O técnico Hernán Crespo deu uma das entrevistas coletivas mais importantes desde que chegou ao Morumbi. Sob inúmeros questionamentos da imprensa, o técnico mostrou clareza, sinceridade e fez um apelo ao torcedor do clube.
O Treinador pediu tempo e paciência para reerguer o São Paulo do péssimo momento vivido neste momento. Lúcido como sempre, Crespo admite que não sabe se estará no Tricolor para ver o São Paulo forte novamente mas que está no clube para ajudar na sua reconstrução técnica e financeira.
“A única solução é trabalho. Sou eu e os dirigentes. Sabendo a situação crítica do São Paulo. Não passar por períodos difíceis é não saber de futebol. O problema é que a história do São Paulo é muito maior do que a realidade de jogo, que o São Paulo tem de ser como sua história. Estamos construindo em uma situação difícil para ter um São Paulo melhor. Espero, porque trabalhamos todos juntos, não sei se estarei aqui para ver este São Paulo, mas estou aqui para fazer um São Paulo melhor.” – disse ele em um dos trechos de sua entrevista pós-jogo.
O técnico também comentou das dificuldades em reforçar o elenco sem dinheiro em caixa e sempre soube da dificuldade que teria neste ano e é direto ao rebater as deficiências do elenco que trabalha. “Você pensa que eu não sei que devemos melhorar? Temos muito a melhorar. Todos sabemos. E todos estamos aqui para melhorar por um futuro e presente melhor, mas o tempo é esse. Sem dinheiro, os tempos são mais longos” – disse ele a um repórter.
Mais claro, impossível. A culpa não é do técnico ou só do médico ou de um ou outro dirigente. É um todo que precisa ser curado e o processo é lento. Dói pelo tamanho da instituição mas é um fato que, se negarmos, nunca sairemos do mesmo lugar. O São Paulo tem que fazer o que fez o Flamengo em árduos anos de reforma financeira, quando comeu por temporadas o pão que o diabo amassou para ter suficiência de receitas para contratar peças valiosas pontuais para seus elencos. Fora isso, é um título aqui, outro ali. Simples, claro e transparente.
Ao falar “não passar por períodos difíceis é não saber futebol”, Crespo dá o diagnóstico atual do São Paulo. A cura não será rápida e talvez o técnico não esteja no clube para desfrutá-la plenamente. Somente o trabalho do dia dia, a união e o foco em reduzir as dívidas com um elenco regular mas competitivo fará com que algo mude de vez no Tricolor mais querido do Brasil.
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Saudações Tricolores!
Daniel Perrone | São Paulo Sempre!
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(8) Comentários
Gilson Rodrigues
19 de julho de 2021#ficaCrespo
Luis Carlos Passarini
19 de julho de 2021Levou praticamente 15 anos para levar o SPFC ao fundo desse poço. As gerações futuras, com certeza, não valorizarão o que está sendo feito hoje. Está sendo um trabalho se saneamento e recuperação. E acima de tudo, de ponto de virada. Tenho orgulho da coragem e vontade de todos os envolvidos na reconstrução do SPFC. A crítica faz parte da natureza humana e somos muito bons nisso. Injustiçamos muita gente assim. Claro que não me agrada passar por esse momento. É doloroso, chacotam e torcem contra o tempo todo, mas se quisermos ser vencedores de novo, não tem outro jeito. A menos que um sheik árabe compre o SPFC... Então, vamos por os pés no chão e apoiar a coragem e o empenho desses homens. Eu vejo amor e desapego. Você teria coragem de pegar uma canoa furada e atravessar um rio cheio de piranhas ??? Parece que esses caras tiveram. Menos críticas e lamúrias e mais apoio, pessoal.
Joao Ramos
19 de julho de 2021Caro Perrone, Sou tricolor e acompanho todos os jogos do meu time. Concordo que o tema de excesso de jogos e, consequentemente, o aumento de lesões musculares tem prejudicado o desempenho do time. Mas, na minha opinião, existem alguns aspectos no futebol apresentado pelo time que transcendem o problema da ausência de jogadores importantes. Exemplos: 1. Nosso goleiro apresenta uma lentidão impressionante na reposição de bola, digna de uma disputa de velocidade com quelônios. Lentidão para buscar a bola na linha de fundo, lentidão para posicionar a bola no gramado e aí ele olha, olha e.... toca de lado para o zagueiro mais próximo. Saudades do tempo em que o Rogerio Ceni pedia para o gândula repor a bola imediatamente em um certo local do gramado para que ele pudesse realizar o lançamento para o jogador mais bem posicionado no campo de ataque. Sei que não existe mais RC, mas temos alguma norma interna para obrigar a adoção de um procedimento diametralmente oposto? 2. Em diversas oportunidades o nosso time, quando tem a saída de bola no início de jogo, começa a recuar a bola de passe em passe até que a bola chegue ao goleiro. Essa “estratégia” já nos custou um gol aos 40 segundos contra o 4 de Julho e quase nos custou um gol contra o Bragantino. Pergunta: o que se pretende com este tipo de jogada? 3. Jogamos com três zagueiros. Mesmo assim temos uma ineficiência impressionante para ganhar as bolas alçadas para a nossa área (por volta de 75%). Ressalto que isso acontece durante os 90 minutos, ou seja, não é um tema de desgaste. Isso não significa falta de treinamento tático da defesa? 4. Durante boa parte dos jogos nos vangloriamos de ter 60%/65% de posse de bola. Mas não criamos absolutamente nada, pois 75% desta “posse de bola” resume-se a recuo de bola e toques laterais entre os nossos zagueiros. Esta é a grande “estratégia” do nosso time. O resultado disso é que nossos adversários sobem a marcação com quase todos os jogadores e ficam no aguarde dos (muitos) erros da nossa defesa. Resumindo: os nossos adversários não precisam criar nada. Basta subir a marcação, recuperar a bola e tentar definir nas inúmeras “entregadas” que acontecem durante o jogo. 5. Nossos escanteios agora contam com uma inovação mundial: dois jogadores postados para cobrar o tiro. Em sã consciência, esta jogada consegue algum resultado? Algum outro clube no mundo pratica esta jogada? Creio que o prejuízo para o nosso time é bem claro, pois perdemos um jogador na área ou nas proximidades da mesma. 6. Nas (pouquíssimas) oportunidades em que o nosso goleiro tenta uma reposição rápida para o ataque, a bola sai pela lateral na grande maioria das vezes. Isso não significa falta de treinamento na reposição de bola? Sempre escutamos que o RC era sempre o primeiro a chegar e o último a sair dos treinos. Não temos mais RC, mas não podemos ter nada melhor atualmente? Temos que nos contentar com um pênalti defendido a cada seis meses? 7. Existe uma forte critica em relação a performance do atacante Pablo e eu concordo com parte delas. Mas, qual seria o centro avante atual que jogaria bem dentro deste esquema? A bola simplesmente não chega, pois gastamos a maior parte do tempo com troca de passes inúteis na defesa e chutões para a frente quando recebemos pressão forte dos adversários. Não existe criatividade no meio de campo! A bola simplesmente não chega “redonda” para o nosso ataque. De novo, nenhum centro avante (dentro das nossas possibilidades financeiras) pode performar bem com este esquema. 8. Quem acompanha o Tricolor sabe que o Reinaldo tem muitas virtudes no apoio ao ataque. Ele é responsável por boa parte das assistências e chuta razoavelmente bem de média e longa distância. Ao mesmo tempo, apresenta inúmeras deficiências defensivas. Pergunta: com estas características, como podemos aceitar o deslocamento dele para ser zagueiro? Já tentamos isso três vezes com resultado desastroso em todas elas. Mas, novamente, com as características do jogador, como poderíamos esperar um resultado diferente? 9. Nosso goleiro, quando estamos perdendo ou empatando em casa (o que tem sido uma triste rotina ultimamente), gasta os últimos 5 minutos da partida indo ao ataque e reclamando com o arbitro para a concessão de mais minutos de descontos. Pergunta: não seria melhor aumentar a objetividade na reposição de bola? Na verdade, o São Paulo FC faz muito mais “cera” do que os adversários nas partidas realizadas no Morumbi. Por que reclamar no final do jogo? 10. Nosso goleiro ocasionalmente gosta de driblar atacantes adversários dentro da pequena área. Isso já nos causou um gol inacreditável do Ceará no campeonato brasileiro do ano passado e quase nos custou mais um gol nesta última partida contra o Bragantino, quando o placar ainda estava 1 x 0 para o São Paulo. Pergunta: não existe ninguém na Comissão Técnica, principalmente o Crespo, para chamar a atenção dele neste tipo de jogada? 11. Estamos sempre falamos do impacto das contusões no nosso time. Mas quando eles (teoricamente) se recuperam vão para... o banco. Alguém entendeu a ausência do Benitez no jogo contra o Racing? Este era o nosso jogo para a classificação. Não jogamos absolutamente nada e o Benitez entrou apenas no final do jogo. Se ele não está recuperado, deveria permanecer no Departamento Médico. Se tinha condições de jogo, deveria disputar pelo menos 45 minutos. Espero estar errado, mas acho que já perdemos esta vaga. Não pela falta de fé, que segue, mas pela qualidade do futebol que este time tem demonstrado. E o discurso do pós-jogo já está pronto: “perdemos a vaga no jogo do Morumbi”. E isso é fato. Na espera de dias melhores e na espera do milagre da nossa classificação, São Paulo sempre!!
Kleb
19 de julho de 2021Desde que o Muricy saiu, em 2009, passaram quase todos os técnicos brasileiros que estavam na ativa e nada melhorou. Autuori voltou e não conseguiu fazer nada, Leão voltou e não fez nada, Muricy voltou e saiu desesperado por não conseguir fazer o time jogar. Cuca jogou a toalha pq disse que não conseguia fazer o time jogar e abandonou o SP. Acredito que o trabalho do Crespo está no mesmo nível dos dois técnicos mais regulares que passaram pelo Morumbi nos últimos anos: Ney Franco (que montou um time para jogar no 4-3-3 e a diretoria desmanchou, vendendo jogadores e não trazendo peças de reposição) e Aguirre (demitido prematuramente, como Ney Franco). Acho Crespo inclusive melhor que eles. Rogério Ceni tbm acho que estava iniciando um trabalho promissor, pra jogar no 4-3-3, até que as principais peças não só do elenco, mas do esquema tático, foram vendidas e não tivemos peças de reposição. Acho que esse é o momento da diretoria provar seu profissionalismo. Não ouvir torcida, jornalistas e até mesmo pessoas de dentro do clube que peçam mudança de técnico. Tem que pensar a médio e longo prazo, blindar Crespo e a comissão técnica, e seguir trabalhando. O resto é balela. Mudar a comissão técnica não vai melhorar os resultados. Pode até mascarar os problemas, mas a verdade é que as constantes mudanças de técnico e elenco nos últimos anos nunca surtiram efeito. Todo ano troca o técnico. Todo ano reformula o elenco. Nada muda.
Geraldo Bento
18 de julho de 2021Ela está no cargo para ajudar a melhorar o time não tem culpa nenhuma pelo momento é pelas contusao em certos atletas temos de se preparar para o jogo contra o Racing é copa do Brasil o Vasco bola pra frente crespo
Gomes
18 de julho de 2021Vamos ser francos: alguém realmente acredita que mudança de técnico resolve algo? Quantos tivemos nos últimos anos? O Sr. Leco saiu e deixou terra arrasada. Como o Crespo disse: "a história do São Paulo" é muito maior que esse momento. Muito maior que esse elenco limitado que hoje temos. O Crespo entende e respeita a grandeza do Tricolor, espero que permaneça no clube para ser parte da ressureição do mesmo.
Éverton Castro
18 de julho de 2021Pés no chão.... vamos apoiar o time. Vamos pensar na Copa do Brasil que tem potencial de dar um bom dinheiro, passar do Vasco é obrigação, time que está mal na série B.