O atacante Pablo passa por uma fase terrível na carreira. Comprado após um ano iluminado no Athletico PR, a maior contratação da história do São Paulo convive com lesões estranhas e uma e incômoda crescente fama de “perde gol” desde que chegou no Morumbi.
A má fase não é só com o camisa nove do Tricolor: Roni, outro badalado atacante que fez história no clube paranaense, também vive momento semelhante no Palmeiras, clube que o adquiriu também por cifras milionárias. Seriam eles jogadores de time pequeno, mal escalados ou um verdadeiro “passa moleque” do Furacão na dupla da capital paulista?
Não acredito em “passa moleque” nem atleta para time pequeno, mas creio que os dois sofrem muito com o estilo de jogo propositivo de São Paulo e Palmeiras. Pablo e Roni se deram muito bem em uma proposta reativa de jogo, isso é, em um Atletico encaixado, que priorizava a transição rápida e tinha espaço para atacar. Em equipes que propõem o jogo, como a dupla Choque-Rei, os dois encontram menos espaços e muito mais dificuldades para trabalhar.
Falar que Pablo é um centroavante de ofício é desrespeitar a história de matadores do clube, com Toninho Guereiro, Serginho Chulapa, Careca e Luís Fabiano. Até Borges, tão injustiçado por parte da torcida, é mais goleador que o atual nove. Pablo não é centroavante de área mas conseguiria desempenhar um melhor jogo se partir com a bola de frente para a meta adversária. O gol feito diante do Sport em Recife, quando ele recebe a bola de Luciano de frente para o gol, avança na grande área e chuta sem chances para o goleiro, é típico dos seus tempos de Athletico. Como comandante de ataque, ele vai continuar perdendo muitos gols e irritando a torcida, já que a sua média sempre foi baixa para a posição: um gol a cada 4 a 5 jogos.
Com a chegada e o desempenho de Luciano, a situação de Pablo ficou ainda mais evidente para o torcedor. O fato é que o camisa nove foi uma excelente venda do Furacão, mas até agora um péssimo investimento do Tricolor. A situação pode mudar? Pode, mas definitivamente passa pela mudança de função no esquema de jogo e até mesmo a troca de número de camisa.
Por enquanto, a camisa nove e responsabilidade que ela trás, está muito pesada para ele.
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Saudações Tricolores!
Daniel Perrone | São Paulo Sempre!
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(3) Comentários
Aristides Bento Junior
30 de setembro de 2020Toninho Guerreiro : Jogava de forma diferente dos atacantes de área,buscava jogo no meio campo e sempre chegava de surpresa ; Muito bom ouvir falar dele.
Ismael
29 de setembro de 2020Daniel me desculpe, mas justificar as chances perdidas por Pablo por conta de um sistema reativo e encaixado é injustificavel. Olha as chances perdidas por ele ao longo do seu contrato no SP. São chances que são consideradas "imperdoáveis" para um centroavante que é tem a maior responsabilidade : transformar jogadas em gols. A verdade é que a camisa e a cobrança pesou pro lado dele e ele tem dificuldade em fazer o "fácil".
Daniel Perrone
30 de setembro de 2020Claro, não estou justificando os erros do Pablo. Mostrei o cenário que ele fazia gol e no final do texto falei sobre o lance da camisa pesada. Meu texto vai além do "perna de pau", grosso, lugar comum de qualquer discussão. abs