Com 155 votos contra 78 votos de Roberto Natel e um voto em branco, Júlio Casares é o novo presidente do São Paulo Futebol Clube. Os conselheiros do clube também escolheram Olten Ayres Jr como presidente do Conselho Deliberativo e também foi definido o novo Conselho de Administração que acompanhará a gestão do próximo triênio.
Júlio Casares só tomará posse em janeiro mas à partir de agora um grupo de transição governará o clube. A comissão será comporta por Leco (atual presidente), Casares (o novo presidente) e mais três nomes, a escolher. Deste modo, decisões como renovações de contratos, parcelamento de dívidas e até contratações voltam a pauta, desta vez com decisões em conjunto.
A chapa grafite “Juntos pelo São Paulo” foi a grande vencedora deste pleito. Além de Casares e Olten Ayres, o grupo conseguiu eleger plenamente o Conselho de Administração. Adilson Alves Martins, Vinicius de Medeiros Cardoso Leite e José Alberto Rodrigues dos Santos pertencem a chapa de coalizão.
Com o resultado das urnas, dá para cravar facilmente que Júlio Casares terá ampla governabilidade no início de sua gestão, isso é, o futuro presidente não terá graves obstáculos para aprovar as primeiras medidas do seu plano. Isso porque Casares possui boa parte da bancada do Conselho Deliberativo, maioria no Conselho de Administração e Ayres Júnior, seu aliado, como presidente do CD. Em resumo: terá tranquilidade política neste começo de mandato.
Porém, com a governabilidade, vem a responsabilidade. Será hora da Chapa Grafite colocar em prática tudo que propôs durante os meses de campanha: uma gestão profissional, transparente e atenta a gerar receitas e baixar a dívida adquirida nos últimos anos, sem canibalizar o futebol, principal motivo dos mais de quinze milhões de torcedores em todo o mundo.
Para mim, o grande erro de Leco e sua gestão foi se perder nas dívidas políticas e não cumprir o que prometeu durante sua campanha, baseada em um governo com base no novo estatuto. Se Júlio não cometer esse erro mortal, será um grande passo para a melhoria estrutural do futebol do Tricolor.
Desejo boa sorte ao Júlio, sempre muito presente nas redes sociais e com boas ideias para o Tricolor. O mesmo desejo a Olten Ayres Jr e ao Conselho de Administração. Apesar da péssima gestão do Leco, o caminho “Cotia/Diniz” está traçado no futebol.
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O zagueiro Arboleda foi o personagem principal do último programa “Bola da Vez”, da ESPN Brasil. O programa, apresentado por André Plihal, teve as participações de Eduardo Affonso e Gustavo Zupak, entre outros.
Entre os diversos assuntos abordados, o equatoriano reconheceu o mau momento técnico vivido por ele e por Bruno Alves depois da pandemia, tanto é que foram substituídos por Diego Costa e Léo, temeu pela não convocação para a seleção de seu país e ressaltou que as últimas passagens pela seleção do Equador mudaram a sua cabeça, fazendo-o focar ainda mais nos trabalhos do São Paulo. Recentemente Arboleda foi eleito o melhor em campo em uma partida entre o Equador e a Argentina de Messi.
Arboleda também ressaltou o trabalho de Fernando Diniz, dizendo que hoje em dia a relação entre o elenco e o treinador é ainda melhor. O zagueiro ainda foi além, dizendo que se fosse o novo presidente do São Paulo, manteria o técnico em 2021.
Por fim, o zagueiro admitiu que não pode ser mais tão vivaldino como foi ao longo de sua carreira e teve uma franca conversa com Diniz. “Me arrependo, me arrependo muito dos erros que eu já cometi. Não estou só jogando pelo meu futuro, e sim pelo da minha família, de minha filha, de meus companheiros, do São Paulo. Eu visto uma camisa, um símbolo tão grande como o do São Paulo, e eu penso que o nome do São Paulo não pode ficar manchado por um erro que eu cometi. Não sou uma pessoa má e peço desculpa” – disse ele.
O maior erro de Arboleda, segundo ele mesmo, foi usar a camisa do Palmeiras. O jogador mais uma vez pediu perdão público durante o programa. “Passei muito tempo arrependido, esse erro me marcou muito, por mais que fosse uma aposta que eu perdi, e essa brincadeira me marcou muito com a torcida. Chorei muito, um dia você está alto e em outro você é o pior. Me marcou muito.” – comentou, dizendo que se importou mais com as críticas do torcedor que internas dos seus superiores no Tricolor.
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Fernando Diniz concedeu a sua tradicional coletiva pós-jogo no fim da partida em que o São Paulo alcançou a liderança isolada do Campeonato Brasileiro de 2020.
Entre as perguntas realizadas, me destacou uma. Ao ser perguntado sobre Arboleda, Diniz disse que sempre teve uma boa relação com o equatoriano e assim como Bruno Alves, teve um momento de saída do time. Segundo Diniz, os dois voltaram melhor que antes e o o trabalho de entendimento de cada jogador contribui para a melhoria do coletivo.
Diniz valorizou as oportunidades de Diego Costa e Léo e disse que não há titulares ou reservas para esse setor. O treinador ainda completou a pergunta citando Luan e Reinaldo, jogadores que também passaram por algum momento de jogos como zagueiros, ampliando o leque defensivo.
“O trabalho coletivo e o entendimento de todos os jogadores faz com que a gente chegue neste momento do campeonato e atinja a liderança e também temos a consciência que estamos ainda melhorando. Tem muita gente disputando algo no Campeonato. Temos que seguir trabalhando forte” – disse Diniz na coletiva.
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O São Paulo irá com sua força máxima para aquela que deveria ser a sua primeira partida pelo Campeonato Brasileiro. Tricolor e Goiás farão o jogo atrasado da primeira rodada da competição, jogo que não aconteceu por causa do surto de Covid que assolou o adversário, dias antes da estreia.
Por falar na doença, mais uma vez nenhum caso de COVID foi detectado no elenco, que conta com os reforços de Bruno Alves (não viajou para enfrentar Ceará e Bahia) e Diego Costa (suspenso contra o Bahia). Portanto, Fernando Diniz poderá escalar o que tiver de melhor diante do lanterna da competição. O técnico testou Arboleda entre os titulares nesta quarta-feira e deve usar o equatoriano ao lado de Bruno Alves.
Já o Goiás não contará com o zagueiro David Duarte e o volante Miguel Figueira. Os dois levaram cartão amarelo na derrota diante do Grêmio no Sul e desfalcam a equipe. Além deles, o meia Shaylon não poderá entrar em campo por força de contrato. Ele pertence ao Tricolor e só joga mediante pagamento de uma quantia em dinheiro.
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O jornalista Rodrigo Capelo, especializado em negócios do esporte e pertencente ao Grupo Globo, publicou uma matéria ampla sobre a situação financeira do São Paulo, no GE.com Na matéria, o jornalista detalha os R$ 560 milhões de déficit do clube.
Na matéria, Rodrigo Capelo, que em sua bio no Twitter tenta explicar financeiramente por que os clubes vencem ou perdem, se baseia nos balanços que o São Paulo disponibiliza publicamente. Segundo ele, o relatório não oferece o detalhamento sobre o vencimento das dívidas do Tricolor. Porém, segundo o jornalista, as variações de alguns tipos de dívidas em relação ao balanço anterior ajudam a esclarecer o aumento.
Uma frase da matéria resume a situação atual Tricolor: “A administração de Carlos Augusto de Barros e Silva fez o endividamento tricolor disparar ao término de 2019. Pela primeira vez, o clube passou a dever mais de meio bilhão de reais na praça. E este número continuou a piorar em 2020 em decorrência sobretudo da pandemia.”
Alguns torcedores do São Paulo questionaram o momento da publicação da matéria nos comentários do GE.com. Alguns deles enxergam uma tentativa de desestabilização do time neste momento e outros comparam a dívida Tricolor com outros clubes, minimizando a situação.
A reportagem é bem ampla e certamente não foi feita da noite para o dia. É uma pena não sabermos os vencimentos dessa dívida pois certamente isso será o fator mais impactante para a próxima gestão. No pior cenário, vendas de jogadores serão inevitáveis. Rodrigo Capelo explica que as vendas de Antony ao Ajax e Gustavo Maia ao Barcelona trouxeram alívio ao caixa. Juntos, eles somaram cerca R$ 117 milhões do total registrado no balanço.
Penso que as dívidas do clube com contratações equivocadas nos últimos dez anos, alta rotatividade de jogadores, técnicos e profissionais em áreas como o marketing, se juntaram com a situação da pandemia e foram preponderantes para um rombo nunca antes visto no clube. O maior responsável? Leco, o presidente e dono da caneta. Coadjuvantes: Conselho Deliberativo que há tempos criou e permitiu um sistema que lhe dá pouca ou nenhuma força para vigiar o clube de forma eficaz.
O próximo gestor deverá ter um pulso firme nas contas e muita competência para escolher as pessoas certas para gerar a receita necessária para o clube voltar ao prumo financeiro. Será um trabalho longo, de mais de três anos.
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O publicitário e jornalista Daniel Perrone é uma das maiores referências entre torcedores do São Paulo FC. Atuou por 10 anos como blogueiro do São Paulo no Globoesporte.com , integrou o programa "Fanáticos" do Esporte Interativo e foi o “cara do sofá roxo” da HBO Max, no Paulistão 2022. Atualmente administra o Blog São Paulo Sempre. Diplomado em Gestão de Clubes (SPFC/ESPM), é autor dos livros “TRI Mundial” (2010) e “MorumTRI" (2020) e do documentário COPA DO BRASIL 2023 (Prime Vídeo). Transmite a experiência dos jogos do Tricolor dentro e fora do Morumbis, mostrando os bastidores dos jogos e viagens. É sócio de uma loja de camisetas temáticas, com estampas produzidas para o torcedor são-paulino. Campanhas publicitárias, ativações de marcas e produtos nas redes sociais e blog, publieditoriais e presença em eventos. Contrate: [email protected]
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