Vitória apertada e fundamental no Morumbi. Com um golaço “de camisa dez” de Nikão, o São Paulo vence o bom e bem montado Ceará e leva a vantagem para a partida de volta no próximo dia 10, no Castelão.

 

Diante do cenário, um dilema. O que é mais adequado: comemorar a vitória e a vantagem conquistada apesar de uma partida fraca da equipe ou lamentar o pênalti perdido por Calleri que poderia encaminhar a classificação diante dos cearenses?

 

Apesar da importância do resultado, quebrando uma sequência de sete, SETE empates diante do clube cearense,  eu lamento principalmente a atuação do clube porque o São Paulo mais uma vez jogou muito abaixo do que a torcida esperava e lamento também porque iremos para o jogo de volta com raras opções de contra-ataque. Nosso meio-campo anda em má fase, criando muito pouco em relação a, por exemplo, as partidas de cerca de um mês atrás diante da Católica. O jogo do Castelão, pelo gramado, pela torcida mandante, pela temperatura interna e externa, será bem complicado e para passar para a semi da Sula a equipe deverá mostrar muita, muita personalidade.

 

Igor Gomes e Nestor mais uma vez não se aproximaram dos atacantes; Wellington tinha o corredor, um Nino Paraíba amarelado a sua frente e parou de ser opção ofensiva e, por fim, os zagueiros, apesar de coletivamente não terem tomado gol, individualmente quase entregaram a rapadura em dois lances capitais. Num deles, Mirada deixou Mendoza bola cara a cara com Felipe Alves. O goleiro fez uma importante defesa, ainda no primeiro tempo.

 

Mesmo assim, eu acredito. Vantagem é vantagem, como dito diante do América-MG na Copa do Brasil. O Ceará terá que se expor desde o início. Propor o jogo. Mesmo otimista, sei que a equipe precisará brigar, e muito, pela classificação. Aliás, pelas duas classificações. A do Ceará e a de Belo Horizonte.

 

Anotem: se as classificações vierem, elas serão heróicas. Estarei lá para ver.

 

Notas dos personagens do jogo:

 

Felipe Alves: estranhamente virou a cara em uma bola na trave de Nino Paraíba mas em compensação foi bem corajoso ao defender uma bola de Mendoza. Nota: 7,0

Igor Vinícius: jogo bem decente, com Assistencia para o gol de Nikão. Nota: 7,5

Diego Costa: aguerrido e regular. Nota: 6,5

Miranda: uma senhora bobagem no primeiro tempo, que baixou sua nota. Fora isso, se mostrou seguro e com autoridade de sempre na zaga. Nota: 6,5

Léo: apesar do chute perigoso no fim do primeiro tempo, partida ruim do zagueiro esquerdo, com direito a uma grande bobagem. Nota: 4,5

Wellington: um festival de cruzamentos errados chance perdida de jogar em cima do amarelado Nino Paraíba. Nota: 4,0

Gabriel: mais uma boa atuação a frente dos três zagueiros.  Nota: 6,5

Rodrigo Nestor: burocrático. O “Vitor Bueno” do meio-campo. Nota: 4,0

Igor Gomes: esforçado mas cega pouco na área e arremata muito pouco para a sua posição. Nota: 4,5

Luciano: mal na primeira etapa, bem no segundo tempo, com algumas bolas perigosas. Não gostou da correta substituição de Ceni. Nota: 5,5

Calleri: o melhor jogador do elenco corre, se doa, vai para a ponta cruzar para ele mesmo na aérea… mas teve a infelicidade de perder mais um pênalti que poderia encaminhar um jogo. Não dá para reclamar, mas dá para lamentar. Nota: 5,5

 

Pablo Maia, Galoppo, Nikão Éder e Colorado: Nikão foi o único destaque… e que destaque. Finalmente gol que justificaria o número dez em suas costas. Que seja o início de uma nova era do jogador, agora jogando mais próximo a grande área.

 

Rogério Ceni: seu time joga no limite do que tem no elenco. Hoje o meio-campo em especial foi muito mal e eu acho que o técnico demorou para fazer as notáveis substituições. Nota: 5,5

 

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Saudações Tricolores!
Daniel Perrone | São Paulo Sempre!

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