OPINIÃO São Paulo 0x1 Santos

Uma derrota frustrante, doída e, para muitos, determinante. O São Paulo mais uma vez decepciona seu torcedor diante de um time B do Santos, perde a primeira partida no Morumbi no Campeonato Brasileiro e convida todos os seus adversários diretos para o baile.

 

Cuca fez o que muitas outras equipes fizeram neste torneio: armou sua equipe para o contra-ataque, com marcação forte e investidas velozes em seus atacantes. O São Paulo já mostrou que tem muita dificuldade de jogar contra equipes fechadas que quebram o jogo e esse foi mais uma demonstração de ineficiência. Desta vez até Diniz tentou mudar o perfil de jogo, colocando atletas que gostam do choque e de jogo aéreo. Não deu certo: apesar da posse de bola, o São Paulo em nenhum momento controlou o jogo ou esteve perto do empate. Minto: esteve perto apenas uma única vez, com defesa impressionante de João Paulo em uma cabeçada a quase queima roupa. No mais, muita dificuldade.

 

O que me espantou foram as ausências de deslocamentos e triangulações no meio-campo com os laterais, principal característica do time de Diniz e que fez o Tricolor aos pouquinhos se consolidar na liderança. Como pode mudar tanto? Nem hoje nem em Bragança não vimos as tradicionais tabelas que confundem os adversários. Hoje aquele São Paulo envolvente joga lento e sem criatividade, deixando o ataque estéril. Isso tudo somado a um jogador que nem de longe faz o trabalho de Luciano, torna tudo muito mais difícil.

 

Não vou falar que o caldo já desandou porque ainda temos uma ligeira gordura em relação aos concorrentes, mas a boa vantagem já foi lipoaspirada nestas duas rodadas. Para ser competitivo, o São Paulo precisa urgentemente voltar ao seu DNA de jogo, com movimentação, troca de posições e tabelas. Isso passa obrigatoriamente por Daniel Alves, que falhou mais uma vez numa saída de bola que resulta em gol, Gabriel Sara e Igor Gomes. Os três irreconhecíveis e Pablo em campo tornam um São Paulo frágil e sem nenhuma pinta de campeão.

 

Com ainda nove jogos a serem completados, o alerta vermelho já foi ligado. Por mim, colocava o elenco todo em concentração no CT até o fim de fevereiro. Será que esse elenco vai perder a chance de fazer história?

 

Nota dos personagens em campo:

 

Tiago Volpi – Para mim, bola defensável no gol. Nota: 4,0

Juanfran – Um dos menos ruins. Ofereceu alternativa na direita. Nota: 5,0

Arboleda – Fez o seu trabalho. Nota: 5,0

Léo – Regular. Substituído por questão tática. Nota: 5,0

Reinaldo – Decepcionante mais uma vez. Nota: 4,5

Luan – Sem ele seria pior. Nota: 5,0

Dani Alves – Para mim, pela responsabilidade e pelo talento, foi o pior do São Paulo em campo. Muitos passes errados, responsabilidade no gol santista e muitos cruzamentos sem sucesso na área. Nota: 3,5

Igor Gomes – Fraco e sem inspiração. Já está virando rotina. Nota: 4,0

Gabriel Sara – O Sara tentou jogar. Procurou a bola, tentou os arremates e até deixar os companheiros na cara do gol, mas sozinho não consegue. De todos, o que mais procurou o jogo. Nota: 5,5

Brenner – Sozinho, virou presa fácil. Nota: 4,5

Pablo – É incrível como a sua entrada modifica para pior (muito pior) o Tricolor. Não tem mobilidade suficiente para cumprir a função que é de Luciano e se atrapalha com Brenner no ataque. Eu prefiro escalar qualquer um menos ele neste fim de temporada. Nota: 3,0

 

Vitor Bueno, Paulinho, Tréllez e Carneiro O São Paulo se lançou ao ataque, mas não mostrou força e organização para transformar um time de toque de bola em uma equipe de força e jogo aéreo.

 

Fernando Diniz – Ele é o maior responsável pela organização do time mas nessa a culpa tem que ser muito dividida com os jogadores. Tem momentos que o grupo tem que encontrar uma saída dentro de campo para desembaralhar um jogo difícil e truncado. Nota: 3,5

 

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Saudações Tricolores!
Daniel Perrone | São Paulo Sempre!

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