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Setor de ingresso popular deveria ser regra e não um benefício ocasional

O São Paulo retornará com a política de ter um setor com ingressos mais baratos no Morumbi. A medida, fruto de um estudo do Marketing do clube, beneficiará os sócio-torcedores e fixará o preço a R$ 10 na Arquibancada Amarela. Segundo o diretor de Marketing João Rossi via twitter ao blog São Paulo Sempre, essa medida é uma das mais especiais do seu departamento.

 

O benefício vale para todos os planos, até mesmo o mais popular, de R$ 12,00. Isso quer dizer que, se o sócio pagar pelo plano mensal e ir quatro vezes no Morumbi num mês, ele desembolsará apenas R$ 52,00 (R$ 12,00 da mensalidade + quatro jogos de R$ 10,00).

 

Com a medida, o clube espera recuperar parte da alta inadimplência no seu programa (cerca de 70%) e contribuir para uma arquibancada acessível para todos os torcedores, além de aumentar sua média de público nos jogos do Brasileiro. Ao contrário do que alguns veículos divulgaram, a medida não segue outros clubes e sim é um resgate do que já foi feito pioneiramente pelo Tricolor e deu certo.

 

Para mim, que defendo o acesso a ingressos populares desde sempre, essa medida deveria ser regra geral e não um benefício ocasional. É tão importante que deveria estar na primeira linha do estatuto do clube. O futebol é do povo, um patrimônio histórico do nosso país e todos devem ter acesso a ele. Quem quiser ter mais conforto e pode pagar por isso tem as opções de camarotes, cativas e numeradas. Quem não possui renda suficiente para o tamanho da sua paixão pelo Tricolor, que se associe ao ST do clube e assista as partidas na Arquibancada Amarela. O Morumbi é grande o suficiente para todos.

 

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Uma visão profissional do balanço financeiro do São Paulo em 2018

O balanço financeiro do São Paulo foi divulgado no início do mês de maio. Consultei dois profissionais do setor para apresentarem uma visão de como anda o clube atualmente: Amir Somoggi, consultor de marketing e gestão esportiva e sócio da Sports Value e Filipe Braga Cunha, autor do blog/twitter Finanças Tricolor. Vamos a elas:

 

1) Análise de Amir Somoggi

 

Receitas – O faturamento do São Paulo atingiu R$ 424 milhões em 2018, frente aos R$ 483 milhões de 2017, queda de 12%. A queda nas receitas foi impactada pela redução das transferências que caíram de R$ 189 milhões para R$ 155 milhões, redução de 18%. Outro aspecto foi a redução das receitas de patrocínios, um dos pontos mais frágeis da gestão da marca do São Paulo há anos. As receitas com patrocínios caíram de R$ 57 milhões para baixíssimos R$ 23 milhões em 2018, queda de 59%. Segundo análise da Sports Value o clube é apenas o 9º time em receitas com patrocínios do Brasil atualmente, sendo a 3ª maior torcida do país, uma marca que cresce entre os jovens e com poder de consumo. O clube tem enorme potencial para crescer em marketing.

 

 

 

 

São Paulo depende muito das transferências de jogadores. Ao longo de 16 anos (2003 a 2018) o tricolor gerou R$ 1,08 bilhão transferindo aletas para outros times. O clube é disparado o time brasileiro que mais produziu recursos com transferências no Brasil.

 

Custos com o futebol – O SPFC reduziu seus custos com futebol em 2018, produzindo equilíbrio em suas contas. A redução dos custos com o departamento de futebol foi de 13%. Algo muito difícil de acontecer. Em 2018 os custos com futebol do Palmeiras cresceram 45% e Corinthians 11%.

 

Em geral o clube sempre amplia seus custos pressionando a gestão a vender jogadores para equilibrar o orçamento. Esse modelo dificulta que o clube cresça em outras frentes com receitas com jogos, atração de patrocinadores e venda de produtos. Segundo Amir, os ídolos são o combustível fundamental para alavancar o negócio do clube.

 

 

Analisando ao longo dos anos o clube mostra equilíbrio muito maior que em 2014, quando o índice custos com futebol/ receitas era de 95%, completamente desequilibrado. Segundo análise da Sports Value, o ideal é que um clube não ultrapasse 73%, índice atual do clube do Morumbi. O ideal para o SPFC é maximizar suas receitas e assim ampliar seu investimento no futebol, para crescer, ser campeão e manter o equilíbrio financeiro.

 

Superávits/Déficits – O equilíbrio financeiro do São Paulo pode ser verificado no superávit do clube em 2018, R$ 7,2 milhões. O clube apresentou superávit nos últimos três exercícios, o que é muito positivo. Nada parecido com as terríveis perdas de R$ -72 milhões em 2015 e R$ -100 milhões de 2014. Nos últimos 8 anos as perdas somadas são de R$ -125 milhões.

 

 

Dívidas (Cálculo da dívida líquida = Passivo – Ativo Circulante – Ativo Realizável) – As dívidas do clube foram reduzidas e estão no menor patamar desde 2013, o que é extremamente positivo. As dívidas foram reduzidas em 8%. Isso representa uma queda no endividamento de 25% em 4 anos, em um cenário de aumento generalizado de dívidas dos clubes. SPFC é apenas o 13º time brasileiro em dívidas, embora seja o 4º em faturamento, mostrando um equilíbrio muito maior que seus rivais. A relação dívida / receita do SPFC está em 0,64, frente aos 0,71 do Palmeiras, 1,01 do Corinthians, 1,87 do Santos ou 3,99 do Botafogo.

 

 

Um exemplo prático de quão positivo é a redução das dívidas foi a queda nas despesas financeiras do SPFC, que em 2017 eram de R$ 21 milhões e agora estão em R$ 17 milhões. Somente essa diferença garantiu praticamente metade do superávit de 2018.

 

Agradeço a Sports Value pelo detalhamento da situação financeira do clube. A agência é especializada em marketing esportivo, branding, patrocínios, avaliação de marcas e de propriedades esportivas.

 

2) Análise de Filipe Braga Cunha (blog Finanças Tricolor)

 

O blog Finanças Tricolor publicou que o endividamento total do clube ao final de 2018 é de R$200,1 milhões (redução de pouco mais de 6% ante o mesmo período de 2017). Se comparado a 2014, a redução foi de mais de 30%. As receitas de negociação de atletas foram fundamentais para tal equacionamento. Entretanto, a redução de R$13,8 milhões de 2018 foi bem menor que a ocorrida em 2017, período no qual o clube reduziu sua dívida em pouco mais de R$43 milhões.

 

O blog Finanças Tricolor entende como fundamental o detalhamento do endividamento do clube em: dívidas financeiras, tributárias e trabalhistas. Em seu primeiro post sobre o balanço de 2018, o Finanças Tricolor concluiu que que a redução do endividamento do clube em 2018 deu-se, quase que em sua integralidade, pela redução das dívidas tributárias. Leia a matéria completa aqui.

 

Agradeço ao blog Finanças Tricolor por me permitir compartilhar o assunto. O blog é especializado em finanças do São Paulo Futebol Clube. Filipe é formado em Administração de Empresas e especialista em Finanças e Investimentos. Fundador do blog e responsável por realizar análises independentes e detalhadas dos demonstrativos financeiros do São Paulo Futebol Clube.

 

Opinião de Daniel Perrone (blog São Paulo Sempre) – Os dois profissionais identificaram reduções nas dívidas do clube, principalmente em relação a 2014, porém Amir Somoggi apontou o assunto que mais me preocupa no momento: a falta de receitas.

 

Não é possível um clube como o São Paulo depender somente e quase que exclusivamente de vendas de jogadores e cotas de TV, como foi identificado no gráfico de pizza. O pecado não é ter dívidas e sim não ter receita para pagá-las. O potencial para gerar receitas do clube é enorme e nos últimos anos foi muito mal cuidado. Os principais pontos para geração de receitas são: Morumbi (estádio 100% pago), Sócio Tricolor (o clube é pioneiro no programa e um dos clubes com mais inadimplentes do país), Material esportivo (o modelo com a Adidas não possui um fee mensal e depende de esforços de venda) e o Licenciamento (lojas defasadas que precisam de um maior incentivo e produtos melhor trabalhados).

 

Resumindo: para mim, o atual problema financeiro do São Paulo está na falta de receitas, principalmente na área do Marketing. Espero que o diretor Rossi, de capacidade comprovada na área, tenha liberdade de atuação para levantar o marketing Tricolor. Do contrário, viveremos de vender nossos jogadores de base para o exterior.

 

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Jogo contra Fortaleza de Ceni só é especial até a bola começar a rolar

O São Paulo enfrentará o Fortaleza na capital cearense no próximo domingo às 19 horas, no Castelão. Será a primeira vez que o ídolo Rogério Ceni enfrentará o clube que o revelou e por onde conquistou quase todas as suas glórias.

 

Em entrevista a ESPN, o goleiro Tiago Volpi vê o confronto como especial por toda a grandeza que envolve a história do goleiro artilheiro. Rogério Ceni trabalhou no São Paulo por mais de 25 anos e conquistou tudo que um jogador gostaria de conquistar no futebol. Apesar do caráter especial da partida, Volpi lembrou que agora o ídolo defende outra equipe. “Domingo ele é nosso adversário e temos que procurar fazer de tudo para sair com os três pontos” – disse ele.

 

É assim que o jogo deve ser encarado. Os atletas devem deixar a emoção para nós, torcedores, e pensar exclusivamente em vencer a partida. Os dois pontos perdidos diante do Flamengo no Morumbi devem ser pagos pelo Leão da Pici, independente do MITO e do sentimento diferente em enfrentá-lo. Foco nos três pontos.

 

Uma boa notícia para o torcedor é que, diferente do jogo do ano passado no Ceará, onde as duas equipes (SPFC e Ceará) não saíram do zero devido a fornalha que se tornou o Castelão às 16h, desta vez a partida será um pouco mais tarde, às 19h. Vai estar quente mas, menos que a temperatura infernal do horário nobre da TV de domingo.

 

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Hernanes é a peça certa nesse meio-campo, mas precisa entrar em forma!

O São Paulo aos poucos vai ficando com a cara que o torcedor gosta. Com a ascensão dos garotos da base e os novos reforços, o elenco vai oferecendo boas alternativas de jogo a Cuca. Entretanto, uma das maiores contratações do ano ainda não está no ponto: Hernanes.

 

Voltando com impacto ao São Paulo no fim do ano passado e um dos dez jogadores brasileiros mais bem pagos no Brasileirão, o meia ainda não se encontrou desde que voltou a vestir a camisa do Tricolor. A falta de ritmo, proveniente da temporada na China, e as lesões são as maiores causas do pouco desempenho do Profeta.

 

Enquanto isso, Igor Gomez, Liziero e até Pato revezam-se na criação das jogadas no meio-campo. Igor Gomez jogou na estreia, Liziero atuou contra o Flamengo e Pato foi a surpresa no setor em Goiás. Porém é Hernanes a peça que, na teoria, se encaixará no meio criativo em muitos jogos do Brasileirão. Mas ele precisa se preparar bem para entrar em uma equipe com característica rápida e incisiva como a do São Paulo de Cuca. Não será fácil.

 

Enquanto não se condiciona 100% o meia vai entrando nas segundas etapas ou nas brechas de jogo, como na contusão de Pato no início da partida contra o rubro-negro carioca. Dá para imaginar claramente esse time com a experiência e talento de Hernanes, mas o Profeta precisa urgentemente atingir o equilíbrio físico ideal para a intensidade de jogo desse novo time. Sem jogos pelo Brasileirão, ele terá mais uma semana inteira de treinos para melhorar seu estado atual até o próximo compromisso, em Fortaleza.

 

Dá-lhe, profeta contamos muito com você em 2019. Você muda jogo!

 

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OPINIÃO São Paulo 1×1 Flamengo

Empate frustrante no Morumbi. Jogando contra um Flamengo sem sua força máxima, o São Paulo empata no Morumbi e perde a chance de se manter na ponta do Brasileirão 2019. Tchê Tchê, o nome do jogo, fez seu primeiro gol com a camisa Tricolor.

 

Foi uma partida de alta intensidade, de uma equipe que tentou se impor em vão contra outra que, após o gol marcado no início do jogo, se encolheu apostando no contra-ataque e em muitas ocasiões, realizando o anti-jogo. Levanto três aspectos que de uma forma ou de outra contribuíram o empate.

 

O primeiro deles foi a mudança um tanto quanto brusca de Cuca na formação da equipe. Sem Luan e sem Igor Vinícius, o treinador promoveu Walce na lateral direita e formou o meio com Hudson, Tchê Tchê e Liziero. Não que o menino tenha ido mal (gostei da estreia de Walce), mas dava para mexer menos e usar a equipe que venceu o Botafogo, com o capitão Tricolor na direita. Porém, essa mudança não foi tão determinante quanto as duas próximas.

 

O segundo aspecto que contribuiu muito para o placar foi a saída de Pato. Sem ele, perdeu-se a principal referência no ataque. Antony e Toró jogaram com brio mas não encontravam saída para finalizações. Sem Pato e ainda sem Pablo, faltou finalizador no enredo ofensivo Tricolor.

 

O terceiro aspecto foi como Pato saiu. Uma entrada violenta totalmente do zagueiro Thuller, passível de expulsão, que o árbitro rei das expulsões no Brasil Ricardo Marques Ribeiro estranhamente não viu, nem mesmo com a possibilidade de ajuda do VAR. Esse “apito mole”  determinou muito do rumo do jogo. O Flamengo abusou da catimba e revezou na pancadaria, tanto é que recebeu sete amarelos durante a partida, contra apenas um do Anderson Martins (sem contar o cartão disciplinar de Cuca). Apesar do anti-jogo, o lance de Berrío preocupou os rubro-negros. O autor do gol do Flamengo chegou a perder a consciência em campo.

 

Enfim, com arbitragem polêmica ou não, o fato é que o jogo acabou com um resultado que agradou muito mais aos cariocas que aos paulistas. Não faltou garra e força de vontade (se faltasse, não teríamos empatado). Faltou capricho na penúltima bola, pontaria e pulso firme da arbitragem. A boa notícia é que há espaço para evolução, ainda mais com a volta de Luan e a recuperação de Pato.

 

Bola pra frente. Em Fortaleza a gente volta a conquistar os três pontos.

 

Nota dos personagens da partida:

 

Tiago Volpi – Partida sem grandes esforços. Sem culpa no gol. Nota: 6,0
Walce – Boa estreia na lateral, zaga e até na volância. Nota: 6,5
Bruno Alves – Teve trabalho com seus companheiros de zaga. Nota: 6,5
A. Martins – Amarelado aos 4 minutos, saiu no primeiro tempo. Nota: 4,5
Reinaldo – Fraca atuação. Tá muito reclamão em campo. Nota: 4,5
Hudson – Bem na marcação, arriscou alguns cruzamentos. Nota: 6,0
Tchê Tchê – Baita contratação. Primeiro gol com o manto. Nota: 8,5
Liziero – Responsável pela criação, fez uma partida regular. Nota: 5,5
Toró – Mobilidade e esforço em campo. Faltou finalizar mais. Nota: 6,0
Pato – Saiu precocemente, debilitando o ataque do time. Sem nota.
Antony – Abusado, apanhou quase o jogo todo. Faltou finalizar. Nota: 7,0

 

Hernanes – Tentou fazer o meio. Algumas finalizações. Nota: 5,5
Everton – Teve campo na esquerda mas errou muitos cruzamentos. Nota: 5,5
Helinho – Pouco tempo. Sem nota.

 

Cuca – Mexeu muito no time. Podia ter dado certo mas o gol precoce do Flamengo alterou o cenário do jogo. Valeu bastante pela rapidez e mobilidade do time, além da vontade de vencer dos atletas, mas faltou mais precisão nos chutes e cruzamentos. Nota: 6,0

 

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