Um jogo movimentado, um desequilíbrio esperado e um resultado justo no místico “Libertadores da América”, em Avellaneda. Desclassificado, o São Paulo se despedirá melancolicamente buscando vaga na Sul-Americana diante do Binacional, no Morumbi.
Hoje, a distância entre o River Plate e o São Paulo é abissal. O River tem um técnico que, apesar de jovem, é entendedor de futebol e Libertadores. Marcello Gallardo não precisa inventar a roda para tocar um River competitivo e ofensivo. Já Fernando Diniz é ainda um técnico em formação, sem nenhuma experiência na Libertadores. O seu espaçado São Paulo não parece brasileiro e sim ‘venezuelano’. Muito conceito para pouquíssima execução num mata-mata, especialmente internacional.
Outra abissal diferença: os elencos. O River é experiente, joga por memória e tem jovens bons e com passagens por Libertadores e até mundial. Já o São Paulo conta com uma equipe muito jovem, ainda sem entender o DNA dessa competição (ainda mais sem torcida) e dependeu de experientes que não entregam o esperado, como Hernanes, Reinaldo, Juanfran, Vitor Bueno, Pablo e até Dani Alves. Para complicar, o melhor do elenco, estava suspenso.
O Tricolor até tentou chegar no empate e rolou até a tradicional confusão Brasil/Argentina mas ficou claro nos dois jogos que, apesar da pausa da Pandemia, vimos um trabalho completo diante de um trabalho incompleto. É até covardia comparar.
A eliminação é justa e a realidade. Mesmo se tivesse ganho do Binacional em Juliaca (perdeu por incompetência própria, revejam o jogo), o São Paulo dificilmente iria muito além da competição. Podemos entender mas nunca aceitar isso vindo de um gigante mundial. Adormecido há anos, mas um gigante ainda respeitado internacionalmente.
Passam com justiça LDU e River Plate, até com facilidade pois os sacos de pancada peruano e “venezuelano” não fizeram frente a eles. Agora é foco na Sula (competição de consolação) e principalmente no Brasileirão, para não corrermos perigo na temporada praticamente já perdida.
São Paulo: entendemos mas não aceitamos este momento. Ser eliminado na fase de grupos numa Libertadores não deixa de ser uma vergonha para a tão gloriosa história do Tricolor. Não dá para chegar numa competição como essa com Pablo, Vítor Bueno, Reinaldo e cia. e depender dos jovens Boia, Diego, Igor Gomes e Brenner. Não é ingenuidade: é falta de planejamento.
Não dá.
Nota dos personagens em campo:
Thiago Volpi – O melhor do time. Livrou o São Paulo de uma goleada. Nota: 8,0
Juanfran – Partida fraquíssima, com muitas bolas nas costas. Nota: 4,0
Diego Costa – Gol, muita vontade, até com certo excesso. Se salvou no meio de tanta confusão coletiva. Nota: 7,0
Léo – Falha de posicionamento no segundo gol. Sofreu no lado esquerdo. Nota: 4,5
Reinaldo – Apesar da assistência no gol, frágil diante do lado direito do River. Nota: 4,5
Tchê Tchê – A função dele requer mais pegada e dinâmica. Nota: 5,0
Dani Alves – Deu chapéu, encarou argentino mas não contribuiu para o time. Nota: 5,0
Igor Gomes – Ficou preso na tal função tática. Nota: 5,0
Hernanes – Não aguenta o tranco forte mais. Uma pena. Nota: 4,0
Pablo – Que saudade do Luciano! Nota: 3,0
Vitor Bueno – Partida ridícula de verdade. Nota: 3,0
Brenner, Paulinho e Trellez A entrada deles até melhorou um intranquilo São Paulo diante de um River Plate já em plena administração de jogo. A dupla Brenner/Tréllez perdeu um gol incrível que poderia ser o empate do Tricolor.
Fernando Diniz – Poderá ser um bom técnico mas falta bagagem e estrada para encarar grandes brasileiros ou internacionais. Quando o São Paulo empatou, a melhor estratégia seria jogar fechado explorando o erro do River, como manda a cartilha da Libertadores, mas parece que a equipe só sabe jogar de uma maneira. Uma maneira frágil e “venezuelana” para uma competição tão típica. Nota 4,0
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Saudações Tricolores!
Daniel Perrone | São Paulo Sempre!
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(4) Comentários
Michel
2 de outubro de 2020Não adianta ficar culpando Diniz. Já falei aqui: o elenco é sofrível! Isso não quer dizer que ele não tenha a parcela dele. Sinceramente? Com esse time é melhor jogar a sula do que cair, com certeza, pelas oitavas ou quartas na libertadores. Esperar a temporada acabar dar muito obrigado ao Diniz e ano que vem é RC na cabeça com planejamento, sem vender jogadores da base que realmente desequilibram.
Marcelo Ferreira
1 de outubro de 2020Torcedor é uma coisa mesmo, não é? Eu estava xingando todo mundo até o São Paulo fazer o gol. Confesso que naquele momento baixou o caboclo 2005 e comecei a acreditar, até o River me dar o tapa na cara e dizer "acorda pra realidade, mané"! É muito triste ver um time com a camisa pesada que tem o São Paulo Futebol Clube jogar da forma como jogou. Sem raça, sem brio, sem jogadas, sem jogadores, sem sangue, sem... São Paulo. O mais triste é perceber que nada vai mudar até as eleições, ou seja, vem mais sofrimentos e vexames por aí. Se algum jogador ler esse comentário, por favor: deem o sangue nos jogos que vem por aí, respeitem o torcedor, essa camisa, estamos sofrendo demais nos últimos anos. Esqueçam as orientações do Fernando Diniz, vocês são boleiros, sabem se resolver entre vocês dentro de campo. Garotada: não comprem uma culpa que vocês não tem, vocês foram jogados na frigideira em ebulição e fizeram o possível. Não abaixem a cabeça, façam o melhor dentro das etapas naturais de evolução e deixem que aqueles que já possuem cicatrizes de guerra respondam pela apatia, falta de garra e vontade deste time que não é o São Paulo. Estão usando a camisa, mas não é o meu amado Tricolor. De jeito nenhum! Queria fechar os olhos e abrir já em 2021, com esperança que mude alguma coisa. Que volte o time temido, guerreiro, vencedor e referência que aprendi a amar.
Dilson
1 de outubro de 2020O fernando Diniz é ridiculo, porque mexeu na zaga? Porque não volta com o Luan? Porque tem que toda hora sair do goleiro tocando a bola? O time não tem padrão, e ele é o grande culpado e não os jogadores, manda o Daniel Alves ir fazer pagode ele simplesmente não cria nada no meio de campo. E você passando pano pra diretoria.