Ceni admite derrota em 24 segundos e expõe perfil do elenco: “calado”

O técnico Rogério Ceni esteve presente na entrevista pós-jogo, no Morumbi. Entre outras perguntas, o treinador explicou o motivo de usar a escalação e disse não poder analisar o jogo porque ele “encerrou-se em 24 segundos.”

 

“Trabalhamos bem numa linha de quatro, com Marquinhos e Diego na marcação, elevando a altura da equipe. Era melhor marcar a bola aérea, saída de três e Reinaldo apoiando bastante. Mas não vimos isso em campo porque não estivemos com o time completo. Erros iniciais custaram o jogo. Não dá para analisar o jogo.” – disse Ceni na entrevista.

 

Ceni disse não ter como avaliar o jogo de Diego Costa, responsável pela marcação na direita, porque o time ficou com dez jogadores muito cedo. “Tentei fazer que (Diego Costa) ficasse por ser defensor, tem boa mobilidade apesar de zagueiro. (…) Ele perdeu o tempo da bola no segundo gol, passa por ele, Michael na velocidade cruza para o Bruno. Não digo que foi bem ou mal porque o jogo acaba cedo. Minha intenção foi colocar linha de quatro, velocidade à frente do Diego, Marquinhos aberto pela esquerda, para tentar nas jogadas individuais e ter um homem a mais na frente para tentar se defender bem na bola aérea.” – completou.

 

Uma resposta me chamou a atenção. Ceni classificou o perfil de seu elenco como “calado” e tenta trabalhar por um jogo mais cantado por parte dos seus jogadores, em campo. “É um time mais calado. Jovens calados. Mais velhos que não têm como característica serem jogadores eloquentes. Time quieto. Estamos tentando desenvolver isso nos jogadores, que falem antes e durante a partida. Quanto mais cantado o jogo for, menos energia você gasta e mais bem posicionado está. É um time calado.” – admitiu ele.

 

Minha opinião sobre a estratégia: realmente não tem muito como analisar com o jogo entregue aos oito minutos com a expulsão de Calleri, mas eu não entraria com Diego Costa e Marquinhos num jogo tão difícil. Os dois não tem minutagem de partidas para isso. Principalmente Diego, com tantas falhas em jogos anteriores. Apesar de achar que a partida era muito dura, eu manteria um lateral direito de ofício e fecharia bem a casinha no meio-campo, explorando os poucos momentos de ataque agudo que teríamos.

 

Já em relação ao perfil do elenco, esse é um problema para a diretoria de futebol: Belmonte, Muricy e Rui Costa. Ceni fez bem em expor essa característica, para que os gestores de futebol trabalhem para equilibrar o elenco não somente nas pernas mas também no cérebro.

 

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Saudações Tricolores!
Daniel Perrone | São Paulo Sempre!

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