Um ano de Adidas/São Paulo: até o momento, uma parceria decepcionante

O São Paulino em geral só faltou soltar fogos na Avenida Paulista quando a parceria São Paulo/Adidas foi anunciada, no ano passado. Diferentes do padrão do mercado, os moldes do contrato da marca alemã se baseiam em participação do clube em altos royalties (26% a cada produto vendido, podendo chegar a 30% após metas cumpridas). O modelo previa receita até maior que dos modelos praticados pela Under Armour e Penalty. Além disso, a fama da empresa em diversificar e expor seus qualificados produtos prometia um efeito explosivo de compras entre os torcedores.

 

Porém, até hoje não se vê quase nada disso. Em um ano de parceria (a Adidas começou oficialmente no clube dia 30 de junho) o que se viu no mercado foram os bonitos porém protocolares uniformes de jogo, uma primeira linha de treino/viagem (fabricada as pressas, praticamente para atender o elenco) e a segunda linha de treino e viagem ‘azul’ de 2019. Além da falta de produtos diversificados, a marca ainda sofreu bastante crítica por conta da ousada tonalidade da nova linha, além de não ter conseguido abastecer adequadamente as lojas com os uniformes em diversos momentos da parceria. Faltou produto nas lojas oficiais e a iniciativa de se colocar nome e número nas camisas era frustrante, fora a resistência em preencher as costas do uniforme com as cores originais do clube.

 

Do ano passado para cá, pouquíssimas ações foram realizadas entre marca e clube. Uma delas foi a “Peneira Adidas”, projeto que leva três jogadores das ruas direto para a base do Tricolor. Os selecionados serão os vencedores das categorias Sub-11, Sub-13 e Sub-15. A iniciativa é bacana mas alguém aí viu marca ou clube bater nessa tecla com entusiasmo? Sou blogueiro do São Paulo há treze anos e só soube dessa ação dias atrás. Imagina que não acompanha com tanto afinco…

 

Espero estar errado mas com o comportamento atual, a Adidas demonstra para o mercado que o São Paulo se tornou apenas mais uma marca em sua prateleira. A parceria me parece muito mais se basear em atividade puramente comercial (produção de uniforme e venda nas lojas, com a presença de jogadores) que algo mais profundo, com ações de marketing que elevem as duas marcas e alterem o sentimento do torcedor, tão castigado pelo mau futebol apresentado nos últimos anos.

 

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Saudações Tricolores!
Daniel Perrone | São Paulo Sempre!

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