Luta, sufoco, susto, tristeza, emoção e vitória daquelas de lavar a alma, no Morumbi. O São Paulo supera a armadilha do São Bernardo e das quartas de jogo único e vai para a semifinal do Paulista 2022. O objetivo é o bicampeonato estadual!
Que me acompanha entenderá que a opinião do jogo desta última terça será um pouco diferente. Assisti a partida no sofá roxo da HBO MAX, ao lado do gramado bem embaixo da arquibancada laranja. Só havia assistido uma vez um jogo rente ao campo e foi num jogo festivo, a despedida do MITO, portanto sem pretensões de escrever no blog. É completamente diferente, você não vê profundidade e tática mas praticamente sente o que os jogadores sentem, aliado ao pulsar do torcedor. Então vamos ao que eu eu senti no gramado.
Primeiro tempo duro, com a escalação de Ceni não se encaixando com um São Bernardo que veio seguindo a cartilha dos clubes pequenos que vieram ao Morumbi neste ano: fechado, com onze atletas atrás da linha da bola e com espaço para contra-atacar.mesmo assim o Tricolor teve chances agudas e só não abriu o placar graças a um gol incrível perdido por Rodrigo Nestor.
O volante poderia ter complicado o São Paulo, ainda mais com o gol do Tigre no início da segunda etapa, fruto de uma falha de Reinaldo. Mas foi Nestor, junto com Pablo Maia e as certeiras substituições de Rogério Ceni que iniciaram a reviravolta em um momento delicadíssimo da partida. Após a expulsão de Mocelin, o técnico colocou Wellington, aproximou Alisson do jovem lateral esquerdo e colocou Rigoni com Calleri. O empate veio de Nestor e aí os gols foram saindo naturalmente. Pablo num ‘tirambaço’, Calleri e Marquinhos, que também veio do banco.
Três pontos exclusivos: o primeiro ponto foi a calma da equipe para sair do resultado adverso. Não se abateu com o duro jogo nem com o gol sofrido, que poderia ter derramado o leite todo. O segundo detalhe foi a torcida. Assistindo embaixo da Independente e da Dragões, constatei: o atleta que jogar no Morumbi em dia de decisão e não se dedicar ao máximo precisa ser demitido no dia seguinte. Que vibração que essa, é lançada da arquibancada para o campo? Totalmente diferente escrever do estádio e do gramado. Já o último detalhe só eu e Ronaldão, bicampeão mundial e convidado comigo no sofá vimos: ao lado do aquecimento dos reservas, presenciamos Miranda, icônico zagueiro, olhar e reverenciar o monstro sagrado dos anos 80 e 90 durante o segundo tempo. Duas gerações incríveis e quatro décadas de zaga se saudando. Indescritível!
Vitória de Cotia, com toque portenho, simbiose da torcida e das mexidas de ser mitológico das traves e dos gols. Que venha a semifinal. Se depender do que foi nesta última terça, a atmosfera está garantida. O São Paulo cresceu e está preparado para o que vier no domingo. Eu te amo, meu Tricolor!
Notas dos personagens do jogo:
Jandrei: uma grande defesa no início do jogo, que poderia ter comprometido mais ainda o primeiro tempo. Do campo, deu para notar a confiança nas alturas. Nota: 7,0
Rafinha: setor bastante complicado, não teve respiro. Nota: 6,0
Diego Costa: mais uma ótima partida. Rogério elevou o garoto. Nota: 7,0
Léo: ao lado de Diego, atuou com segurança. Nota: 6,5
Reinaldo: o gol do São Bernardo foi falha direta do lateral, que perdeu a bola para Mocelin no campo de defesa. Bem substituído logo depois. Nota: 4,5
Pablo Maia: um monstro na frente da zaga, com gol de coroar uma apresentação segura e muito combativa. Nota: DEZ!
Rodrigo Nestor: seu primeiro tempo, perdendo um gol sem goleiro, quase comprometeu o São Paulo.Deu a volta por cima e liderou o meio-campo com gol e muita raça. Não se abateu. Nota: DEZ!
Igor Gomes: como disse Ceni, é hora de apoiar o garoto, que abre espaço para os demais jogarem. Nota: 5,0
Alisson: particularmente, do gramado onde eu estava, vi muita vibração, inconformismo com a derrota parcial e empenho no lado esquerdo, principalmente ao lado de Wellington. Nota: 9,0
Luciano: muito trabalho na primeira etapa, uma tentativa de bicicleta que, se entrasse, viraria placa no Morumbi e substituição por cansaço no meio da etapa complementar. Nota: 7,0
Éder: trabalhou com muito empenho no primeiro tempo e isso não dá para negar mas não conseguiu conquistar os espaços que precisava para chegar ao gol do Tigre. Nota: 5,5
Wellington, Rigoni, Calleri, Marquinhos e Nikão: o lateral foi decisivo no lado esquerdo e os demais ajudaram o Tricolor a achar os gols, principalmente Calleri e Marquinhos.
Rogério Ceni: parte vital da vitória mas aqui cabe uma crítica de minha parte. Ainda mexe muito nas escalações. Porém, nesta terça ‘consertou’ bem o time no segundo tempo e, com a ajuda da justa expulsão de Mocelin, teve visão para colocar as peças que precisava para conquistar a vitória e o bom placar. O elenco está com ele e não há motivo do torcedor não estar. Bom trabalho até aqui! Nota: 9,0
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O lateral Orejuela está com os dias contados no Grêmio.
Emprestado pelo São Paulo ao clube de Porto Alegre até o fim deste ano, o colombiano não foi bem avaliado pela nova comissão técnica gremista, capitaneada pelo técnico Roger Machado, e deverá rescindir o seu contrato.
Ciente da iminente devolução, o Tricolor trata de encontrar um novo destino para o lateral. Segundo o Portal Jogada10, o Athletico Paranaense é um dos interessados nos serviços de Orejuela, além de outros dois clubes, não revelados.
Tudo indica que o jogador será emprestado ao Athletico nas mesmas condições e prazo do acordo feito com o Grêmio.
Que pindaíba desgraçada que virou essa contratação. Eu fui um dos que curtiu a chegada de Orejuela no Tricolor mas pelo visto, foi um grande tiro na água. Até boas passagens pela sua seleção ele possui. Contratado a peso de ouro em 2021, o colombiano conviveu com lesões e não rendeu aquilo que se esperava dele.
Certamente perderemos dinheiro com este colombiano.
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Vitória, rodízio e fim de fase de grupos no Paulistão. O São Paulo cumpriu o dever de vencer o Botafogo-SP no Morumbi e agora tem todas as atenções voltadas para o decisivo jogo das quartas, diante do São Bernardo, terça-feira em seu estádio.
O jogo poderia ter sido bem mais tranquilo. Após um gol no início e muito domínio no primeiro tempo, o Tricolor foi perdendo chances de matar a partida, desperdiçou um pênalti, viu seu adversário empatar a peleja e só saiu com a vitória após bom rebote de Luciano, já no finalzinho do tempo regulamentar. Venceu? Sim, mas faltou a lição de casa completa, isso é, aumentar o saldo de gols para competir com mais força pelo direito de uma possível semifinal no Morumbi.
Não culpo Rogério Ceni pela vitória magra. O treinador fez o que se esperava: alternou os atletas como em todo o campeonato e buscou a vitória o tempo todo, sempre no plano de controle da bola. Erros individuais não permitiram o placar maior e o bem-vindo saldo. Erros de Rigoni e, principalmente, Nikão. O argentino fez o primeiro gol mas perdeu um tento incrível ainda no primeiro tempo, para matar o jogo. Já o camisa dez bateu com muita displicência a penalidade máxima, quase entregando no meio do gol a batida. Faltou um pouco mais de foco para os dois. Para mim, os melhores em campo foram os dois laterais, Wellington e Moreira e o incansável Alisson.
Sem chorar lágrimas já derramadas. Agora começam as decisões da temporada e vemos uma equipe coesa e com a filosofia de jogo implantada nos jogadores. É agora que teremos os verdadeiros testes para o elenco de Rogério Ceni. Agora o bicho pega.
Nota dos personagens do jogo:
Thiago Couto: estreia regular como profissional, sem sustos no primeiro tempo e com uma bola até defensável no gol do Botafogo-SP. Nota: 6,0
Nathan: trabalho regular na lateral. Substituído no segundo tempo. Nota: 5,5
Arboleda: partida tranquila. Não jogará as quartas por estar convocado. Nota: 6,5
Miranda: também foi tranquilo no jogo mas perdeu naturalmente uma corrida em um dos poucos lances que precisou cobrir a esquerda. Nota: 6,0
Welington: excelente partida, alternando bons avanços e marcação. Nota: 7,5
João Moreira: jogou como volante e lateral e foi bem. Tem técnica. Nota: 7,0
Patrick: pesadão, falta mais ritmo e suor. Substituído na segunda etapa. Nota: 5,5
Igor Gomes: melhor no primeiro tempo, jogando com mais ímpeto que em partidas passadas. Nota: 6,0
Rigoni: gol e falta no travessão, mas perdeu um tento incrível, sem goleiro. Nota: 7,0
Alisson: para mim, o melhor trabalho em campo, intenso durante todo o jogo. Nota: 7,5
Calleri: partida regular, sem o brilho do artilheiro. Nota: 6,0
Talles, Luciano, Juan e Nikão – destaque negativo para a péssima cobrança de Nikão e destaque positivo para a boa colocação e aproveitamento de Luciano. Isso não quer dizer que Nikão é descartável. Apenas não poderia bater com tanta malemolência o penal.
Rogério Ceni – Este sim, teve a missão cumprida no primeiro turno. Elenco rodado, consciente do plano de jogo e pronto para as finais. Agora veremos se tem poder de decisão. Nota: 7,5
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O técnico Rogério Ceni falou sobre o São Bernardo, clube que enfrentará o Tricolor nas quartas-de finais do Campeonato Paulista 2022. O jogo acontecerá no Morumbi.
“Fizemos um amistoso no início do ano, nosso time fora de forma, eles com algumas mudanças. Vou estudar mais a fundo, ainda não estudamos porque sabíamos que não jogaríamos até o mata-mata.” – Disse o técnico após a vitória sobra o Manaus, pela Copa do Brasil.
Na ocasião, o São Paulo venceu o clube do ABC, com dois gols dos então estreantes Patrick e Nikão. Por estar no mesmo grupo do Tricolor, os dois clubes não se enfrentaram no estadual.
“A partir de amanhã já teremos analistas estudando bastante o São Bernardo, já que hoje definiu. Vamos fazer o melhor possível para tentar superar e chegar à semifinal, mas sabemos que é difícil. Todo jogo tem que ser levado muito a sério.” – concluiu Ceni.
Ceni tem razão sobre a seriedade que deve ser levada esse jogo único. O time do ABC paulista venceu o estadual da Série A2 e a Copa Paulista na última temporada. Não é peso morto.
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O São Paulo garantiu a classificação para a terceira fase da Copa do Brasil ao vencer o Manaus na chuvosa noite desta última quarta-feira, no estádio do Morumbi. os gols foram de Éder e Diego Costa.
Antes de mais nada, salve a classificação! No novo e ‘traiçoeiro’ modelo da Copa do Brasil, com jogos únicos que eliminaram precocemente Grêmio e Internacional, o avanço merece ser louvado. Isso posto, foi um jogo tranquilo e em muitos momentos com a marcha engatada para não desgastar os jogadores para o que vem por aí. Em outras palavras, o São Paulo jogou para o gasto, assim como foi em Campina Grande. A partida em si foi bem meia-boca por conta da fragilidade do adversário e a tranquilidade no placar.
Rogério mais uma vez rodou seus atletas, alargou o campo com Marquinhos na esquerda e entrou na mente do Manaus durante todo o primeiro tempo. Os gols saíram naturalmente e na segunda etapa o time controlou a partida sem grandes sustos. Além dos gols de jogadores que merecem elogios pelo esforço (Éder e Diego Costa), destaque para mais uma assistência de Reinaldo e o début de Luan na temporada. Ainda fora de forma, o volante participou alguns minutos em campo e celebrou nas redes sociais.
Um detalhe de bastidor: sabendo da condição reserva do goleiro do Manaus, os jogadores foram instruídos a chutar de longa distância no gol adversário. Tirando o travessão de Rigoni, a pontaria não foi lá essas coisas.
Com a missão cumprida, o Tricolor espera o sorteio, que pode pegar moleza ou clássicos na próxima fase sem desgastar os jogadores para os mata-matas do Paulista. É isso aí.
Notas dos personagens do jogo:
Jandrei: Embora a partida tenha sido tranquila, foi dono de uma defesa a queima-roupa que não permitiu um esboço de reação do Manaus. Por isso merece uma grande nota. Nota: 9,0
Rafinha: Teve seu jogo facilitado pela fragilidade do lado esquerdo do Manaus. Nota: 6,5
Diego Costa: Um dos melhores, senão o melhor em campo. Nota: 9,5
Léo: Tirando um ou outro lance específico, atuação tranquila. Nota: 7,0
Reinaldo: mais uma assistência para a coleção. Jogando sem a obrigação de ir até o fundo toda hora é muito útil a equipe. Nota: 8,5
Pablo Maia: Talvez a partida menos destacada do jovem volante. Ainda bem que foi contra o Manaus, um time que ofereceu pouquíssimo perigo. Nota: 6,0
Colorado: Jogou mais adiantado mas naturalmente carece de ritmo de jogo e melhor compreensão dos companheiros. Nota: 6,0
Rodrigo Nestor: Atuação mediana na liderança do meio-campo Tricolor. Nota: 6,5
Nikão: Também vejo ainda sem ritmo de jogo e melhor entrosamento com os seus novos companheiros. Nota: 6,0
Marquinhos: Sua maior contribuição foi aumentar o campo de ataque do São Paulo e melhorar o jogo de Reinaldo, mas senti falta de ímpeto em muitos lances “um contra um” do atleta. Nota: 6,0
Éder: Mais leve, foi autor do primeiro gol, que desafogou a equipe. Não o vejo como titular mas o considero no elenco, como opção para muitos jogos na temporada que temos. Nota: 7,5
Reservas: Ceni rodou o elenco e colocou atletas como Rigoni, Luciano e Luan, mantendo o controle e evitando maiores desgastes.
Rogério Ceni: plano traçado e classificação tranquila no Morumbi. Nota: 7,0
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O publicitário e jornalista Daniel Perrone é uma das maiores referências entre torcedores do São Paulo FC. Atuou por 10 anos como blogueiro do São Paulo no Globoesporte.com , integrou o programa "Fanáticos" do Esporte Interativo e foi o “cara do sofá roxo” da HBO Max. Atualmente é gestor do São Paulo Sempre, um dos mais visitados blogs de esporte do Brasil e embaixador da Coca-Cola e Powerade na Copa Conmebol Libertadores 2024. Diplomado em Gestão de Clubes (SPFC/ESPM), é autor dos livros “TRI Mundial” (2010) e “MorumTRI" (2020) e do documentário COPA DO BRASIL 2023 (Prime Vídeo). Transmite a experiência dos jogos do Tricolor dentro e fora do Morumbis, mostrando os bastidores das partidas e viagens. Campanhas publicitárias, ativações de marcas e produtos nas redes sociais e blog, publieditoriais e presença em eventos. Contrate: [email protected]