OPINIÃO São Paulo 1×5 Internacional

Vexame histórico e justo no Morumbi. O São Paulo envergonhou a sua imensa torcida com uma atuação criminosa para com sua tradição e deixa a liderança do Brasileirão a sete jogos do final da competição.

 

Analisar o massacre sofrido no Cícero Pompeu de Toledo nestas linhas será torturar você, caro seguidor, e também me torturar. Desnecessário. O Internacional, que passeou com toda propriedade em quase todos os noventa e poucos minutos de jogo, mostrou por A mais B que tem um elenco melhor e mais equilibrado que o Tricolor, um técnico mais experiente e vencedor que Diniz, jovens da base melhor preparados que Sara, Igor Gomes e Brenner e uma confiança infinitamente maior que o ex-líder paraguaio. Quero falar de uma característica presente em todas as equipes vencedoras do planeta: o tal espírito vencedor.

 

O São Paulo de 2020/2021 passa milhas e milhas de apresentar qualquer tipo de espírito de decisão. É um elenco completamente entregue nos momentos em que tem que mostrar algo além da técnica e tática. Os filmes “Rocky Balboa” mostram muito bem esse espírito. Quem gosta da franquia lembra de Apollo Creed dizendo ao Rocky que para ganhar é preciso ter o “Eye of the Tiger”. Em todos os filmes, quando o garanhão italiano deixava de se lamentar e focava no seu duelo, ele vencia. É mental, é o sangue nos olhos que um histórico campeão como o São Paulo deveria ter em seu DNA e hoje não tem.

 

Perder é do jogo. Ser goleado e sair de campo como se nada tivesse acontecido, não. Muito diferente de seu oponente, em nenhum momento o Tricolor pareceu estar jogando uma final de campeonato. O jogo foi tão vergonhoso que não teve um segundo de acréscimo na segunda etapa.

 

Posso estar sendo cruel ou precipitado, mas as últimas atuações do Tricolor e esse vexame em casa dão a pá de cal para a última pretensão de título em 2020. Somente um milagre faria o São Paulo continuar competitivo em busca do heptacampeonato. Torço, mas não acredito mais.

 

É isso. Para finalizar a barbárie protagonizada por este inexpressivo Tricolor, gostaria de dar uma dica ao presidente Júlio Casares. O Internacional, não acreditando na longevidade do seu atual treinador, fechou com o espanhol Ramirez para a próxima temporada, em fevereiro. Casares: aproveite que Abel Braga estará no mercado e prepare uma proposta para ele. Em sete jogos seguidos, o veterano treinador provou que não é ultrapassado, ajustou a casinha do seu time, achou e motivou jovens e em menos de seis meses tornou o Colorado competitivo novamente.

 

Se não for para ser o São Paulo o campeão, que seja o Inter do Abel. Pelo Abel.

 

Nota dos personagens em campo:

 

Tiago Volpi – Cinco gols em noventa minutos. Nota: 3,0

Juanfran – Partida ruim. Divido que só saia do Tricolor campeão, como prometeu. Nota: 3,5

Léo – Falhou nos dois gols no primeiro tempo e foi substituído. Nota: 3,0

Bruno Alves – Péssimo. Nota: 3,0

Reinaldo – Lampejos de futebol e excesso de pitis em campo. Nota: 3,5

Luan – Partida ruim. Nota: 4,0

Dani Alves – Nulidade em campo. me recuso a acreditar que está “cobrando” os seus vencimentos com falta de futebol mas a mudança do vinho para o vinagre é evidente. Nota: 2,0

Tchê Tchê – O São Paulo tem o semblante do Tchê Tchê. Sem mais. Nota: 2,5

Gabriel Sara – Caiu como todo o time. Inacreditável. Nota: 3,0

Brenner – Apático, solitário e zerado. Atuação ridícula. Nota: 3,0

Luciano – Mesmo jogando com “calça”, mais um gol. Nota: 5,0

Vitor Bueno, Igor Gomes, Paulinho e Carneiro Menção honrosa a Vítor Bueno, que com sua cagada, deu o terceiro gol ao Colorado e acabou com qualquer pretensão de empate no Morumbi.

 

Fernando Diniz – Partida para esquecer. Bem marcado, o time perdeu a identidade e se estraçalha em campo. Devastador! Nota: 2,0

 

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Saudações Tricolores!
Daniel Perrone | São Paulo Sempre!

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