As grandes contratações da história do São Paulo no mercado brasileiro

O São Paulo é um dos clubes que mais contratou atletas de agremiações do mercado brasileiro. O Tricampeão Mundial já contou com inúmeros jogadores de outros clubes do país, inclusive dos seus grandes rivais do estado. O Palmeiras, por exemplo, foi o clube que mais vendeu atletas para o Tricolor, com vinte e oito transações para o Morumbi. Destacarei algumas das mais bem sucedidas nessas linhas:

 

Atlético Mineiro – Do Galo vieram dois grandes laterais direitos da história do São Paulo. O primeiro deles é Getúlio, que atuou nem grandes esquadrões do início dos anos oitenta. O outro é Cicinho, que veio da Cidade do Galo para ser campeão Paulista, da Libertadores e Mundial pelo Tricolor.

 

Athletico Paranaense – Destaco duas grandes contrataões do Furacão para o Tricolor. Um deles é Aloísio Chulapa, que veio para ganhar títulos e ser campeão Mundial em 2005. O outro é Dagoberto que, após uma transação prá lá de polêmica no início de 2007, vestiu a camisa do clube. No São Paulo Dagol foi campeão brasileiro no mesmo ano e em 2008.

 

Bangu – Sim, do carioca Bangu Atletico Clube veio um dos maiores jogadores da seleção brasileira: o meia Zizinho. Sucessor de Leônidas da Silva e antecessor de Pelé, Zizinho foi eleito o melhor jogador da Copa do Mundo FIFA de 1950 e veio veterano em 1957, para fazer sucesso no Tricolor. Pelo clube, conquistou de forma magistral o Campeonato Paulista de 1957.

 

Botafogo RJ – Destaco três grandes contratações da Estrela Solitária. O primeiro é o grande meia Gérson. O Canhotinha de Ouro veio já veterano para o Tricolor e, com quase 30 anos de idade, ajudou o clube na conquista do bi-campeonato paulista de 1970/1971, após treze anos de estiagem. Outro que veio do alvinegro para se dar bem no São Paulo foi o zagueiro Váber. Dono de uma técnica absurda, esteve nos anos dourados do clube (1992 e 1993) atuando na reserva ou como titular naquele esquadrão mágico de Telê Santana. Outro que veio do Botafogo para ser campeão no São Paulo foi Luizão. Apesar do pouco tempo de clube, foi campeão Paulista e da Libertadores em 2005 com gols e raça.

 

Corinthians – Do rival de Itaquera, destaco as vindas de Mirandinha e Casagrande. Mirandinha teve sua melhor fase da carreira no Morumbi, onde foi campeão Paulista em 1975 e Brasileiro em 1977, com passagem pela seleção na Copa do Mundo da Alemanha, em 74. Casagrande veio do alvinegro para o Tricolor pela fama que o clube tinha em corrigir rebeldes. Jogou mais de meia que de atacante mas teve atuações destacadas ao lado de Careca e até hoje lembra e é lembrado com carinho pelo torcedor são-paulino.

 

Cruzeiro – A raposa nos deu dois importantes laterais: Beletti e Serginho. Envolvidos em uma troca ‘maluca’ por Vítor, Palhinha, Gilmar, Donizete, Aílton (cinco tricolores por dois cruzeirenses) os dois então jovens provaram que mereciam estar no Morumbi e fizeram uma bela história no Tricolor. Belleti, inclusive, conquistou títulos importantes como lateral, função que ele aprendeu no Morumbi, como uma Champions League pelo Barcelona, fazendo gol na final.

 

Flamengo – Da Gávea, vieram o icônico Leônidas e o lateral Leonardo, os atletas que mais sucesso tiveram no Tricolor. Já vimos alguns dos rubro-negros que vieram ao São Paulo neste post.

 

Fluminense – Do Tricolor das Laranjeiras veio o zagueiro Rui, um dos maiores da história do clube e campeão Paulista em 1945, 1946, 1948 e 1949. Junto com Bauer e Noronha, formou a melhor defesa da época.

 

Goiás – O Esmeraldinho deu para o São Paulo os craques Josué, Fabão, Grafite e Danilo, atletas que fizeram sucesso com o técnico Cuca no Centro-Oeste e conquistaram vários títulos com a camisa do São Paulo, entre eles a Libertadores e o Mundial de 2005.

 

Guarani – Do Guarani, veio o genial Careca, genial centroavante que passou pelo clube entre 1983 e 1987, conquistando o Brasileiro de 86 e os Paulistas de 85 e 87. Contratado para substituir Serginho Chulapa, Careca viu também grande oportunidade de reestabelecer a carreira após a grave contusão que o tirou da Copa do Mundo de 1982. Do São Paulo foi para o Napoli fazer dupla com outro gênio: Maradona.

 

Grêmio – Do tricolor gaúcho vieram vários jogadores mas destaco dois deles. O primeiro foi o goleiro Suly, que atuou em boa parte da década de 1960 pelo Tricolor Paulista. Época difícil, Suly sofreu bastante, pois não havia investimento na equipe, por causa da construção do Estádio do Morumbi. Mesmo assim, teve passagem de destaque. Outro jogador que veio para o São Paulo e se destacou foi o meia Hugo. No Tricolor, o meia conquistou os Brasileiros de 2007 e 2008.

 

Internacional – O Colorado nos presenteou com o genial e intempestivo Mário Sérgio, Campeão Paulista de 1981, e o grande goleiro Gilmar. O goleiro conquistou muitos títulos pelo Tricolor, entre eles o Brasileiro de 86, os Paulistas de 85, 87 e 89 e os Rio-São Paulo de 85 e 87.

 

Palmeiras – O Palmeiras foi o clube que mais negociou jogador dom o São Paulo entre os clubes brasileiros. Foram vinte e oito na história. Do rival da Pompéia destaco as vindas do inesquecível Zetti, que conquistou de tudo com a camisa do Tricolor) e o lateral Ilsinho, pivô de uma saída conturbada, uma verdadeira pulada de muro do CT Palestrino para o CT Tricolor.

 

Santos – O Peixe também negociou vários jogadores com o Tricolor, entre eles destaco o centroavante Toninho Guerreiro, o meia Pita e Paulo Henrique Ganso. No São Paulo, Toninho Guerreiro conquistou os Paulistas de 70 e 71 com um detalhe: nos três anos anteriores fora campeão pelo Santos, se tornando o único pentacampeão consecutivo da competição. Pita também era genial e veio para o Tricolor conquistar os Paulistas de 1985 e 1987 e o Brasileiro de 1986. Já Ganso não foi tão bem como se esperava com a camisa do São Paulo mas tem o título de campeão da Sul-Americana de 2012 e a Eusébio Cup, em 2013.

 

Vasco – Enfim, o Vasco da Gama cedeu importantes nomes para a história do São Paulo. Entre eles, o lateral esquerdo Noronha, que com a camisa Tricolor faturou os Paulistas de 43, 45, 46, 48 e 49; o volante Vágner que, mesmo com a breve passagem conquistou o Paulista de 2000 e marcou pela extrema habilidade e visão de jogo; e o eterno zagueiro Belini, capitão da seleção brasileira na primeira conquista de Mundial, em 1958. Era um zagueiro vigoroso, raçudo, que se impunha dentro da área. Compensava a limitada técnica com muita seriedade e lealdade aos adversários. Jogou de 1962 a 1967 com a camisa Tricolor.

 

Colaboração: Michael Serra (historiador do SPFC)

 

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Saudações Tricolores!
Daniel Perrone | São Paulo Sempre!

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