Casares X Natel: o que esperar do futuro presidente do São Paulo?

Enfim, os torcedores do São Paulo conheceram os dois adversários que concorrerão a presidência do clube. De um lado, Julio Casares e do outro Roberto Natel. Afinal, o que podemos esperar do futuro do Tricolor na batuta de um desses dois conselheiros?

 

De um lado Julio Casares, conselheiro sempre muito bem votado, foi diretor de marketing por mais de uma gestão e por diversos anos e atualmente é membro do Conselho de Administração, núcleo que discute estratégia e gestão durante o governo Leco.

 

Do outro lado Roberto Natel, conselheiro, vice presidente atual de Leco e também membro do Conselho de Administração da gestão do atual presidente, vem de uma família tradicional do clube, cujo um membro (Laudo Natel), foi o grande responsável pela viabilização da construção do Morumbi. Ele é sobrinho de Laudo Natel.

 

Os dois candidatos, bem mais jovens que os dois últimos (Leco e Pimenta), nunca disputaram a presidência do São Paulo mas há anos participam da vida política e administrativa do clube. Apesar de Casares e Natel serem peças da atual gestão, por meio do Conselho de Administração, ambos pregam a reconstrução do clube e é este ponto importante deste texto.

 

Para reconstruir de fato o São Paulo, o vencedor obrigatoriamente terá que bater de frente com o sistema que o elegerá. Isso é, deverá ter a coragem de enfrentar o establishment para levar o São Paulo ao patamar que o clube pertence pela história que tem. O São Paulo não pode mais ser um feudo governado por 240 pessoas e os sócios que a elegem. O clube social até pode ser gerido assim. O futebol, acompanhado por mais de quinze milhões de torcedores, não.

 

Não será tarefa fácil. O São Paulo hoje é um pequeno Congresso Nacional, com todos os vícios que Brasília tem: conselheiros vitalícios que oferecem cargos para que outros conselheiros ‘mudem de lado’, conselheiros que oferecem benesses como quitação de mensalidades e vagas de estacionamento em troca de votos, sócios que oferecem títulos a bons jogadores da várzea para que atuem no campeonato do clube, com direito a voto em conselheiros, entre outras sujeiras.

 

O futuro presidente do clube precisará ter em seu plano de governo a transformação da gestão atual para uma gestão transparente, profissional e aberta, com compliance e governança definidos para que a instituição esteja apta a ter capital aberto a investidores e ações disponíveis na bolsa.

 

Tudo que o São Paulo precisa baterá de frente com o atual sistema.

 

Casares ou Natel, ao se candidatarem, propõem essa mudança. Terão capacidade para conseguir? Não sei, mas o vencedor precisará ter muita coragem e pulso para tentar. A instituição São Paulo, como a história nos conta, é vencedora mas somente um clube transparente e bem gerido terá reputação e credibilidade no mercado para novos vôos. Este é o avanço que, tenho certeza, 99 entre 100 torcedores deseja para o clube.

 

Que o novo presidente saiba que governará sob essa forte cobrança de transformação. Transformação essa que fora prometida e não cumprida em seus pontos principais por Leco. Em breve faremos a exposição dos planos de gestão dos dois candidatos e entrevistas para que o torcedor conheça melhor a ideia de cada um.

 

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Saudações Tricolores!
Daniel Perrone | São Paulo Sempre!

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