São Paulo e Palmeiras se enfrentam nesta quinta-feira às 20h30, no Morumbi. A partida, adiada pelo adversário estar no Mundial de Clubes, será o último clássico do Tricolor na primeira fase do Paulista 2022.
O Tricolor tem ótima performance nos clássicos neste regional: venceu bem o Santos na Vila Belmiro e teve um ótimo desempenho coletivo na vitória diante do Corinthians, no Morumbi. Nesta partida, Ceni utilizou um meio-campo leve e jovem para desarmar o meio adversário na base da aplicação. Será que o treinador irá repetir a escalação vitoriosa para o Choque-Rei desta quinta?
Ceni não deverá repetir o time que venceu o Majestoso por alguns motivos. O primeiro deles é o já sabido rodízio implementado pelo treinador neste início de temporada. A medida serve para prevenir o grupo de lesões ao longo do ano, ‘mal’ que assolou o elenco no início do Brasileirão passado e contribuiu para os maus resultados do clube após a conquista do Paulista.
O segundo motivo é tático. Rogério vive dizendo em suas entrevistas que monta suas equipes de acordo com os adversários. Como o Palmeiras joga diferente do Corinthians e não faz questão da posse de bola, a tendência é que o treinador promova peças diferentes para neutralizar os contra-ataques promovidos pelo rival na direção de Dudu e Wesley.
De qualquer forma, apesar de não acreditar na mesma escalação, o técnico certamente manterá a espinha dorsal do time, com Arboleda, Rafinha, Pablo, Sara e Calleri e variando jogadores como Nestor, Rigoni, Marquinhos, Eder, Wellington e Reinaldo de acordo com os adversários.
Vale lembrar que O Tricolor ganhará importantes reforços para os próximos compromissos. Um deles é Alisson, importante no trabalho intenso do meio. Outro é Diego Costa. O zagueiro cresceu de produção com o treinador e pode ser alternativa a Léo, que atuou no último sábado. Luan e Patrick estão recuperados e poderão ser relacionados para o clássico.
Mais uma vez não teremos a escalação fechada diante do Palmeiras. Porém, mais importante que a escalação é o elenco mostrar estar fechado com as ideias do treinador. Foi o que se viu no sábado e em alguns outros compromissos, ainda que o futebol não tenha sido vistoso.
Já dá para enxergar a construção do time pretendido por Ceni.
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Quando lembramos de centroavantes recentes, o argentino Calleri desde 2016 sempre foi um nome lembrado pela torcida do São Paulo. O sonho da torcida foi realizado e o atual camisa nove está no clube por empréstimo até o fim de 2022, com opção de compra.
Para contratar Calleri em definitivo, o Tricolor inevitavelmente deverá desembolsar US$ 3 milhões, o equivalente a cerca de R$ 15,5 milhões. O valor é referente a 70% dos direitos federativos do próprio atleta, já que os outros 30% seguirão com o Deportivo Maldonado.
É um problema a ser resolvido no fim do ano. Quando lembramos de “opção de compra” já vem na cabeça os nomes do zagueiro Maicon e o mais recente, Tiago Volpi; duas contratações nos mesmos moldes e que não aconteceram como o clube imaginava após a compra em definitivo de seus direitos. Até virou ditado popular: “Só foi comprar que parou de jogar”, discutido por nove entre dez torcedores nas arquibancadas e redes sociais.
O São Paulo convive com muitos problemas financeiros e, após não conseguir uma grande venda na última janela de transferências, deverá vender jovens no meio do ano e a pergunta que fica é: será que teremos essa grana toda para pagar no Calleri no final de 2022?
O fato é que o argentino está correspondendo as expectativas, marcando gols e sendo decisivo em alguns jogos. É de se imaginas que a torcida vai pressionar os diretores pela compra definitiva em caso de sucesso na temporada.
A solução está dentro da temporada e a torcida é para que tanto clube como o jogador consigam seus objetivos esportivos e financeiros no final do ano. O Tricolor precisa gerar caixa pois somente assim terá recursos vindos de bilheteria, TV e premiações para adquirir o argentino sem debilitar ainda mais o seu caixa.
Por Grécio Duarte.
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O São Paulo está atrás de um primeiro volante desde o final do ano passado. A posição, identificada pela diretoria e pela comissão técnica como deficiente no elenco Tricolor, é uma das prioridades do clube para reforçar o elenco ainda neste semestre.
Já não bastasse a dificuldade do clube em negociar valores e condições por uma peça satisfatória, um pedido em especial de Rogério Ceni complicam ainda mais as buscas: o técnico Tricolor pede um atleta alto e que saiba sair jogando da primeira linha.
O pedido é praticamente uma exigência, visto que nenhum dos atuais volantes do elenco ultrapassa 1,80m. de altura. Luan e Nestor possuem 1,75m, Gabriel Neves é o mais baixo, com 1,71m) e o jovem Pablo Maia é o mais alto, com 1m78.
Aliás, Pablo foi testado no segundo tempo da vitória sobre a Ponte Preta em Campinas e deu esperança para melhoria na saída de bola. Em quarenta e cinco minutos jogados, o ex-capitão do sub20 trocou bons passes e chegou a área da Macaca, com um arremate quase certeiro no gol.
O São Paulo tentou a vinda de Rodrigo Dourado, do Internacional, mas as conversas não haviam avançado. O jogador ideal (porém impossível) seria o volante Souza, atualmente no Besiktas, da Turquia. Ele teve uma boa passagem pelo Tricolor entre 2014 e 2015.
Enquanto o titular Luan ainda está fora de combate por uma contusão que eu antecipei em outubro do ano passado ser difícil de cicatrizar, o revezamento continua. Nestor, Gabriel e Pablo continuarão na tentativa de dar estabilidade no setor, de fato um dos mais carentes do elenco.
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O São Paulo fará a sua quarta partida na temporada e já convive sob a pressão de resultados no Campeonato Paulista. Um ponto em nove disputados e a penúltima colocação na tabela geral é motivo de preocupação, tanto para o torcedor quanto para os gestores do futebol do clube.
Dentro deste cenário, chega a ser inacreditável a leitura da contundente matéria feita pelos jornalistas Brunno Carvalho e Pedro Lopes para o portal UOL. A matéria investigativa descobriu um grande incômodo do elenco e funcionários em relação a atitudes do técnico Rogério Ceni, com fontes e episódios de exposição, constrangimento e dura cobrança durante os treinamentos. Sobrou até para o departamento médico, com dezesseis contaminados por COVID nos primeiros dias de apresentação do grupo para os trabalhos iniciais.
Na boa: não engulo mais uma vez o elenco mais uma vez incomodado por ser cobrado de forma contundente, ainda mais num início de temporada. Todos sabem do difícil temperamento de Rogério Ceni e sua personalidade forte mas a história também reconhece o modo como o profissional viveu a vida de atleta são-paulino durante mais de vinte anos e como ele é obstinado pela vitória. Além do mais, é função da comissão técnica de um clube grande não só condicionar e treinar os jogadores como também tirá-los da zona de conforto.
E que zona de conforto que parece ser o CT da Barra Funda!
Episódios como esse não vem de hoje. Esse elenco (ou parte dele) já se incomodou com Dorival Júnior, Fernando Diniz e Hernán Crespo, atual técnico Campeão Paulista e demitido por falta de controle de vestiário. Cuca, campeão brasileiro e da Copa do Brasil pelo Atlético, nem ousou ficar por muito tempo na Barra Funda, alegando não ter capacidade de treinar o Tricolor.
Será que a culpa é realmente dos técnicos?
É claro que Ceni erra em muitas decisões e também precisa ser cobrado no ambiente futebol, mas neste início de temporada é preciso muito mais coletivo, dedicação e principalmente transpiração por parte do elenco e gestão de crise por parte de quem vem de cima. Pouca coisa sai de dentro para fora do CT mas o fato é que o torcedor não suporta mais um caso de atrito entre elenco e treinador manchar uma temporada. Recentemente perdemos um Brasileirão por atritos extra-campo e não podemos tolerar este tipo de incidente.
Elenco: menos panelinha e mais bola.
Gestores: mais controle da situação envolvendo o futebol.
Rogério e Muricy: menos decisões técnicas equivocadas.
A começar pela partida desta quarta-feira.
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Muricy Ramalho, coordenador de futebol do São Paulo, recentemente disse ao canal do Jorge Nicola que tanto ele como Rogério Ceni desistiram de contar com a contratação de um atacante de velocidade neste momento, dada a dificuldade do mercado.
Sem a contratação mais aguardada o coordenador confirmou que a comissão técnica usa o início do Paulista para adotar novas alternativas para o São Paulo nesta temporada. Uma delas é inserir os jogadores da base que possui, no caso Marquinhos e Caio, os únicos jogadores com as características procuradas e não encontradas no mercado pelo Tricolor. A outra alternativa comentada por Muricy é a mudança do esquema tático, privilegiando as características dos seus jogadores e reforços recém chegados.
Entre as duas alternativas, um claro dilema. Ou Ceni promove de vez os seus atletas da base no time principal para manter seu estilo de jogo ou muda o esquema de preferência por conta da característica do elenco, de mais toque de bola e menos profundidade.
É bom o torcedor se preparar para dias difíceis neste início do ano porque ao meu ver qualquer uma das alternativas citadas não produzirá efeito imediato, isso é resultados a curto prazo. Inserir Marquinhos ou Caio requer paciência com os novos jogadores e alterar esquema de jogo requer muito treino e repetição até o encaixe, sincronia e entrosamento dos jogadores com o novo modo de atuação.
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Há muitos problemas neste início de ano mas o exemplo de Rigoni é para mim o mais emblemático. Inserido em uma formação consolidada por Crespo após a conquista do Paulista, o meia argentino caiu como uma luva no início da temporada passada. Com a saída do técnico, vitimado por circunstâncias da temporada (incluindo vestiário) e somada a falta dos resultados, Rigoni se lesionou e caiu de rendimento. Entre muitos problemas, é dever de Rogério recuperar um dos seus jogadores mais técnicos, bem como é obrigação do clube colocar Luciano e Luan em condições de jogo.
Entre os dois caminhos, eu optaria pela tentativa “erro e acerto” de Marquinhos ou Caio como pontas no sistema, abrindo o campo e possibilitando mais profundidade de jogo. Apesar do risco com a falta de experiência dos garotos, neste momento seria um processo menos tortuoso para o coletivo. Porém, se os meninos sentirem o natural peso da camisa, será inevitável uma troca de sistema com o carro andando.
Nos próximos dias veremos a opção do treinador e a projeção de resultados.
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O publicitário e jornalista Daniel Perrone é uma das maiores referências entre torcedores do São Paulo FC. Atuou por 10 anos como blogueiro do São Paulo no Globoesporte.com , integrou o programa "Fanáticos" do Esporte Interativo e foi o “cara do sofá roxo” da HBO Max, no Paulistão 2022. Atualmente administra o Blog São Paulo Sempre. Diplomado em Gestão de Clubes (SPFC/ESPM), é autor dos livros “TRI Mundial” (2010) e “MorumTRI" (2020) e do documentário COPA DO BRASIL 2023 (Prime Vídeo). Transmite a experiência dos jogos do Tricolor dentro e fora do Morumbis, mostrando os bastidores dos jogos e viagens. É sócio de uma loja de camisetas temáticas, com estampas produzidas para o torcedor são-paulino. Campanhas publicitárias, ativações de marcas e produtos nas redes sociais e blog, publieditoriais e presença em eventos. Contrate: [email protected]