Um jogo eletrizante como prometido, com atuações distintas, estratégia, queda de energia e… falhas individuais. Falhas estas que determinaram a igualdade elástica na Vila Belmiro e um gostinho de quero mais para o São Paulo, que ganhava o jogo até a falha determinante de seu goleiro.
Após o calor do jogo, a primeira consideração: considerando o adversário em ascensão (se vencesse o Tricolor estaria junto na tabela) e o aspecto do clássico, foi um bom resultado conquistado pelo Tricolor, bem diferente do empate diante do RedBull no Morumbi. Porém, não dá para negar mais uma partida de dois tempos distintos do time. Um ótimo primeiro tempo e uma segunda etapa regular, com alguns bons momentos como o tiro de Paulinho e a péssima decisão de Volpi diante do melhor atleta do campeonato, com retrospecto de “míssil aleatório”… Marinho.
Claro, a parada da energia e a entrada do Marinho prejudicou o São Paulo no quarto final do jogo mas, por mais talento que o avançado do Santos tem, ficou evidente que nosso goleiro deu bastante brecha para o empate. Resultado justo mas evitável se Volpi tivesse tomado a decisão correta de povoar a barreira diante de um batedor implacável.
Para não dizer só de espinhos, destaco finalmente o jovem Gabriel Sara que hoje não foi apenas um “jogador tático”. Ele jogou bola. Sara foi intenso: combateu e chegou na área, como deve mandar o figurino. No segundo tempo vimos o garoto correndo atrás da saída de bola santista. Partida impecável que, espero eu, sirva de modelo para outras.
No resumo da ópera, um resultado aceitável em uma partida ganhável. Seguimos o jogo invictos em clássicos neste ano, também um quesito que, entre muitas coisas, não dá para reclamar.
Nota dos personagens em campo:
Thiago Volpi – O ‘vilão’: decisão errada e falha que determinou o resultado. Nota: ZERO!
Igor Vinícius – Boa partida e mais um amarelo para a conta. Nota: 7,0
Diego Costa – Boa partida, melhor no primeiro tempo. Nota: 6,5
Léo – Também fez boa partida, mas o gol do escanteio foi no seu lado. Nota: 6,0
Reinaldo – Seu setor era perigoso, e foi bem. Nota: 6,5
Tchê Tchê – Realizou o trabalho de combate. Nota: 6,0
Hernanes – Não brilhou mas é essencial no bom toque no meio. Nota: 6,0
Igor Gomes – Cumpriu função tática, sem tanto brilho. Nota: 6,0
Gabriel Sara – Enfim, partida impecável, saindo do rótulo de “jogador tático” e entrando definitivamente em uma partida. Dois gols, sendo o segundo uma linda jogada iniciada por ele no meio campo. Nota: DEZ!
Luciano – Sem gol ou assistência, mas gosto da atitude em campo. Nota: 7,0
Vítor Bueno – Partida regular, bem regular. Nota: 5,5
Luan, Paulinho e Brenner Destaque para o belo chute de Paulinho, que quase muda o jogo novamente. Boa defesa do goleiro alvinegro.
Fernando Diniz – Gostei da escalação de titulares e da estratégia de jogo diante de um Santos embalado e na Vila mas novamente nosso time joga meia partida. Estou quase reclamando no Canal Première e pedindo desconto de 50% na assinatura. Nota 6,5
Para acessar outras notícias do Blog São Paulo Sempre clique aqui.
Saudações Tricolores!
Daniel Perrone | São Paulo Sempre!
Me siga no Twitter
Me siga no Facebook
Me siga no Instagram
Post aberto para comentários.
(2) Comentários
Multatuli
12 de setembro de 2020Desde o retorno o Volpi não tem passado segurança, principalmente em jogos grandes. Mesmo quando não falha, parece "chamar gol" - toda bola que vai, entra, e é muito difícil almejar grandes coisas sem um goleiro que faça a diferença. Também tem saído muito atabalhoadamente da meta, tem o péssimo hábito de chutar para a lateral perto da área quando está pressionado - sendo que o mais lógico seria dar uma bicuda pro ataque - e gosta de "emoções" em lances que dribla ou tenta driblar os atacantes de maneira desnecessária. No jogo contra o Bragantino, ele armou uma barreira muito bizarra; o gol não saiu porque aquelas traves estavam ao nosso lado. Quando saiu a falta e ele pediu para que a barreira abrisse, temi o pior. Perri merece uma chance na próxima rodada. Quanto ao Sara, como disse na publicação da partida anterior, eu não reclamaria mais dele, pois é melhor do que seus concorrentes. Jogou muito bem e cumpriu papel tático importantíssimo (Diniz tinha razão); Vitor "blasé" Bueno deveria ser seu reserva. Hernanes não dá mais, prende muito a bola e quer cobrar todas as faltas em direção ao gol, mesmo sem ângulo; Igor G. precisa decidir se quer ser o novo Kaká ou o novo Alexandre Pato.