceni, ainda machucado pelo vice-campeonato estadual,  mostra o caminho para desafios maiores na temporada. Futebol hoje é físico preparo e organização e nestes quesitos o ano ainda pode ser muito promissor.

 

 

Notas dos personagens do jogo:

 

Jandrei: pouco acionado, teve atuação segura. Nota: 6,5

Rafinha: grande partida do veterano. Muita raça e intensidade. Nota: 8,0

Diego Costa: muito bem postado e demonstrando raça em alguns lances. Nota: 8,5

Léo: partida segura na zaga. Nota: 7,0

Wellington: atuação com intensidade. As laterais foram muito bem, ampliando o campo de jogo Tricolor. Nota: 8,0

Pablo Maia: atuação segura no meio-campo. Nota: 7,0

Igor Gomes: participação decisiva no meio, sem as presenças de Rodrigo Nestor e Gabriel Sara. Substituído sob aplausos no Morumbi Nota: 8,5

Nikão: ainda bastante tímido e bem travado no lado direito. Rogério poderia testar o camisa dez no meio-campo, com mais liberdade de movimentação. Nota: 5,5

Alisson: importantíssimo no motor do meio-campo. Nota: 8,0

Eder: alguns torcedores questionam a titularidade do veterano atacante. Neste domingo ele novamente mostrou disposição e desta vez abriu bastante espaço para os meias chegarem e para Calleri. Mereceu os aplausos ao sair de campo na segunda etapa. Nota: 8,5

Calleri: simplesmente toque! Nota: DEZ!

 

Luciano, Talles, Talles, Rigoni e Toró: os reservas ajudaram a manter a intensidade. Destaque para o gol de Luciano.

 

Rogério Ceni: temos um elenco motivado e intenso. Isso é trabalho de muito treino e do técnico. Ouso dizer que, se mantivermos a pegada e foco, podemos brigar por coisas boas neste Brasileirão. Hoje, perfeito. Nota: DEZ!

 

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Que partida louca! Em um jogo de muitos gols, o São Paulo arranca uma vitória importantíssima diante do valente Ayacucho e começa a Sul-Americana 2022 com o pé direito. Os gols foram marcados por Arboleda, Miranda e Luciano.

 

Parecia ser uma partida tranquila quando Arboleda abriu o placar na primeira chance Tricolor aos quatro minutos de bola rolando mas o São Paulo nitidamente caiu na pilha peruana e teve muita dificuldade de impor seu jogo. O meio-campo errava muitos passes e, de quebra, a defesa deixava muitos espaços, principalmente no lado esquerdo de Reinaldo e Miranda. Muitas vezes no primeiro tempo o jogo foi tão franco que beirou a várzea, com todo respeito ao futebol de bairro brasileiro.

 

Na segunda etapa, menos bagunça tática mas mesmo assim o Tricolor encontrou dificuldade de superar a marcação peruana. Ceni mudou o time e somente nos últimos minutos Luciano deu a vitória em um pênalti claro dos peruanos.

 

No fim, placar justo mais pela insistência do que pela superioridade de talentos do São Paulo. Mas ô partidinha feia… Gostei das entradas de Juan, Toró e Igor Vinícius. Volpi, Moreira, Reinaldo, Patrick e Gabriel Neves foram mal e Rigoni… bem, deixa para lá para não falar um belo de um palavrão.

 

Com o empate entre Jorge Wilstermann e Everton, o São Paulo sai na frente do grupo e, se vencer os chilenos no Morumbi semana que vem, dá um passo importante na conquista da vaga desse grupo mamão com açúcar. Só o Tricolor pode atrapalhar o Tricolor.

 

 

Notas dos personagens do jogo:

 

Tiago Volpi: muito inseguro e estabanado. Nota: 4,5

Moreira: partida muito tímida do jovem lateral. Nota: 4,5

Arboleda: gol e partida tranquila. Nota: 8,0

Miranda: ao meu ver não fez a falta do segundo gol do Ayacucho. Marcou um importante gol de bola parada. Nota: 8,0

Reinaldo: mal no primeiro tempo, na segunda etapa segurou a onda. Nota: 4,5

Luan: voltando ainda meio sem ritmo. Nota: 5,5

Colorado: passada meio esquisita. Nota: 5,5

Patrick: esse é o famoso dezesseis toneladas. Precisa entrar em forma Nota: 4,5

Rigoni: irreconhecível. Parece que o Dr. estranho tirou sua alma do corpo. Nota: 3,0

Luciano: muito esforço, pouca eficiência e um pénalti muito bem batido. Nota: 7,0

Marquinhos: pouco efetivo. Nota: 4,5

 

Talles, Gabriel Neves, Igor Vinicius, Juan e Toró: gostei da entrada de todos os garotos. Gabriel Neves mais uma vez muito mal, errando passes bobos e pichotando bolas desnecessárias.

 

Rogério Ceni: Fez bem em ir com esse time e teve sorte no final de uma partida quase “perdida” com um empate que seria muito ruim dada as circunstâncias (jogo em Lima, adversário)… mexeu bem. Nota: 6,5

 

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