O atacante Valdívia foi apresentado no CT da Barra Funda. Raí o classificou como jogador jovem de muito potencial e que o clube tem histórico em recuperar jogadores. Brincalhão e Tricolor na infância, o jogador comentou sua situação atual e diz que não vê a hora de estrear com a camisa do São Paulo.
O novo contratado disse que se destacou jogando pela beirada do campo pelo Internacional de Diego Aguirre na Libertadores, mas também pode jogar no meio se estiver bem condicionado. O jogador afirmou que está recuperado da grave lesão no joelho esquerdo e que cumpriu as funções táticas no Galo mas que os gols não saíram. “Já fui lá em cima, já fui para baixo, hoje estou no meio, pronto para me recuperar e estou num clube gigante como o São Paulo. Tenho qualidade, tranquilidade e a confiança da diretoria.” – disse ele.
Por falar em diretoria, Valdívia disse uma coisa muito importante na coletiva. Ele comentou a importância de ter uma diretoria que tenha jogado bola profissionalmente. “É mais fácil de lidar mas também sabemos que seremos mais cobrados dentro de campo” – disse ele. “Vou brigar pelo meu espaço e ajudar muito o clube. Não penso lá na frente. penso a cada partida. No final do ano que pensarei a longo prazo. É dar meu melhor que as coisas vão aparecer” – completou.
Uma coisa que me deixou contente foi a forma como o jogador falou da sua condição atual, inclusive contestando alguns jornalistas. Valdívia disse que fez um bom período no Galo, está bem fisicamente mas que os gols não saíram em BH, por isso foi bastante cobrado, até em comparação com seu auge no Inter. Teve personalidade em lidar com as perguntas sobre seu estado físico.
Boa sorte, Valdívia. Que você seja muito feliz no Tricolor. Precisamos!
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A entrega da camisa número nove para Diego Souza em sua apresentação no São Paulo me deixou apreensivo na época. Não pela capacidade do jogador em se adaptar a posição de mas sim pela cobrança de todo e qualquer torcedor por aquilo que todo o autor deste número precisa fazer: gols.
O post do anúncio de Diego Souza foi o de maior audiência no Blog São Paulo Sempre desde a sua criação, em outubro de 2016. O jogador, que iniciou sua carreira como segundo volante, foi avançando as linhas devido a facilidade de arremate até terminar 2017 cogitado por Tite como suplente de Gabriel Jesus para a Copa do Mundo 2018. Porém, nunca foi centroavante em nenhum clube que atuou.
“Gosto de fazer gols, normal, mas não estabeleço uma meta. Também quero ajudar com assistências e gols. Não estou preocupado em jogar de 9, 10 ou pelo lado. Quero jogar e estar bem ajudando da melhor maneira.” – disse Diego Souza em sua chegada no site oficial do clube.
Porém, o momento é outro. Dorival, em sua entrevista após o jogo contra o Bragantino, cogitou (ironicamente ou não) mudar o número da camisa de Diego para tirar o peso de ser o homem-gol das costas do jogador. Dorival pensa num atacante flutuante, que não fica preso a consagrada função de Serginho Chulapa, Careca ou Luis Fabiano. Será que isso não poderia ter sido evitado desde a sua apresentação?
O número nove não é uma simples número no futebol. Ele é referência de gols, comemorações e artilharia em um país que cada vez mais discute a função do comandante de ataque. Só para dar um exemplo recente, Jô seria o Craque do Brasileirão de 2017 se não entregasse todos os gols que entregou no ano? Obviamente não.
Quando um camisa nove chega a um clube de futebol, não se esperam os meios e sim o fim: gols. Ainda mais quando falamos de uma contratação de peso como a de Diego Souza. Claro falta adaptação e paciência, mas entregar essa responsabilidade de cara a um jogador que ainda se adapta a função, ainda mais em um clube grande e em crise de títulos, é contribuir decisivamente para a discussão do tema.
PS Para não ser uma simples cornetagem, continuo acreditando em Diego na função de falso nove, mas como disse no texto, bastava dar também uma camisa “falso nove” para aliviar esse peso natural.
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Vitória magra no Morumbi. Foi a terceira seguida da equipe, contando o Campeonato Paulista e a Copa do Brasil. O resultado elevou o São Paulo a 10 pontos em seu grupo e mantém o clube tranquilo na tabela de classificação para a fase derradeira da competição.
Foi um jogo com duas etapas bem distintas. No primeiro tempo, Nene marcou um “gol prematuro” (desculpem a piada infame) que deu tranquilidade e certa morosidade para a equipe diante do adversário. Apesar de falhas na hora de construir jogadas mais agudas, erro clássico deste início de ano, a equipe se portou bem, principalmente defensivamente, não permitindo avanço do adversário.
Já a segunda etapa foi muito aquém do que deveria ser. Mais uma vez o time se omitiu no ataque, com o “bônus negativo” de passar sufoco por duas vezes. Sidão fez uma defesa dificílima no primeiro lance e no segundo lance derradeiro do Bragantino, o atacante perdeu gol feito cara a cara com o goleiro do Tricolor. As mexidas de Dorival não surtiram efeito, principalmente com Brenner. O garoto fez uma partida ruim, tanto no ataque como na recomposição.
No final, vaias merecidas por uma segunda etapa inócua. Agora a equipe descansa para enfim ir a Itu pegar o Ituano sem não antes aguardar o adversário da Copa do Brasil (Manaus ou CSA) e a data definitiva da partida.
Nota dos personagens da partida:
Sidão – Defesa monstro no segundo tempo. Fez um gol para o time. Nota: 7,5
Militão – Boa partida na sua área de campo. Nota: 6,0
Bruno Alves – Melhor em relação a partida passada. Nota:6,0
Rodrigo Caio – Bem quando precisou. Nota: 6,0
Reinaldo – Bem, principalmente no primeiro tempo. Nota: 6,5
Jucilei – Melhor em campo. Partida monstro. Nota: 8,0
Petros – Ainda não se encontrou plenamente no esquema. Nota: 5,5
Nene – Sofreu e fez o primeiro gol com a camisa Tricolor. Nota: 6,5
Marcos Guilherme – Caiu bastante na segunda etapa. Nota: 5,5
Cueva – Bem participativo, principalmente no começo do jogo. Nota: 6,0
Diego Souza – Poucas vezes teve uma bola limpa para o arremate. Nota: 5,5
Brenner – Não entrou bem. Nota: 4,5
Tréllez e Hudson – Pouco tempo. Sem nota.
Dorival Junior – O time oscilou muito entre uma etapa e outra. Ainda falta mais repertório ofensivo para que essa equipe encorpe de vez e tranquilize um pouco a torcida. Nota: 4,5
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O Campeonato Brasileiro não terá o recurso do VAR em 2018. Em votação entre os vinte clubes da série A, o recurso foi vetado por doze votos a sete porque os clubes não queriam que a CBF repassasse a conta de aproximadamente R$ 20 milhões do uso do serviço e equipamentos nos 380 jogos para eles.
O curioso é que a única ausência foi do São Paulo Futebol Clube. Segundo o Globoesporte.com o presidente do clube foi embora momentos antes do início da votação. Aí eu pergunto: o que Leco tinha de mais importante para fazer que não fosse votar (contra ou a favor) o uso da tecnologia no futebol?
Não quero nem entrar na questão do SIM ou NÃO. Eu não acho que os clubes deveriam pagar pelos custos do VAR mas em consenso eu até pagaria esse R$ 1 milhão de custo para cada clube porque muitas vezes o uso do vídeo como prevenção sai mais barato que um árbitro mal colocado ou mau intencionado. Reclamo mesmo é da ausência do presidente: Leco hoje representa o São Paulo e seus milhares de sócios e torcedores. Inclusive ganha um salário para isso. Faltar com o voto em uma questão importante para o futebol brasileiro é um ultraje a postura padrão de lisura do são-paulino. Para mim, com a ausência, o São Paulo não poderá reclamar de nenhuma arbitragem que o prejudique no Brasileirão deste ano.
PS: a comunicação do clube informou que o presidente Leco teve um compromisso que não estava previsto na agenda e por isso precisou sair mais cedo da reunião promovida pela CBF.
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O meia atacante Valdívia, com direitos pertencentes ao Internacional, provavelmente será a última contratação deste início de semestre. A não ser que aconteça alguma surpresa ou oportunidade “única”, o elenco do São Paulo até a janela do meio do ano está fechado.
Perdemos Hernanes e Pratto e teremos que nos reinventar sem eles. Raí e Ricardo Rocha aproveitaram a base e as oportunidades do mercado (como a liquidação do Vasco) para montar um grupo mesclado por jovens, veteranos, destaques do ano passado e peças com potencial para desenvolver um bom futebol no Tricolor.
Foram nove jovens alçados de Cotia para o profissional neste ano: Lucas Paes, Paulinho, Caíque, Pedro Augusto, Marquinhos Cipriano, Lucas Perri, Rony, Gabriel, Bissoli e Paulinho, isso sem contar Brenner, Militão, Junior Tavares, Araruna, Lucas Fernandes e Shaylon; jovens em busca de ascensão. O “veterano” Rodrigo Caio completa o grupo “Made in Cotia” do elenco.
Para a mescla, o clube trouxe Diego Souza e Nenê, consagrado meia-atacante que tem a bola parada em escanteios, faltas de lado e de frente ao gol como arma que há tempos o clube não tinha. Eles se juntam a Petros e Jucilei para dar experiência e personalidade na hora do aperto. Destaques em 2017, Hudson e Reinaldo voltam para encorpar o elenco, algo que não tínhamos no ano passado e Anderson Martins é um jogador com muita capacidade de fortalecer a zaga. Torcedores do Vasco me disseram que foi ele que acertou a defesa do cruz-maltino ano passado e creditam boa parte dos méritos ao jogador a ida a Libertadores. Valdívia precisa recuperar urgente o futebol vertical, mas é jovem e pode ser uma boa opção no banco, assim como o colombiano Tréllez que, apesar do bom aproveitamento nos últimos dois gols, conta com desconfiança por boa parte da mídia especializada e da torcida. Por fim, o peruano Cueva, que vive entre tapas e beijos com o São Paulo e a seleção do Peru, é no momento o homem do drible curto e criatividade diferenciada. O castigo parece ter feito bem ao jogador.
Não temos lateral direito de origem Militão e até Hudson se encaixam na linha de quatro proposta por Dorival. Há também a chance de mudar sistemas e propostas com a presença de Valdívia e os garotos da base. Agora a responsabilidade toda estará nas mãos da comissão técnica. É preciso condicionar, treinar e criar variações de jogo para esse elenco. Principalmente: será preciso conscientizar esse grupo em torno do resgate das glórias que tanto o torcedor deseja.
A missão da diretoria do futebol foi cumprida. Dorival Junior: tenha coragem de colocar o melhor em cada posição, modificar peças sem se prender em “fama ou rótulos”, promova variações táticas com aquilo que tem e, principalmente, faça essa roda girar!
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O publicitário e jornalista Daniel Perrone é uma das maiores referências entre torcedores do São Paulo FC. Atuou por 10 anos como blogueiro do São Paulo no Globoesporte.com , integrou o programa "Fanáticos" do Esporte Interativo e foi o “cara do sofá roxo” da HBO Max. Atualmente é gestor do São Paulo Sempre, um dos mais visitados blogs de esporte do Brasil e embaixador da Coca-Cola e Powerade na Copa Conmebol Libertadores 2024. Diplomado em Gestão de Clubes (SPFC/ESPM), é autor dos livros “TRI Mundial” (2010) e “MorumTRI" (2020) e do documentário COPA DO BRASIL 2023 (Prime Vídeo). Transmite a experiência dos jogos do Tricolor dentro e fora do Morumbis, mostrando os bastidores das partidas e viagens. Campanhas publicitárias, ativações de marcas e produtos nas redes sociais e blog, publieditoriais e presença em eventos. Contrate: [email protected]