É ou não é um camisa nove?

É ou não é um camisa nove?

A entrega da camisa número nove para Diego Souza em sua apresentação no São Paulo me deixou apreensivo na época. Não pela capacidade do jogador em se adaptar a posição de  mas sim pela cobrança de todo e qualquer torcedor por aquilo que todo o autor deste número precisa fazer: gols.

 

O post do anúncio de Diego Souza foi o de maior audiência no Blog São Paulo Sempre desde a sua criação, em outubro de 2016. O jogador, que iniciou sua carreira como segundo volante, foi avançando as linhas devido a facilidade de arremate até terminar 2017 cogitado por Tite como suplente de Gabriel Jesus para a Copa do Mundo 2018. Porém, nunca foi centroavante em nenhum clube que atuou.

 

“Gosto de fazer gols, normal, mas não estabeleço uma meta. Também quero ajudar com assistências e gols. Não estou preocupado em jogar de 9, 10 ou pelo lado. Quero jogar e estar bem ajudando da melhor maneira.” – disse Diego Souza em sua chegada no site oficial do clube.

 

Porém, o momento é outro. Dorival, em sua entrevista após o jogo contra o Bragantino, cogitou (ironicamente ou não) mudar o número da camisa de Diego para tirar o peso de ser o homem-gol das costas do jogador. Dorival pensa num atacante flutuante, que não fica preso a consagrada função de Serginho Chulapa, Careca ou Luis Fabiano. Será que isso não poderia ter sido evitado desde a sua apresentação?

 

O número nove não é uma simples número no futebol. Ele é referência de gols, comemorações e artilharia em um país que cada vez mais discute a função do comandante de ataque. Só para dar um exemplo recente, Jô seria o Craque do Brasileirão de 2017 se não entregasse todos os gols que entregou no ano? Obviamente não.

 

Quando um camisa nove chega a um clube de futebol, não se esperam os meios e sim o fim: gols. Ainda mais quando falamos de uma contratação de peso como a de Diego Souza. Claro falta adaptação e paciência, mas entregar essa responsabilidade de cara a um jogador que ainda se adapta a função, ainda mais em um clube grande e em crise de títulos, é contribuir decisivamente para a discussão do tema.

 

PS Para não ser uma simples cornetagem, continuo acreditando em Diego na função de falso nove, mas como disse no texto, bastava dar também uma camisa “falso nove” para aliviar esse peso natural.

 

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Saudações Tricolores!
Daniel Perrone | São Paulo Sempre!

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