Um jogão de futebol, um belo primeiro tempo do São Paulo e um apagão coletivo na segunda etapa, somado a uma grande apresentação do Atlético Paranaense. Foi assim que vi o empate em dois a dois no Morumbi e a desclassificação do clube em mais uma Copa do Brasil, torneio “asa negra” do Tricolor desde a sua criação.
Duas impressões da partida. A primeira é sobre o adversário: o CAP assimilou com gosto a ideia de jogo de Fernando Diniz e aliou tática com frieza em campo. Foram muito bem. O são-paulino que enxergou os dois times nesta peleja há de concordar comigo. Agora, a segunda impressão: por mais bem treinado que o adversário seja, o São Paulo nunca poderia desperdiçar o resultado conquistado no primeiro tempo. O pênalti, na minha visão interpretativo, foi uma pena. Agora, o segundo gol pareceu jogada de “bobinho” de treino. Inadmissível, bem como o apagão coletivo como o do segundo tempo em um jogo de vida ou morte na competição mais valiosa da temporada. Além do gol, o adversário teve uma bola na trave e uma jogada que “atrasou” a bola ao invés de estufar as redes.
Futebol, o Tricolor até teve. A melhora tática desde a saída de Dorival é evidente. Falta cabeça para gerir jogos importantes, principalmente eliminatórios. Pequena parte disso vem do longo jejum que se encontra o clube. A maior parte vem das excessivas trocas de comando no futebol e na comissão técnica. O São Paulo precisa achar aquele jogo que unia time e torcida, da época do Muricy. Bauza chegou próximo na Libertadores de 2016 e Aguirre, creio eu, tem essa capacidade. Precisa ser respaldado.
Bola para frente que o lamento é coisa do passado. Para não dizer que só critiquei, vi pontos positivos no time. Tem uma cara diferente do ano passado que pode dar liga na Sul-Americana e, por que não, fazer bonito no Brasileirão. De minha parte vou acreditar no trabalho do treinador e que o time aos poucos compre o modo de jogar dele, assim como os jogadores do Atlético compraram o sistema do Fernando Diniz. Por enquanto me agrada o estilo competitivo que o elenco está incorporando. Com os novos contratados a coisa pode melhorar. Essa é a minha torcida.
Nota dos personagens da partida:
Sidão – Sem culpa nos dois gols. Saídas de bola esquisitas Nota: 5,5
Militão – Aguerrido na defesa, sem saída no ataque. Nota: 5,5
Arboleda – Não tão bem como nas últimas partidas. Nota: 5,5
Rodrigo Caio – Bem no primeiro tempo. Nota: 6,0
Liziero – Infelicidade no pênalti e algumas decisões erradas. Nota: 5,0
Jucilei – Muito bem no primeiro tempo. Entrou na roda na segunda etapa. Nota: 5,0
Petros – Que gol perdeu cara a cara. Muitas dificuldades no meio. Nota: 4,5
Nene – O melhor do São Paulo: assistência e gol. Nota: 8,0
Régis – Não marcou bem. Do seu lado saiu a jogada do segundo gol. Nota: 5,0
Valdívia – Gol e muito esforço até o momento da substituição. Nota: 6,5
Trellez – É muito esforçado mas é duro demais de fazer gol. Nota: 4,5
Diego Souza – Entrou como camisa nove, tentou mas pouco produziu. Nota: 5,0
Cueva – Poderia ter entrado no intervalo. Não criou oportunidades claras. Nota: 5,0
Lucas Fernandes – Pouco tempo de jogo. Sem nota.
Diego Aguirre – Muito abatido com a derrota. Na minha opinião, o time fez um excelente primeiro tempo mas foi engolido na segunda etapa. No final o empate ficou justo. Mexeu no que pôde. Nota: 5,5
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O São Paulo está pronto para o maior jogo do ano. O duelo contra o Atlético Paranaense nesta quinta-feira, no Morumbi, é de sumo importância para as pretensões do clube na Copa do Brasil 2018. Se ganhar por dois gols de diferença, o Tricolor passa. Por um gol, pênaltis. O que acontecer fora estas duas situações marcará a despedida do clube do torneio.
Segundo o Globoesporte.com Tite, técnico da seleção brasileira, irá pessoalmente ao Cícero Pompeu de Toledo. A intenção não é torcer pelo Tricolor e sim observar a atuação de Rodrigo Caio, um dos zagueiros que poderá ser convocado dia 14 de maio para a Copa do Mundo da Rússia.
As vendas até o momento não são dignas da importância do jogo. Extra-oficialmente, 20 mil ingressos foram comercializados até o presente momento. Tá certo que o horário não ajuda (19h15) mas o Tricolor conta com a ajuda de seu torcedor para reverter a desvantagem. É obrigação moral e cívica que quem mora na capital e tem condições de tempo e finanças para ir, que vá ao Morumbi, de preferência levando um amigo. É hora de responder os apelos do nosso eterno camisa 10 Raí e apoiar este grupo. Temos chances de ir além no torneio que nunca conquistamos mas precisamos do torcedor.
Se até o Tite vai, por que não você e eu?
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O São Paulo apresentou o ponta esquerda Éverton na tarde desta quarta-feira, no CT da Barra Funda. Ao lado da nova contratação do clube estavam o diretor de futebol Raí e o presidente Leco.
O diretor de futebol abriu sua fala explicando a ausência de Éverton no jogo contra o Atlético Paranaense, apesar do bom preparo físico do jogador, por questões burocráticas. Já o novo contratado foi mais protocolar e disse estar contente em um clube grande e que procurará por títulos nos próximos anos. “Agora caiu a ficha. Sou um pouco tímido, no Flamengo dificilmente dava entrevista. Estou feliz, emoção grande em vestir essa camisa.” – disse ele.
Já Leco, ao ser perguntado, “fechou o elenco” após as chegadas de Éverton e Carneiro e disse que o Tricolor estará preparado para disputar todos os desafios do ano. Porém, o presidente ponderou que a dinâmica do futebol é grande e que eventualmente poderão vir outros reforços. Leco completou o discurso dizendo que hoje o Tricolor não tem necessidade de vender jogadores, apesar disso fazer parte do dia a dia dos clubes brasileiros. “Não escaparemos do assédio. Temos fama de termos bons jogadores”. – completou.
Raí está confiante em uma base forte no clube para pequeno, médio e longo prazo. Segundo ele, isso é fundamental para que os atletas tenham confiança para trabalhar. O diretor disse que ocorrerão vendas, porém estas não afetarão o esqueleto do elenco.
Raí também confirmou que todos os esforços para a permanência de Militão estão sendo feitas desde que ele chegou no clube. “Já fizemos três propostas diferentes para o atleta e seu procurador e esperamos que ele permaneça. Temos uma reunião marcada e nas próximas pretendemos concluir isso.” – disse ele aos repórteres.
Leco finalizou sua participação na coletiva lembrando do primeiro ano de gestão e agradecendo aos seus colaboradores pela participação no projeto de reconstrução do Tricolor. “O meu maior acerto foi a escolha dos meus parceiros”, referindo-se aos seus diretores e também ao grupo que trabalha no dia a dia pelo clube.
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O Flamengo tentou uma cartada final e a torcida rubro-negra até fez campanha nas redes sociais, mas foi tarde demais: Éverton é oficialmente jogador do São Paulo. O São Paulo pagou a multa rescisória referente a parte rubro-negra e o atleta já prepara sua transferência da Gávea para a Barra Funda. O contrato será de três anos.
O São Paulo aproveitou a desgastada relação entre o procurador do atleta e a diretoria do clube carioca para ter o novo reforço. Carlos Leite, representante de Éverton, reclamava que seu cliente não tinha seu status valorizado na mesma medida que outros jogadores do elenco rubro-negro e, após a manifestação de desejo de saída do atleta, o ofereceu ao Tricolor. Os diretores paulistas não tiveram dúvida e trabalharam rapidamente pela transferência. Ele deverá ter seus salários atualizados no clube paulista e vaga no time de Diego Aguirre.
Éverton não é um craque inquestionável mas, nas condições do futebol brasileiro, é uma contratação bem acima da média do mercado. Não são poucos os torcedores rubro-negros que o consideravam o melhor jogador do meio/ataque carioca, ainda mais com a malemolência vivida por muitos medalhões que lá estão. O valor do negócio foi alto, assim como a capacidade do jogador de agregar ao elenco: Éverton é versátil, disciplinado taticamente, costuma fazer gols em jogos considerados grandes e tem as características procuradas pelo clube para o jogo pelos lados do campo, ainda mais sabendo que Valdívia dificilmente permanecerá em 2019 e Marcos Guilherme tem futuro incerto no clube.
Em resumo: Éverton é bem-vindo e será muito útil ao elenco.
Sua chegada também pode ser mais um sinal da saída de Cueva no meio do ano. O peruano recebeu propostas no início de 2018 e permaneceu, mesmo contra a sua vontade e a vontade de seu agente. Por isso, creio que exista um acordo de saída caso as propostas reapareçam na época da Copa do Mundo, algo muito provável de acontecer. Diante deste cenário valeu a antecipação da reposição da peça antes do Brasileirão.
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O São Paulo fez o seu dever de casa e largou com os três pontos na sua estréia no Campeonato Brasileiro 2018. Com gol solitário do aniversariante Bruno Alves, o “mistão” de Diego Aguirre venceu do Paraná Clube e somou a sua primeira vitória neste início de torneio.
A partida foi simplesmente medonha. Os pouco mais de onze mil presentes não mereciam tão pouco futebol por parte dos dois times. O Paraná a gente releva: voltou a série A após dez anos jogando fora de casa contra um clube grande. No caso do São Paulo, não dá para passar tanto a mão na cabeça. A equipe sofreu para furar a retranca adversária no primeiro tempo e, apesar da posse de bola, criou muito pouco. Na segunda etapa, a equipe mudou o esquema de jogo mas recuou demais, perdeu o controle do jogo e deixou o adversário tomar as ações. O jogo ficou perigosamente equilibrado e só foi definido com o apito final. Não seria injusto se o Paraná tivesse feito um tento: ainda bem que faltou recurso aos nossos adversários.
Enfim, vitória com brilho zero e três pontos importantes. Como disse o Valdívia após a partida “o resto não interessa”. Se o intuito era tão e somente os três pontos, ótimo, esplêndido, magnífico. Porém, mesmo com um time meio oficial, meio alternativo, era importante oferecer um futebol mais confiável para o torcedor se animar para quinta-feira. Esse sim, um desafio muito mais complicado: passar pelo Atlético Paranaense pela Copa do Brasil.
Nota dos personagens da partida:
Sidão – Inseguro com os pés e com as mãos. Nota: 4,5
Militão – Um dos melhores do jogo. Partida segura no lado direito. Nota: 7,0
Bruno Alves – Feliz aniversário. Partida segura e gol fundamental! Nota: DEZ!
Rodrigo Caio – Não errou. Bom trabalho na defesa. Nota: 6,5
Régis – Gostei muito. Jogou bem dos dois lados e gosta de driblar. Nota: 7,5
Jucilei – Bem no primeiro tempo. Caiu muito na segunda etapa. Nota: 5,5
Hudson – Também caiu de produção na segunda etapa. Nota: 5,5
Cueva – Bem na primeira etapa. Substituído no segundo tempo. Nota: 6,0
Lucas Fernandes – Participou bem do primeiro tempo. Saiu no intervalo. Nota: 6,0
Brenner – Muito frio no jogo. Mostrou certa imaturidade para ser titular. Nota: 4,5
Marcos Guilherme – Marca bem mas parece até que o ataque é seu fraco. Nota: 5,0
Valdívia – Lutou mas pouco produziu. Nota: 5,0
Junior Tavares – Fechou o lado esquerdo e se apresentou no final do jogo. Nota: 5,5
Nene – Pouco tempo de jogo. Sem nota.
Diego Aguirre – Três pontos importantes, mas partida para esquecer no Morumbi. Alternou a escalação e mexeu na formação no início da segunda etapa mas a equipe perdeu o brilho e o controle do jogo. Se o Paraná tivesse um pouco mais de qualidade e recurso era capaz de ter empatado. Nota: 5,5
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O publicitário e jornalista Daniel Perrone é uma das maiores referências entre torcedores do São Paulo FC. Atuou por 10 anos como blogueiro do São Paulo no Globoesporte.com , integrou o programa "Fanáticos" do Esporte Interativo e foi o “cara do sofá roxo” da HBO Max. Atualmente é gestor do São Paulo Sempre, um dos mais visitados blogs de esporte do Brasil e embaixador da Coca-Cola e Powerade na Copa Conmebol Libertadores 2024. Diplomado em Gestão de Clubes (SPFC/ESPM), é autor dos livros “TRI Mundial” (2010) e “MorumTRI" (2020) e do documentário COPA DO BRASIL 2023 (Prime Vídeo). Transmite a experiência dos jogos do Tricolor dentro e fora do Morumbis, mostrando os bastidores das partidas e viagens. Campanhas publicitárias, ativações de marcas e produtos nas redes sociais e blog, publieditoriais e presença em eventos. Contrate: [email protected]