A vitória do São Paulo diante do Corinthians no último domingo no Morumbi, foi incontestável. Mesmo assim o time não teve vida fácil no primeiro tempo diante de um adversário extremamente cauteloso.
Fernando Diniz lembrou desses primeiros quarenta e cinco minutos durante a entrevista coletiva pós-jogo e disse que a ideia da primeira etapa era não deixar o adversário ter chance alguma de contra-ataque, por isso marcou o rival em seu campo. É verdade que o time não sofreu por um segundo qualquer no primeiro tempo mas a estratégia teve um efeito colateral: Alexandre Pato, o único atacante próximo ao gol corintiano, ficou muito isolado no ataque. Como não é velocista ou driblador, o atleta foi facilmente marcado pelos zagueiros alvinegros. Era preciso alterar a estratégia.
Um ajuste de linhas na segunda etapa determinou a vitória. Fernando Diniz aproximou os quatro meias (Tchê Tchê, Liziero, Hernanes e Vitor Bueno), marcou o rival no seu campo de defesa e praticamente anulou os jogadores de meio e ataque corintianos. As chances apareceram com mais frequência e o único gol veio no pênalti de Manuel em Vitor Bueno, após assistência precisa de Hernanes. Mas poderiam ter sido mais um ou dois no jogo aberto que se tornou o clássico após o tento Tricolor.
O Globoesporte.com falou na palavra paciência como a principal virtude para o sucesso no Majestoso. De fato, o time não se enervou em nenhum momento, mesmo com o jogo chato praticado pelo adversário fora de Itaquera. Porém, eu coloco a palavra “estratégia de jogo” como a principal virtude do time na vitória. Sem os velocistas Antony e Toró e ainda sem Everton, Juanfran, Pablo e Dani Alves, importantes no elenco, Diniz fez dos seus limões uma bela limonada num iluminado Morumbi.
Não foi um jogo bonito, mas a vitória foi convincente.
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Opinião da partida:
Vitória justa (poderia ser mais), merecida e com um dedo providencial de ajuste do técnico Fernando Diniz. O treinador melhorou a equipe no segundo tempo, após uma primeira etapa em que a linha de meio-campo deixou Pato muito isolado na frente. Como não tínhamos nenhum velocista (Antony na seleção e Toró no DM), coube ao camisa sete as tentativas de drible e arremate, sem aproximação do meio. Diniz adiantou as linhas no segundo tempo e o jogo fluiu. O São Paulo fez o tento de pênalti mas poderia ter saído do Morumbi com um placar maior. Não teve um minuto sequer de perigo para a meta de Volpi. Ótimo resultado na primeira participação do técnico no maior estádio de São Paulo, com atuação marcante de Igor Vinícius, Reinaldo e Luan. Parabéns a todos: devolvemos o placar de Itaquera.
Nota dos personagens em campo:
Paulo César de Oliveira – Se o ex-árbitro viu falta e ‘marcou’ irregularidade no gol do São Paulo na TV, é porque o gol foi legal. Muito, muuuuuuito legal. Já era de se esperar. Nota ZERO!
Thiago Volpi – O segundo jogo seguido que não sujou o uniforme. A lavanderia do CT da Barra Funda agradece Fernando Diniz e a defesa pelo serviço prestado. Nota: 6,5
Igor Vinícius – Para mim, um dos melhores do clássico, se não for o melhor. Sem Dani Alves e sem Juanfran, coube ao jovem representar com o manto sagrado. Ele representou. Atuação destacada na defesa e no ataque, com bons cruzamentos. Como foi bem diante do Santos, dá para dizer que é jogador que não sente jogo grande? Dá. Impecável no Majestoso. Nota: DEZ!
Bruno Alves – Defesa sólida. Teve pouca participação decisiva. Nota: 7,5
Arboleda – Idem a Bruno Alves. Pouco trabalho defensivo Nota: 7,5
Reinaldo – Ótima atuação, com um ‘tirambaço’ na trave, boas investidas no ataque e um golaço de pênalti. Golaço? Sim, se não fosse com aquela precisão, Cássio pegaria o chute. Merece a posição de destaque maior no jogo. Nota: DEZ!
Luan – Para mim, um dos melhores em campo. Trabalho ‘sujo’, invisível e muito eficiente do nosso cão de guarda. Partida irrepreensível. Nota: 9,5
Tchê Tchê – Outro que trabalha quieto no jogo, mas com dinâmica e eficiência. Limitou-se ao trabalho de marcação, com empenho e combatividade. Nota: 7,0
Liziero – O meio-campo criativo não conseguiu se aproximar de Alexandre Pato no primeiro tempo e, na segunda etapa, faltou capricho nas tabelas e arremates. Não fez uma partida ruim, mas pode jogar mais. Nota: 6,0
Hernanes – Ainda abaixo do que se espera de um “Hernanes” mas mesmo assim arriscou alguns chutes e jogadas com sua característica de passar o pé pela bola. Foi o autor da assistência do pênalti em jogada de rara visão. Nota: 6,5
Pato – Completamente isolado no primeiro tempo, foi presa fácil no meio da defesa corinthiana. Na segunda etapa, teve uma boa chance de contra-ataque e desperdiçou. Mesmo com toda a dificuldade, fez aquilo que o torcedor espera dele: se dedicou o tempo todo, não baixando a cabeça. Nota: 7,5
Vitor Bueno – Trabalhou mais na linha do meio-campo que necessariamente no ataque. Trabalhou bem o combate no seu setor e teve muito mérito em entender a jogada do pênalti e sair na cara do gol antes de ser derrubado por Manuel. Nota; 6,5
Igor Gomes – Entrou no segundo tempo e perdeu um gol que não se pode perder de maneira alguma em um clássico. Nota: 6,5
Gabriel Sara e Hudson – Pouco tempo, mas dedicação para segurar o jogo.
Fernando Diniz – Vitória para dar confiança ao técnico e ao torcedor. Nos dois últimos jogos, mesmo com toda a dificuldade em escalar um ataque, a equipe não deu chances aos seus adversários pelo modo como vem atuando. Merece a boa nota pela alteração tática que mudou o jogo, no intervalo, adiantando a linha do meio-campo. Nota: DEZ!
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Em meio a muitos jogadores no departamento médico, o São Paulo ao menos teve uma boa notícia nesta sexta-feira. O atacante Raniel está recuperado de uma amigdalite, participou do treino desta sexta e poderá participar do jogo de domingo.
O atacante, que perdeu os últimos quatro jogos do Tricolor, poderá entrar no lugar de Pablo. O centroavante titular saiu no primeiro tempo do confronto contra o Bahia em Salvador e está praticamente vetado para o clássico diante do Corinthians, no Morumbi.
A ausência de Raniel despertou muitos boatos nas redes sociais, até por conta de uma situação com cocaína vivida pelo jogador no início da carreira, no Santa Cruz. Porém, com a volta aos treinos confirmada, a suspeita não foi confirmada e o Tricolor poderá contar com um centroavante de ofício para o jogo.
O departamento médico agora corre para avaliar a situação física de Juanfran. O lateral também saiu prematuramente da partida em Salvador com um incômodo no adutor e também poderá desfalcar a equipe. Em contrapartida, Liziero treinou normalmente e não será problemas para o clássico. O jogador disputa posição com Igor Gomes no meio-campo Tricolor.
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É fato que o número de jogadores lesionados é um dos maiores problemas do São Paulo neste ano. De todo o elenco, poucos atletas tiveram a sorte de não passar por um período de recuperação no Reffis da Barra Funda.
Para citar dois exemplos, Pablo já sofreu três lesões diferentes durante a temporada desde que chegou no Tricolor e pode desfalcar novamente o time diante do Corinthians. Pato, que veio em abril, já teve três lesões. Das três, apenas uma foi em consequência de uma entrada durante um jogo. As outras foram musculares.
No pós-jogo em Salvador, Fernando Diniz saiu em defesa dos profissionais existentes no clube, atestando a qualidade deles. Mas afinal, se o departamento é qualificado como diz o novo técnico, por quais motivos há tantos lesionados no São Paulo?
Existem dois fatores que contribuem muito para o excessivo número de atletas no DM em 2019. Um deles foi a curta e mal executada pré-temporada no início do ano. Mesmo sabendo que teria que enfrentar a pré-Libertadores, o São Paulo manteve preparação fora do Brasil e pagou caro com a eliminação precoce na competição internacional, sendo eliminado pelo modesto Talleres. Certamente o curto período de treinamentos e a viagem aos Estados Unidos para participar da Florida Cup influenciaram no início de trabalho.
Outro motivo, apontado pelo comentarista Alexandre Lozetti (Globoesporte.com) é a alta troca de técnicos na temporada. Do início do ano para cá, tivemos três profissionais antes de Fernando Dinis e, com eles, preparações físicas diferentes em cargas e horários distintos. Obviamente as alterações atrapalham o ritmo de alto rendimento no futebol profissional. Lesionados, todos os clubes tem e a culpa pode não ter um nome em específico, mas é fato que o mal planejamento do ano aumentou o índice do Tricolor em relação aos seus concorrentes.
Questionado sobre o início do seu trabalho na coletiva em Salvador, Diniz explicou a carga de treinos e o cuidado com os jogadores. “Vamos evoluir pouco a pouco. De treinos tivemos quatro ou cinco táticos. Estamos tomando cuidado com a carga. Tivemos de treinar um pouco o time para jogar como está jogando. Não adiantava não treinar.” – disse ele ao Globoesporte.com.
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Opinião da partida:
As vaias no apito final resumiram o jogo. Um confronto com muita tática e pouquíssimo perigo de gol. Bahia e São Paulo não fizeram por merecer a vitória pois criaram muito pouco para balançar as redes. Diante das circunstâncias (adversário em casa, desfalques e tempo de trabalho do novo treinador) o ponto em Salvador é bem vindo, com a ressalva de que um clube como o São Paulo não se pode dar ao luxo de ser um dos piores aproveitamentos da série A. Aspecto positivo: deu para ver com clareza a organização tática e o toque de bola com as linhas bem aproximadas típicas de Fernando Diniz, jogo este que dificultou muito os baianos e irritou a torcida local mas, tirando um ou dois lances, não houve jogadas de perigo profundo na meta do Bahia. É preciso transformar esse jogo em gols. O clássico do fim de semana será um bom medidor. Estaremos lá!
Nota dos personagens em campo:
Thiago Volpi – Praticamente não sujou o uniforme. Nota: 6,0
Juanfran – Jogador forte na marcação no lado direito. Travou boa briga com Moisés (um dos motores do Bahia) e se deu bem. Segundo o clube, saiu por precaução. Veremos no domingo se é precaução ou lesão. Nota: 6,0
Bruno Alves – Boa atuação, evitando qualquer tipo de perigo na meta do São Paulo. Nota: 7,0
Anderson Martins – Atuação muito segura em substituição a Arboleda. Nota: 7,0
Reinaldo – Atuação uniforme, com boas investidas no ataque e alguns cruzamentos perigosos. Se cuidou e não tomou cartão amarelo, que impediria de jogar o clássico. Nota: 7,0
Luan – Bem, na frente da zaga e no início da distribuição de jogo. Nota: 6,5
Tchê Tchê – O ‘Coringa’ de Diniz foi para o lado esquerdo para impedir as investidas de Artur, outro motor do Bahia e conseguiu realizar o trabalho de marcação, porém sem eficiência no ataque. Nota: 5,5
Liziero – Surpresa de Diniz, compôs o meio sem tanto brilho e foi substituído com câimbras na metade da segunda etapa. Quase fez um gol relâmpago no apito inicial na jogada de maior perigo da partida. Nota: 5,5
Hernanes – Partida abaixo de sua média, com poucos momentos de brilho. Em um deles, achou Reinaldo na esquerda em lance que quase resultou em um gol de Pablo. Nota: 5,5
Pato – Não era para ter jogado a partida toda mas se sacrificou diante das saídas de Pablo, Liziero e Juanfran, lesionados. Sua dedicação eleva a sua nota, tornando-o destaque em um jogo sem brilho. Nota: 7,5
Pablo – Mais uma contusão ocasionou sua saída prematura do jogo. Deve passar mais um período de molho. Precisa se benzer fortemente para o restante da temporada. Nota; 5,5
Igor Vinícius – No lugar de Juanfran, não comprometeu. Nota: 6,0
Vitor Bueno – Poucas chances no ataque. Nota: 5,5
Igor Gomes – Entrou no segundo tempo e mais uma vez deu uma movimentação interessante no meio-campo. Pena a equipe estar estraçalhada pelas contusões dos atacantes. Nota: 6,5
Fernando Diniz – Hoje deu para ver o dedo do técnico no jogo, principalmente na saída de bola. Não considero culpa do treinador a falta de produtividade ofensiva devido ao tempo de trabalho e, principalmente, as contusões seguidas dos atletas e os desfalques pela seleção. O São Paulo não jogou na retranca e mesmo assim não deu brecha ao Bahia. Isso foi um ponto positivo. Nota: 6,5
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Nota dos personagens em campo:
Rogério Ceni – O MITO. Nota MIL. Merece todas as homenagens.
Thiago Volpi – Uma espalmada num tiro certeiro a longa distância num momento estratégico do jogo que simplesmente valeu o ingresso. Goleiro decisivo. Nota: 8,0
Juanfran – A manutenção dele na equipe dá solidez ao lado direito defensivo, importante quando se tem jogadores ofensivos no setor, como Dani Alves e Antony. No geral, bom trabalho. Nota: 6,5
Bruno Alves – Sistema defensivo no geral funcionou, apesar do inicio de segunda etapa melhor do Fortaleza. Esteve numa boa média. Nota: 6,5
Arboleda – Ao lado de Bruno Alves, esteve dentro de sua média na partida. Nota: 6,5
Reinaldo – O pênalti bobo determinou sua baixa nota na partida, apesar de alguns bons lances durante o jogo. É um jogador que vive o calor do jogo e às vezes exagera nesta intensidade. Nota: 4,0
Luan – O trabalho na retaguarda foi dentro da sua média. Nota: 6,0
Tchê Tchê – Mais uma vez iniciou o jogo no lado esquerdo, fechando a saída de bola lateral. Com a entrada de Igor Gomes, foi mais para o meio e foi lá que iniciou a jogada do segundo gol com um bom lançamento para Antony. Nota: 6,5
Dani Alves – Sua melhor partida desde que chegou ao São Paulo. Como meia, participou das melhores jogadas do time, assistindo Pablo no primeiro gol e deixando Antony na cada do goleiro do Fortaleza. Desta vez achou bons espaços nas costas dos cearenses. Nota: 8,5
Hernanes – Estava nitidamente sem conseguir entrar em sintonia no jogo. Não falta vontade, mas prendeu muito a bola no meio e no futebol corrido e jogado no Brasil isso é quase um pecado mortal. Bem substituído. Nota: 4,5
Antony – Perdeu duas chances claras de estufar as redes mas se redimiu com a difícil assistência para o gol de Igor Gomes. Caçado em campo, foi premiado pela vontade até o fim da partida. Nota: 7,0
Pablo – Além do fundamental gol, foi mais acionado e participou mais do jogo que no Maracanã. Nota; 8,0
Vitor Bueno – Perdeu chance clara de gol. Nota: 5,5
Igor Gomes – Nome do jogo ao desempatar uma partida que parecia ‘perdida’. Deu a dinâmica no meio que Hernanes não conseguiu dar e merece mais chances de jogo. Atuação em pouco tempo, mas parecida com sua ‘estreia’ diante do Paulista, no Morumbi, pelo Paulistão. Nota: DEZ!
Fernando Diniz – O mais importante agora é o treinador ter paz para trabalhar e os dois resultados (empate no Maracanã e vitória no Pacaembu) foram importantes para a manutenção da paz no CT da Barra Funda. O time teve lampejos de intensidade e trabalhou para superar o momento difícil da segunda etapa após o empate no primeiro tempo. Foi bom ver o torcedor o acolhendo no Paulo Machado de Carvalho. Nota: 6,0
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O publicitário e jornalista Daniel Perrone é uma das maiores referências entre torcedores do São Paulo FC. Atuou por 10 anos como blogueiro do São Paulo no Globoesporte.com , integrou o programa "Fanáticos" do Esporte Interativo e foi o “cara do sofá roxo” da HBO Max. Atualmente é gestor do São Paulo Sempre, um dos mais visitados blogs de esporte do Brasil e embaixador da Coca-Cola e Powerade na Copa Conmebol Libertadores 2024. Diplomado em Gestão de Clubes (SPFC/ESPM), é autor dos livros “TRI Mundial” (2010) e “MorumTRI" (2020) e do documentário COPA DO BRASIL 2023 (Prime Vídeo). Transmite a experiência dos jogos do Tricolor dentro e fora do Morumbis, mostrando os bastidores das partidas e viagens. Campanhas publicitárias, ativações de marcas e produtos nas redes sociais e blog, publieditoriais e presença em eventos. Contrate: [email protected]