O clássico do último domingo, com predominância Tricolor e o veneno pontual santista, evidenciou a seca de gols que o São Paulo vive nesta temporada. Foram apenas seis tentos em sete partidas realizadas no Paulista e três gols nas duas fases “mamão com açúcar” da Copa do Brasil.
Segundo o Footsats, o São Paulo precisa de 14,2 finalizações para fazer um gol, com apenas 34,1% de aproveitamento nas finalizações no Paulista. Falta de padrão de jogo? Não. Diferente do que muitos falam, o time tem um padrão definido: posse de bola, troca de passes até o rival se abrir e infiltração com os pontas. O grande problema está na execução.
Pela qualidade de seus jogadores, o time consegue facilmente o comando das ações, mas a posse de bola não é produtiva. Os movimentos para abrir campo para os pontas são previsíveis e as jogadas são facilmente anuladas com um sistema defensivo razoavelmente bom. O Santos conseguiu a vitória no clássico com um chute em direção do gol e uma eficiente marcação. Já o São Paulo rondou a área santista durante toda a partida mas nenhum de seus jogadores teve capacidade de tomar a iniciativa de um drible ou uma enfiada de bola mais aguda para chegar de fato ao gol.
A responsabilidade deste falso domínio é da comissão técnica. A ideia de jogo está clara mas a execução tem deixado muito a desejar. Vamos a um exemplo prático: Diego Souza sempre foi um bom jogador mas não é um centroavante de ofício que coloca a bola debaixo do braço e decide o jogo nas oportunidades que tem. Está evidente a cada partida que a posição não ajuda nem ele nem o Tricolor. Por outro lado, Brenner teve destaque na pré-temporada atuando como centroavante, sua posição de origem. Hoje ele foi jogado literalmente para o escanteio e só entra para jogar nos lados do campo, com evidente pouco brilho.
Injusto ou não, Dorival Junior é responsável pela má execução do plano de jogo e está na berlinda. Mais que treinos e repetições, ele precisará de coragem e atitude para mudar a máquina ou as engrenagens antes do motor pifar de vez. Insistir no modelo ou nos jogadores é passaporte certo para o fracasso pois, do jeito que está, o time continuará ciscando a área sem envenenar as redes.
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Mais um ano, mais uma temporada, mais um clássico e mais uma derrota. O São Paulo perdeu pelo placar mínimo no Morumbi e deu adeus a sequência de vitórias e invencibilidade na sua defesa. Com o resultado a equipe mantém a pulga atrás das orelhas de seus torcedores.
Foi um jogo de duas propostas bem diferentes e levou a melhor a eficiência santista: com apenas um chute a gol, a equipe de Jair Ventura suportou o volume de jogo do Tricolor no jogo todo e saiu com um grande resultado na casa do adversário. O São Paulo até fez um bom primeiro tempo. Dominou as ações e teve duas boas chances de gol, mas parou no ótimo Vanderlei, um dos destaques em campo. Na segunda etapa veio o gol santista, três vezes ensaiado no primeiro tempo, e que deixou a equipe Tricolor e sua torcida atordoada. Dorival mexeu, mexeu, mexeu mas não saiu do mesmo sistema de jogo “chove e não molha”. No final, a equipe terminou a partida com um ataque todo diferente (Valdívia, Tréllez e Brenner) e Nene deslocado para o meio e mesmo assim não chegou na meta alvi-negra. Mérito do sistema defensivo santista e demérito dos jogadores de frente do São Paulo.
Resultado justo. O São Paulo teve a posse de bola e propôs o jogo, mas o Santos é que teve o veneno necessário para vencer a partida. O Tricolor continua com uma dificuldade imensa em traduzir domínio em gols e Dorival Junior insiste em não variar o repertório. Falta ímpeto, falta repertório e falta espírito de jogo grande a esse grupo de jogadores. Do jeito que está, sem o veneno característico dos bons times, iremos novamente firme e forte a lugar algum.
Nota dos personagens da partida:
Sidão – Sem culpa no gol, mas a bola que chegou, entrou. Nota: 5,5
Militão – Jogador que defende bem mas não se apresenta no ataque. Nota: 5,5
Bruno Alves – Bem na defesa, principalmente no primeiro tempo. Nota: 6,0
Arboleda – Gostei da estréia no ano. Atuação segura. Nota: 6,0
Reinaldo – Foi bem no primeiro tempo. Caiu na segunda etapa. Nota: 5,5
Jucilei – Idem a Reinaldo: um tempo muito bom. Nota: 5,5
Petros – Não foi bem no clássico. Pouco eficiente. Nota: 4,5
Nene – Começou na ponta e terminou no meio. Faltou brilho. Nota: 5,0
Marcos Guilherme – Precisa ser mais eficiente nos arremates. Nota: 5,0
Cueva – Partida mediana, mas não era para ter saído de campo. Nota: 5,5
Diego Souza – Sem mobilidade e sem ímpeto de matador. Nota: 4,5
Valdívia, Brenner e Tréllez – Pouco produziram. Nota: 5,0
Dorival Junior – O que irritou no clássico foi a falta de repertório ou ousadia para tentar mudar o jogo. Com o time perdendo, alterou o ataque todo, deslocou Nene para o meio e mesmo assim não abriu mão do sistema “chove e não molha”. No caso de hoje não dava para sacar um dos volantes e aumentar o volume ofensivo? Faltou ousadia do treinador para tentar empatar a partida. Nota: 4,0
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O São Paulo venceu o CSA em Alagoas e se classificou para a terceira fase da Copa do Brasil 2018. Com gols de Nene e Cueva (convertendo pênalti sofrido em Diego Souza) a equipe espantou a zebra e o perigo dos jogos “mata” das duas primeiras fases da competição.
Muita gente disse que exagerei na preleção do jogo, quando disse que o São Paulo tinha que ter a máxima atenção com o regulamento. Era para ter medo mesmo. Até o primeiro gol, aos três minutos do segundo tempo, o Tricolor vinha dando show de horrores no Estádio Rei Pelé. Foi duro ver um primeiro tempo com apenas um mísero e magro chute (de Militão) ao gol. O CSA, campeão da série C do ano passado, esteve mais atento a partida que o Tricolor. Não que merecesse a vitória nos primeiros 45 minutos, afinal é uma equipe bem limitada, mas marcou muito bem e se mostrou muito mais organizada e bem postada que os comandados de Dorival Junior.
O gol relâmpago da segunda etapa, fruto da primeira jogada “fora da curva” da equipe (Cueva lançou bem, Marcos Guilherme infiltrou e cruzou rasteiro no segundo pau para o gol de Nene) aliviou a barra Tricolor. Com menos peso nos pés, a equipe procurou acertar mais passes e diminuir os espaços mas não teve tanto êxito. Foi um lateral “Gérson” de Reinaldo que deu ponto final no placar: o lateral encontrou Diego Souza na área, o camisa 9 deu um tapa e malandramente (isso vale!) foi atingido pelo goleiro Mota. Pênalti claro.
Com 2×0, Dorival colocou Shaylon, Caíque e Valdívia esperando os contra-ataques em cima do espaço naturalmente deixado pelos alagoanos e também pensando no clássico de domingo. O jogo entrou num rumo natural e a classificação foi conquistada.
O Tricolor retorna para a capital sabendo que terá que voltar para Maceió, novamente pela Copa do Brasil. Em dois jogos, o time enfrentará o outro time da capitam alagoana: o CRB. Os dois clubes me lembram a infância, quando eu esperava para ver a zebrinha do Fantástico dar o placar “quase sempre disputado” entre CSA e CRB. Agora, falando sério: apesar da quarta vitória e de mais uma vez nenhum gol tomado, a equipe ainda está longe de ter a confiança do torcedor. Que Dorival arrume uma saída para a lentidão da equipe e dê um mínimo de organização tática com o que tem. Bem ou mal, pedido por ele ou não, temos um elenco para trabalhar.
Nota dos personagens da partida:
Sidão – Não teve participação em bolas difíceis. Nota: 6,0
Militão – Defendeu bem pelo lado direito. Nota: 6,5
Bruno Alves – Partida tranquila no seu setor. Nota: 6,0
Rodrigo Caio – Cumpriu o papel. Nota: 6,0
Reinaldo – Bela assistência no lateral que originou o penal. Nota: 6,0
Jucilei – Boa partida. Melhor na segunda etapa. Nota: 6,5
Hudson – Não chegou na frente para finalizações. Nota: 6,0
Nene – Gol importantíssimo. Nota: 6,5
Marcos Guilherme – Boa atuação no segundo tempo. Nota: 6,5
Cueva – Se destacou num jogo fraco do coletivo do São Paulo. Nota: 8,0
Diego Souza – Segundo tempo bem melhor que o primeiro. Nota: 6,0
Shaylon – Mais uma vez muito discreto. Nota: 5,5
Caíque – Também sem muita participação. Nota: 5,5
Valdívia – Pouco tempo mas com boa movimentação. Nota: 6,0
Dorival Junior – Partida coletiva muito ruim, principalmente no primeiro tempo. O gol relâmpago de Nene salvou a equipe de uma segunda etapa com os nervos a flor da pele. Falta posicionamento, organização e mais trabalho de infiltrações e tabelas. Apesar das vitórias e da boa fase da defesa, o time está longe de uma melhoria convincente. Nota: 4,0
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O Independiente, campeão da última Copa Sul-Americana, jogará a Recopa contra o Grêmio com uma camisa totalmente diferente dos seus padrões. Os “diabos vermelhos” atuarão com uma camisa completamente vermelha, inclusive com os patrocinadores do clube em vermelho. A Puma, fornecedora do clube argentino, é responsável pela criação e confecção das apenas 3 mil unidades que serão postas à venda para os hinchas argentinos.
A ideia é boa mas não é inédita: em abril de 2013 o São Paulo e a Penalty lançaram em conjunto uma camisa comemorativa do Tricolor toda vermelha, muito semelhante ao conceito adotado pela Puma/Independiente neste modelo. A camisa Tricolor provocou polêmica na época, mas teve boas vendas e elogios de atletas como Rogério Ceni, capitão da equipe naquele ano. Segundo o Estado de São Paulo, em cerca de 25 mil unidades produzidas pela Penalty foram negociadas em poucas horas após o lançamento e divulgação do produto em um jogo daquela temporada.
Veja matéria do Diário Olé com detalhes do uniforme do Independiente.
O conceito do uniforme 100% vermelho são-paulino foi em homenagem ao estádio do Morumbi, que teve todas as cadeiras mudadas para a cor vermelha naquele ano. O vermelho também foi escolhido por se relacionar com a raça da equipe nos gramados. Vale lembrar que 2013 também foi um dos piores anos do clube dentro de campo, com perigo real de rebaixamento.
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O São Paulo se reapresentará para os treinos na tarde desta segunda-feira. A semana importante inclui as preparações para o jogo decisivo diante do CSA em Alagoas e também para o clássico diante do Santos no estádio do Morumbi, no domingo.
A Copa do Brasil, competição de grau importantíssimo para o São Paulo, inspira cuidados especiais por conta do regulamento e o goleiro adversário. Nesta segunda fase, também com um jogo único, não há favorecido pelo empate. A igualdade no placar levará o Tricolor e o CSA para uma dramática disputa de pênaltis.
Não dá para bobear: é importante lembrar que o grande destaque do primeiro jogo do CSA na Copa do Brasil foi justamente o seu goleiro. Mota, 31 anos, pegou um pênalti no último minuto diante do Manaus/AM e garantiu a equipe alagoana na segunda fase da Copa do Brasil no empate de 2×2 em na Arena Amazônica, em Manaus. O goleiro foi provocado durante o jogo todo pela torcida adversária e deu o troco no final da partida. “Tenho certeza que eles (os torcedores do Manaus) não irão se esquecer de mim”. – Disse ele em entrevista ao Globoesporte.com.
Além do perigo nas traves, o CSA vem embalado pelo título inédito da série C, em 2017. A equipe alagoana venceu o Fortaleza na grande final e também garantiu o acesso a série B do Brasileirão deste ano. O CSA perdeu apenas uma das seis partidas que fez em 2018.
São Paulo e CSA já se enfrentaram pela Copa do Brasil, em 2014. Na ocasião, as equipes jogaram duas partidas pela primeira fase e o Tricolor venceu lá (1×0) e no Morumbi (3×0). Foi a estréia de Pato com a camisa Tricolor, num time que tinha Rogério Ceni, Luis Fabiano e PH Ganso em seu plantel. Desta vez a situação é muito diferente e não permitirá erro algum dos jogadores.
O jogo será realizado no estádio Rei Pelé e os ingressos para a torcida do São Paulo variam entre R$ 30,00 (meia entrada) e R$ 60,00 (inteira). Eles estão disponíveis à venda no site Guichê Web.
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O publicitário e jornalista Daniel Perrone é uma das maiores referências entre torcedores do São Paulo FC. Atuou por 10 anos como blogueiro do São Paulo no Globoesporte.com , integrou o programa "Fanáticos" do Esporte Interativo e foi o “cara do sofá roxo” da HBO Max. Atualmente é gestor do São Paulo Sempre, um dos mais visitados blogs de esporte do Brasil e embaixador da Coca-Cola e Powerade na Copa Conmebol Libertadores 2024. Diplomado em Gestão de Clubes (SPFC/ESPM), é autor dos livros “TRI Mundial” (2010) e “MorumTRI" (2020) e do documentário COPA DO BRASIL 2023 (Prime Vídeo). Transmite a experiência dos jogos do Tricolor dentro e fora do Morumbis, mostrando os bastidores das partidas e viagens. Campanhas publicitárias, ativações de marcas e produtos nas redes sociais e blog, publieditoriais e presença em eventos. Contrate: [email protected]