OPINIÃO: a camisa III 2022 combina história, bom gosto e oportunismo

O torcedor são-paulino teve o primeiro contato “real” com a nova camisa III do São Paulo neste último domingo, na vitória do clube sobre o Bragantino por 3×0 pelo Campeonato Brasileiro, no Morumbi.

 

Inspirada no icônico manto usado por Telê Santana e sua comissão técnica em 1992, a camisa mal fora lançada e tem seu primeiro lote praticamente esgotado em todos os pontos de venda físicos e digitais do Brasil. Um verdadeiro sucesso.

 

Tenho como costume só opinar sobre lançamentos de camisas e outros produtos após tê-los em mãos para não ter uma impressão errada daquela que vimos apenas no cabide ou de outras formas. No caso desse modelo, confesso que já havia visto o protótipo muito antes de seu lançamento por via digital e não me empolgado tanto com o produto mas, ao receber o material acabado em mãos, agregado ao excelente trabalho de ativação nas redes digitais, mudei minha opinião.

 

A camisa não é tão detalhada como o mockup originalmente idealizado pelo designer Edu Schwartz, um torcedor que faz um ótimo trabalho neste sentido. Apesar de ser mais “simples”, ela tem um caimento lindo (padrão Adidas) e elementos que permitem longa escala de produção sem que a ideia acabasse numa vala comum como uma (frustrada) tentativa de reprodução da também icônica camisa usada por Zetti em uma polo sem muita qualidade. O escudo é bordado e há um patch pequeno na base de muito bom gosto, remetendo ao mapa mundi do agasalho original.

 

O também designer Glauco Diógenes lembrou em seu canal “É Quarta-Feira” que a produção foge dos templates comuns, usualmente adotados pela marca, o que é uma evolução em termos de “Adidas / São Paulo”. Vale conferir a opinião técnica do “mago”.

 

Mas, para mim, a cereja do bolo mesmo foi o vídeo de lançamento. O cenário japonês, a chegada do gaijin e principalmente os personagens épicos da conquista transformados em mangás trazem uma linda conexão entre o passado e o presente, isso é, a geração que assistiu o título aliada aos os jovens menores de 25 anos que não possuem todo o valor agregado do que foi o São Paulo naquela época e que estão um pouco distantes do que é o clube devido as últimas gestões desastrosas.

 

 

A data de lançamento também não podia ser mais oportuna: o Dia dos Pais contribuiu para o esgotamento do primeiro lote e quase todos os lugares, criado naturalmente aquele “senso de urgência” de produto especial. Em breve novos lotes deverão aparecer no site São Paulo Mania, nas lojas São Paulo Mania e nos demais pontos de venda do Brasil.

 

A grande vitória sobre o Bragantino, num dos raros jogos que o São Paulo venceu a base de contra-ataques com velocidade (veja opinião no blog), só corroborou com o sucesso do lançamento.

 

Foi o primeiro modelo conceituado e executado 100% na gestão Casares, cuja a especialidade é o marketing. A comunicação do clube, nesta parceria com a Adidas, foi extremamente feliz e o torcedor merece cada dia mais planejamentos dessa grandiosidade.

 

Como produto, na minha opinião a camisa não é mais bonita que a cinza ou a “napolitana” lançadas também pela Adidas mas se sobressai sobre as duas por conseguir unir com excelência o contexto histórico dos 30 anos do primeiro mundial, bom gosto e oportunismo, no melhor sentido da palavra.

 

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Saudações Tricolores!
Daniel Perrone | São Paulo Sempre!

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