Não teremos opinião pós-jogo. Teremos desabafo pós-jogo.
A goleada sofrida em Quito na noite desta terça-feira saiu barato para o Tricolor e é o retrato de um clube que definitivamente não merece estar na Libertadores da América 2020. Virtualmente eliminado, São Paulo de tanta tradição e glória na competição, mostrou neste ano que não tem nada a ver com o DNA do torneio. Não foi aguerrido, não foi lúcido, não foi inteligente e tampouco inovador como o seu treinador prega nas entrelinhas do seu trabalho.
O São Paulo não foi nada. Perdeu na famigerada mega altitude de Juliaca, situação que nenhum de seus adversários diretos passará, empatou com um River que não jogava uma partida oficial faziam cinco meses e escapou de um vexame histórico em Quito graças a gols dos reservas Brenner e Tréllez. Os dois gols na capital do Ecuador tornarão a derrota “normal” daqui a dez, vinte anos. Anormal é este cenário atual que vivemos.
Todos tem responsabilidade na virtual eliminação, mas na partida de hoje os maiores deméritos ficam para o “perde gol” Pablo (quem viu Serginho, Careca, França e Luis Fabiano sabe do que estou falando); a inexperiência dos jovens (que podem aprender com isso) incluindo o técnico Fernando Diniz, marinheiro de primeiríssima viagem em competição internacional; do capitão Dani Alves, que resolveu debochar da torcida na internet ao invés de focar no futebol em um momento tão importante da temporada e, claro, da diretoria do clube. Os dois jogos finais serão melancólicos: diante do River que não perdoará em Buenos Aires e a disputa pelo terceiro lugar diante do saco de pancadas do grupo, com direito a vaga na Sul-Americana.
Pensando bem, esse São Paulo tem cara é de Sul-Americana. E olhe lá.
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Saudações Tricolores!
Daniel Perrone | São Paulo Sempre!
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(2) Comentários
Multatuli
23 de setembro de 2020Retiro o que disse sobre o elenco ser competitivo. Esse elenco tem, no máximo, cara de quem BRIGA POR VAGA na Sul-Americana, não da competição em si. Não acho que nenhum treinador brasileiro (ou algum Aguirre da vida) faria muito melhor que o Diniz, mas sua teimosia beira a soberba: custa abrir mão de um estilo de jogo que não casa com as características dos jogadores? Pra que insistir em saída com toque de bola se a única arma ofensiva é o cruzamento pra um centroavante que não estufa as redes? Hernanes, como venho repetindo, não dá mais, não sei por que fizeram tanto esforço para mantê-lo; Igor G. parece que quer ser mesmo o novo Pato, tamanha displicência em campo; Volpi está (é?) o Denis do Sul, o famoso goleiro "Leite Moça", não faz a diferença positivamente; é de sangrar os olhos ver alguém como o Bueno trajando o Manto; Pablo, sem comentários, é menos ineficaz do que o reserva do reserva do reserva que há 2 anos não marcava. Só espero que não sejamos goleados, que terminemos o Brasileirão na primeira metade da tabela e que essa maldita gestão chegue logo ao fim.