O experiente volante Luiz Gustavo não economizou palavras após o São Paulo ser goleado por 6 a 0 para o Fluminense, nesta quinta-feira, no Maracanã, pela 36ª rodada do Campeonato Brasileiro.
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Chamado para uma entrevista ainda à beira do gramado pelos repórteres da emissora do Brasileirão, o jogador foi franco como poucos seriam após um vexame histórico e pediu mudanças drásticas para que o São Paulo supere a maior goleada dos últimos 24 anos.
“Nada é por acaso, hoje não foi por acaso, o São Paulo é uma instituição que eu aprendi a amar, mas infelizmente a gente tem que começar a falar a verdade. As pessoas que têm que vir e assumir algumas situações, nós estamos aqui fora botando a cara.” – desabafou o jogador.
Luiz Gustavo foi além das desculpas. O jogador não sabe se continuará jogando profissionalmente em 2025 e disse pouco se importar com isso neste momento. Responsabilidade foi a palavra encontrada pelo volante para direcionar o que pensa.
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“A culpa é nossa, claro, dos jogadores que fizemos a merda que foi hoje, mas esse clube é muito grande, que merece ter uma direção, um plano claro, o que queremos do início ao fim de uma temporada, do que queremos como pessoas aqui neste clube. Eu não sei o que eu vou fazer da minha vida ano que vem, pouco me importa, mas vou sair de cabeça erguida, pedimos desculpas a todos, mas agora precisamos a assumir a responsabilidade. Está na hora do São Paulo começar a colocar as caras. Quem precisa colocar, assumir responsabilidade, todo mundo tem responsabilidade, assumir de cima para baixo para que esse time volte a ser grande no futebol.”– decretou Luiz Gustavo ainda em campo.
Sentindo bastante a derrota humilhante, Luiz Gustavo insistiu na cobrança geral. Segundo ele, o clube precisa colocar os pingos nos “is” e evoluir, deixando clara a falta de sintonia no CT.
“Eu aprendi que quando eu erro eu venho e falo, peço desculpa e reflito o que eu tenho que fazer para melhorar. Eu cheguei no clube a dois anos, tem gente que está vivendo isso a mais tempo e isso não dá mais. Eu vivo para evoluir, e espero que esse clube, que é clube apaixonante, gigante, muito maior do que quem está aqui, mas precisa que as pessoas coloquem os pingos no “is” para todos desenvolverem como espera.” – finalizou.
Palavras duras mas necessárias de um cara certo num momento errado. Num time organizado, Luiz Gustavo poderia fazer o papel que Toninho Cerezo fez nos anos 90. Com esse mar de incertezas e a vontade política acima da competência, dificilmente ele durará no São Paulo.
São Paulo despenca em ST
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Luiz Gustavo foi um dos jogadores mais celebrados após a vitória do São Paulo sobre o Vasco da Gama em São Januário. Vitória essa que quebra um grande período sem conquistas no estádio carioca em torneios do Brasileirão.
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Ao ser questionado sobre o comportamento do grupo, em especial antes e após o pagamento dos meses atrasados de direitos de imagem, o volante negou um eventual descompromisso dos jogadores e diz que o elenco está 100% focado na conquista da vaga para a próxima Copa CONMEBOL Libertadores.
“A torcida, com toda vontade de ver o time ganhando, vai pela emoção e às vezes esquece um pouco da razão e que estamos trabalhando, não estamos de brincadeira, estamos nos dedicando todos os dias. Sabemos que não é uma coisa espontânea, é uma coisa que vem do lado sentimental e tem que cobrar. Mas o que eu posso dizer é que não vamos nos entregar.” – disse Luiz Gustavo após o término da partida.
Ainda no campo de jogo, o experiente volante pediu mudanças no clube para 2026, sem nem mesmo ter certeza de sua permanência. O contrato de Luiz Gustavo com o São Paulo termina em dezembro mas há interesse do clube na renovação.
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“Sabemos que tem muita a coisa para organizar em geral no São Paulo e torço para que isso aconteça, para que seja um final de ano positivo, terminando onde queremos estar, e comece o ano que vem de uma forma melhor, com pontos mais corrigidos para que não precisemos passar pelas coisas que passamos neste ano.” – revelou Luiz Gustavo.
Luiz Gustavo é um dos líderes do elenco neste ano. Seu discurso tem a ver com a ciência do grupo de jogadores de que algumas ações e estratégias do clube não tiveram sucesso em 2025. O São Paulo encurtou e envelheceu o elenco, teve uma pré-temporada relâmpago nos Estados Unidos e por isso sofreu com diversas lesões durante o ano. Lesões essas que atingiram principalmente seus jogadores mais decisivos.
O futuro do jogador será definido nos próximos dias mas, se depender da vontade do São Paulo e do discurso de Luiz Gustavo após a partida, tudo indica que o volante permanecerá mais um ano no clube.
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No episódio desta semana do Sport Insider, programa realizado em parceria com a N Sports, o presidente do São Paulo Futebol Clube, Julio Casares, falou sobre os bastidores da gestão tricolor.
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Em uma entrevista franca e recheada de revelações com Rodrigo Capelo, Casares admite que sacrificou a saúde financeira do clube em nome da competitividade, dos títulos e da reconexão com a torcida, movimento que também visava sua reeleição.
“Essa reconexão com o torcedor tem um custo alto, tem um custo competitivo alto, mas a gente tinha que correr esse risco” – afirmou Casares ao Sport Insider.
Apesar da conquista de títulos, inclusive o inédito da Copa do Brasil, o São Paulo acumula uma dívida enorme, enfrenta dificuldades para contratar e vem de uma eliminação nas quartas de final da Libertadores 2025 pela LDU.
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“Nós estamos recuperando o clube, dando sinais de viés de redução da dívida, viés de importantes sinais de superávit neste ano. Mas leva tempo. É algo a longo prazo. Até o centenário do clube em 2030, nós imaginamos que vamos preparar o São Paulo” – disse Casares.
O presidente reconhece o desafio e aponta que agora o foco está em dois pilares: organização financeira e uma ação estratégica na base.
A grande novidade revelada no programa é o projeto de transformação da base de Cotia em um fundo de investimentos, com participação de investidores externos ao SPFC. O modelo prevê que o clube fique com 70% dos lucros e os investidores com 30%. Casares rebate críticas e nega que esteja “vendendo a base”:
“Esse é um projeto com muitos atrativos, mas está longe de ser algo de que estamos vendendo a base. Essa é uma narrativa com interesses políticos” – rebate o dirigente.
O episódio completo está disponível no canal da N Sports no YouTube a partir desta terça-feira (30), às 18 horas. Para entender todos os detalhes e polêmicas da entrevista, só assistindo na íntegra.
O texto acima foi enviado pela N Sports e reproduzido na íntegra.
O canal esportivo N Sports vive desde junho de 2025 uma nova fase de completa reformulação, sob a direção de sua nova sócia Ola Sports, holding criada para aquisição de ativos de transmissão esportiva.
A N Sports está focada na proposta de democratizar o acesso ao esporte no Brasil criando conteúdos com uma abordagem multigeracional e desenvolvendo um modelo de negócio em colaboração com outros agentes do mercado de mídia.
Atualmente, o canal transmite ao vivo a Série B do Campeonato Brasileiro em parceria com o Desimpedidos-NWB, investe na contratação de talentos e produz programas próprios como Negueritmo, O Brabo Tem Nome, Giro N Sports e Vai, Gabi! e outros de modo cooperativo como Cavaco Futebol Clube e Sport Insider.
Com trajetória desde 2018, o canal coleciona milhares de horas de transmissão e mais de 50 modalidades esportivas cobertas, a exemplo de futebol, tênis, futsal, basquete, handebol, vôlei e automobilismo. A N Sports conecta dezenas de milhões de fãs no streaming aberto (YouTube e Twitch) e em seu canal linear.
O racha político é claro. O grupo liderado por Casares enfrenta resistência com relação a aprovação do projeto de Cotia, que ainda será apresentado no Conselho Deliberativo. O próprio grupo de Carlos Belmonte, como exemplo, é contrário a iniciativa.
Sinceramente ainda não tenho dados seguros para apontar se o projeto seria bom ou ruim para a instituição. Um dúvida entre outras é em relação ao fim do contrato. Quem fica com o que? O clube retoma a porcentagem total mediante a que?
Na entrevista, Julio Casares também revela que propôs a separação entre futebol e clube social do São Paulo. O presidente afirma ao Sport Insider que encomendou um estudo para viabilizar a mudança. É nesta tecla que o torcedor tem que insistir e se apegar. Profissionalismo no futebol e separação total do clube.
Espero que muitos pontos desse projeto sejam esclarecidos na entrevista com Julio Casares pela N Sports, entrevista essa realizada na semana passada, antes dos protestos realizados antes do jogo diante do Ceará.
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