Nação do Maior do Mundo;
Vitória justa e placar exagerado no Parque Antárctica. No dia que o melhor ataque não funcionou e a pior defesa deu novamente as caras, o São Paulo perdeu feio para o (considerado por mim) seu pior rival e, para alguns (não para mim), coloca o trabalho do início do ano em cheque.
O primeiro tempo foi disputado e de certa forma equilibrado pela falta de chances dos dois lados, mas o Palmeiras anulou muito bem o sistema ofensivo Tricolor com uma marcação forte na primeira linha, matando a saída de bola. Mesmo assim compensamos com posse de bola e até tivemos campo quando conseguíamos sair da marcação alta. Os primeiros quarenta e cinco minutos foram disputados igualmente até o detalhe do gol, que contou com o talento (e sorte) de Dudu, aliada com falhas sistemáticas da defesa Tricolor; neste caso em especial da trinca Douglas, Buffarini e Denis. Porém, muito mais mérito do atacante.
Já o segundo tempo não teve xurumela: foi um passeio alvi-verde em sua invicta residência, contando novamente com a solene colaboração da nossa esburacada defesa. Posse de bola, marcação e ofensividade. O Palm eira foi o que o São Paulo não conseguiu ser. E ganhou com méritos.
É frustrante, mas não é o fim do mundo. Vale para continuar a saga por um equilíbrio maior. O São Paulo é o melhor ataque da competição, mas também a pior defesa. E desta vez não marcou nenhum tento porque, além de não ter Cueva (que faz muita falta), foi completamente engolido pelo adversário. Aí cabe uma reflexão realista: não dá para comparar o elenco dos dois clubes neste momento. O São Paulo é uma equipe em formação, com identidade ofensiva e com sérios problemas defensivos. O Palmeiras é um grupo muito mais qualificado, se adaptando ao novo treinador, que matou a pau hoje. Dá para reverter num mata-mata isso? Claro que dá, mas uma dose de realismo não faz mal a ninguém. Bom para baixar a bola e colocar os pés no chão.
O Tricolor vai passar de fase no Paulista. Precisa neste intervalo até a fase decisiva é lutar contra essa terrível estatística defensiva e avançar na Copa do Brasil jogando em Natal, prioridade do momento. E procurar uma forma de sair da marcação alta com mais qualidade. Na vitória e na derrota: aprendizado e trabalho.
Observação: arbitragem perfeita. Inquestionável.
Nota dos personagens da partida:
Denis Falha feia no terceiro gol, mas é difícil até comentar. Nota: 3,5
Buffarini Mais uma falha clamorosa. Quase uma por jogo. Nota: 3,0
Rodrigo Caio Sofreu, como toda a defesa. Nota: 4,5
Douglas Gol do Dudú começou numa fogueira que ele criou. Nota: 3,5
Júnior Um dos poucos que jogou dignamente. Nota: 5,5
Jucilei Regular, mas não teve pré-temporada e saiu no intervalo. Nota: 5,0
João Schmidt Pior partida do ano. Errou quase tudo. Nota: 3,0
Thiago Mendes Coringa, começou na direita e terminou no meio. Nota: 5,0
Cícero Desta vez sucumbiu ao bom trabalho do meio palmeirense. Nota: 4,0
Luiz Araújo Sumido, foi inócuo no ataque. Nota: 4,0
Pratto Ilhado no comando de ataque, também jogou com dignidade. Nota: 5,5
Wellington Nem Entrou ligado mas sucumbiu como o time todo. Nota: 4,0
Lucas Fernandes Tentou algo mas já não dava tempo para reações. Nota: 4,5
Rogério Ceni A proposta foi anulada pelo adversário. Apesar de perder muito com a saída de Cueva e a falta de forma de Jucilei, ficou a mercê da excelência estratégica de Eduardo Batista, para mim o ‘senhor’ do Jogo ao lado de Tche Tche. Nota: 4,0
Saudações Tricolores!
Daniel Perrone | São Paulo Sempre!
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Nação do Maior do Mundo;
Se existe um jogo na cidade de São Paulo que possui reais contornos de rivalidade, daquelas que o ‘ódio esportivo’* se aproxima (mesmo que de leve) ao de grandes embates futebolísticos no mundo, como Rangers e Celtic ou Fenerhbace e Galatassaray, esse jogo é São Paulo x Palmeiras.
Quem não concorda? Corinthianos e alguns palmeirenses (e são-paulinos) mais jovens, mas a velha guarda ou aqueles que conhecem a história do futebol paulista aprovam o título do post. O “Choque-Rei”, apelido dado ao clássico de quase noventa anos de história, por um bom tempo ultrapassou a esfera esportiva e se tornou caso de segurança nacional. Durante a Segunda Guerra Mundial, quando o então Palestra Itália foi obrigado a trocar de nome para Palmeiras, os antigos palestrinos acusaram (e acusam até hoje) dirigentes do São Paulo entre os que mais pressionaram as autoridades para que o rival mudasse de nome, respeitando a legislação nacionalista vigente na época. Deu para sentir a tensão?
São Paulo e Palmeiras são rivais desde o primeiro jogo (um 2×2 no Palestra Itália em 1930), mas o auge de sua rivalidade aconteceu entre 1942 e 1950, período em que São Paulo e Palmeiras dividiram os nove títulos paulistas disputados. Foram cinco títulos do São Paulo (1943, 1945, 1946, 1948 e 1949) e quatro do Palmeiras (1942, 1944, 1947 e 1950). De 1930 para cá, o confronto só não foi realizado em um único ano, por culpa exclusiva dos palmeirenses: em 2003 o alvi-verde foi rebaixado e não tivemos o prazer de enfrentá-lo. Segundo levantamento histórico do clube, o Tricolor possui vantagem no embate, além de uma recente enorme invencibilidade no Morumbi, mas ainda não ganhou na arena nova.
Hoje as coisa mudaram e a rivalidade foi amenizada pelas quedas do rival para a série B, mas quem viveu a época de ouro de Telê e Luxemburgo/Parmalat sabe como é gostoso ‘odiar o próximo’. Falando do jogo de sábado (péssima data, Choque-Rei tem que ser domingo), o São Paulo vem no embalo de uma equipe em formação, com um técnico novo, com identidade ofensiva e a procura de títulos enquanto que o Palmeiras, campeão brasileiro de 2016, está com a cabeça voltada mais para a Libertadores e ainda tenta encaixar seu novo técnico ao grande plantel que possui. Além do São Paulo, o Palmeiras tem jogo pela competição sul-americana no meio da semana e mais um clássico, na Vila Belmiro. Perder para o Tricolor e uma má jornada nos dois próximos jogos pode até ocasionar a demissão de Eduardo Batista.
O São Paulo recentemente viveu momentos semelhantes aos do rival. Campeão Brasileiro em 2006, 2007 e 2008, o Tricolor teve que conviver com a Libertadores no meio dos torneios nacionais e estaduais e sempre teve problemas. Ceni terá o ABC em Natal e o Ituano no outro sábado, confrontos teoricamente mais leves, portanto a missão, por mais difícil que seja, é ir com a melhor formação e tentar a vitória. Independente do resultado, prevejo um clássico franco como foi na Vila, onde o Tricolor se deu bem. A confiança no grupo de Ceni é grande.
Que venha o Porco, tão ‘querido’ e tão ‘odiado’, mas sempre um grande adversário.
* Ódio esportivo = rivalidade acirradíssima apenas dentro das quatro linhas do gramado, favor não confundir com violência, apologias e afins.
Saudações Tricolores!
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O São Paulo fez o seu dever de casa e venceu o ABC por 3×1 no primeiro jogo do mata-mata da Copa do Brasil. O time poderá perder por até um tento de diferença que sairá classificado de Natal.
Foi uma vitória obrigatória, que poderia ser mais larga, mas que mostrou duas coisas que fortalecem cada vez mais elenco e torcida: a superioridade e ofensividade do time de Ceni brilha os olhos dos torcedores do Tricolor. Outro detalhe que não pode passar despercebido é a sintonia entre o ataque e o meio-campo. Cícero, Thiago Mendes, Cueva, Luiz Araújo e Pratto trabalharam bem em uma noite quase perfeita, só não mais feliz pelos gols perdidos. O São Paulo não tinha um bom começo assim desde 2005: sete vitórias e dois empates em dez partidas realizadas. Não fossem os tropeços contra Mirassol e Novorizontino seria muito mais empolgante.
O que falta é ajuste defensivo. Tomamos mais um gol, mas que não tira a confiança do grupo. Os jogadores unidos e focados fazem a diferença. Agora o compromisso é difícil, diante do Porco em seu chiqueiro de luxo. Os arqui-rivais estão montados em cima da grana, mas temos nossa força e vamos confiantes em uma vitória. Afinal, gols é o que não deve faltar na Pompéia. Nossos gols, claro.
Nota dos personagens da partida:
Denis Partida boa, sem brilho nem decepção. Nota: 6,5
Bruno Bom trabalho na direita. Nota: 7,0
Rodrigo Caio Sem muito trabalho, fez o básico. Nota: 6,5
Breno Gol do ABC saiu em cima dele. Nota: 5,5
Júnior Vem crescendo e tomando conta da lateral. Nota: 7,0
João Schmidt Boa partida na saída de bola e lançamentos. Nota: 7,0
Thiago Mendes Ótima partida, motorizando o meio. Nota: 8,0
Cícero Idem a Thiago Mendes. Vem dupla boa por aí? Nota: 8,0
Cueva Bom trabalho na criação. Nota: 7,5
Luiz Araújo O nome do jogo. Vem calando a minha boca. Nota DEZ!
Pratto Ótimo na sua função; partida inteligentíssima. Nota: 9,0
Wellington: 6,5
Wellington Nem: 6,0
Neílton: 5,0
Rogério Ceni O time toma uns sustos mas agrada, e muito, o torcedor. A defesa precisa de ajustes mas o ataque está dando gosto de ver. Melhor começo desde 2005. Não é pouca coisa. Nota: 9,0
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Nação do Maior do Mundo;
Tricolor deu um ‘chega prá lá’ nas zebras dos matas da Copa do Brasil e se classificou para a terceira fase da competição após vencer o PSTC em Londrina. Cícero foi o nome do jogo, com três gols e partida de gala.
A superioridade do São Paulo foi vista em todos os momentos da partida mas comprar ingresso para um jogo do São Paulo é como andar de buggy nas dunas de Natal: sempre com emoção. O ataque mais uma vez confirmou o poder de fogo, desta vez com a excelente chegada de Cícero na área, além do ótimo trabalho dos gringos Pratto e Cueva. Em compensação, a defesa mostrou mais uma vez que entrega quando é apertada. Defesa não, o sistema defensivo todo está frouxo, precisando de uma dose de compactação.
Durante a partida, descrevi o ataque como a “Bósnia” (na época do fogo cruzado) e a defesa como a “Disney” (um convite a diversão do adversário). O desafio continua jogar com poder de fogo mas sem tantos sustos durante os noventa minutos. Apenas contra a Ponte estivemos próximos deste equilíbrio e mesmo assim saímos atrás do placar e tomamos gol em saída de bola.
O estádio do Café estava bonito com a torcida Tricolor, que agradece e aguarda uma próxima visita. O próximo adversário da Copa do Brasil será o ABC de Natal, que passou do Audax na disputa de pênaltis. O clube é da mesma cidade do buggy citado no texto. Por favor, desta vez que tal sem emoção?
Nota dos personagens da partida:
Sidão Atuação regular, com algumas boas defesas. Nota: 6,0
Bruno Não segurou o setor defensivo do lado direito. Nota: 5,0
Maicon Tomou uma solada forte e saiu no início do jogo. Sem Nota.
Rodrigo Caio Boa atuação. Do seu lado a segurança foi garantida. Nota: 7,0
Junior ótima partida no ataque. Sofreu pênalti. Nota: 7,5
João Schmidt Boa saída de bola mas pouca marcação. Nota: 6,0
Cícero O melhor em campo, com três gols e chegada na área. Nota: DEZ
Thiago Mendes Bom trabalho. Desta vez foi o ‘invisível’. Nota: 6,5
Cueva Participou intensamente da partida e fez o seu de pênalti. Gol. Nota: 9,0
Luiz Araújo Foi bem enquanto esteve em campo. Nota: 6,5
Lucas Pratto Grande atuação, com ótimo pivô. Nota: 8,0
Breno Ainda mostra dificuldade em entrar em forma. Nota: 5,5
Wellington Nem Velocidade no retorno aos gramados e uma pixotada. Nota: 6,0
Araruna Pouco tempo. Sem nota.
Rogério Ceni Sua filosofia ofensiva necessita de ajustes. Paciência e trabalho. Nota: 6,5
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Um São Paulo praticamente reserva, uma chuva incessante e (mais) um empate indigesto. Pelo segundo sábado consecutivo o São Paulo empata uma partida ‘ganha’ e deixa de somar pontos que podem ser preciosos nas fases decisivas do estadual. Levou um só para casa.
O time foi bem escalado, tendo em vista que os titulares jogaram três partidas em menos de doze dias e teremos um jogo decisivo na próxima quarta, pela Copa do Brasil. Os dois times foram prejudicados pelo gramado pesado de Novo Horizonte mas até aí o Tricolor controlava a posse de bola e criava algumas chances. Na derradeira, Gilberto mostrou mais uma vez faro de gol, em mais uma boa assistência de Bruno. É o quinto gol dele na temporada e o quarto tento no estadual, em cinco jogos em que ele participou. GIBAGOL é vice-artilheiro do certame, só atrás de Xuxa, do Mirassol. Bom para ele, ótimo para o elenco, que ‘ganha’ um suplente confiável.
Ceni mexeu na segunda etapa, colocando o estreante Jucilei no ligar de Shaylon e adiantando Thiago Mendes para a primeira linha. E foi justamente ele que marcou o segundo gol Tricolor, com uma assistência de cabeça de… Gilberto. Dois a zero, partida controlada? Não. Mais uma reação de um adversário mais fraco tecnicamente. E foi Breno, jogador com tanta expectativa que foi o maior responsável pelos dois erros individuais que deram o empate para o Tigre. No primeiro gol, pênalti na perda do tempo da bola. No segundo, erro na saída de bola e, depois disso, vacilo na bola aérea.
Bola para frente; o time está em formação e o técnico com uma ótima proposta, mas que ‘aprende’ jogo a jogo, com as falhas dos seus comandados. Tabela controlada e liderança na chave. Só lamento os pontos perdidos que podem ser determinantes para as fases mais agudas da competição. Mas até lá muita água vai rolar e o time vai se encaixar e chegar no auge da forma física. Paciência, trabalho e foco.
Nota dos personagens da partida:
Denis Tirando uma picotada no início, boa partida. Sem culpa nos gols. Nota: 7,0
Bruno Assistência a gol e luta. Não evitou o cruzamento do empate. Nota: 6,5
Breno Falhas dos dois gols diretamente relacionadas a ele. Nota: 2,0
Lugano Melhor quando é colocando em uma linha de três zagueiros. Nota: 5,5
Buffarini Quebrou o galho no lado esquerdo, com certa dificuldade. Nota: 5,5
João Schmidt Boa distribuição de jogo. Nota: 6,0
Thiago Mendes Ótimo jogo. Virou meia no segundo tempo e fez gol. Nota: 8,5
Araruna Bom trabalho de ‘formiguinha’ na marcação e saída de bola. Nota: 6,0
Shaylon Discreto, jogou apenas quarenta e cinco minutos. Nota: 5,0
Neílton Mais uma vez discreto no ataque. Nota: 4,5
Gilberto O melhor do São Paulo. Gol, assistência e luta. Nota DEZ!
Jucilei Entrou na frente da zaga, liberando Thiago Mendes. Nota: 6,0
Luiz Araújo Melhorou o ataque, mesmo não fazendo muita coisa. Nota: 5,5
Chavez Pouco tempo. Sem nota.
Rogério Ceni Escalou bem e mexeu bem, tanto na entrada de Jucilei como na troca do comando de ataque. Prejudicado pelo pane geral de Breno, que resultou nos dois gols do Novorizontino. Mais um empate vencendo por dois gols até o meio da segunda etapa. Dois pontos perdidos. Nota: 6,5
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O publicitário e jornalista Daniel Perrone é uma das maiores referências entre torcedores do São Paulo FC. Atuou por 10 anos como blogueiro do São Paulo no Globoesporte.com , integrou o programa "Fanáticos" do Esporte Interativo e foi o “cara do sofá roxo” da HBO Max. Atualmente é gestor do São Paulo Sempre, um dos mais visitados blogs de esporte do Brasil e embaixador da Coca-Cola e Powerade na Copa Conmebol Libertadores 2024. Diplomado em Gestão de Clubes (SPFC/ESPM), é autor dos livros “TRI Mundial” (2010) e “MorumTRI" (2020) e do documentário COPA DO BRASIL 2023 (Prime Vídeo). Transmite a experiência dos jogos do Tricolor dentro e fora do Morumbis, mostrando os bastidores das partidas e viagens. Campanhas publicitárias, ativações de marcas e produtos nas redes sociais e blog, publieditoriais e presença em eventos. Contrate: [email protected]