Acho curiosa essa obsessão do Takei (e de outros Tricolores) com o Abílio. Tratam esse homem como se ele fosse patrimônio e história do clube, como se representasse a instituição ou a torcida - um quase ídolo, um salvador da pátria em potencial. É só um cara muito rico que calhou de ser são-paulino, oras: não nos deve nada e nem nós (torcida e clube) devemos a ele. Quanto ao Dorival: ah, como é bom ter um treinador que não tenta reinventar a roda! O time está muito mais confiante e bem postado em campo, além de não depender mais única e exclusivamente das bicudas pra frente e dos cruzamentos pra área. Não vamos brigar por taças, mas também não sofreremos tanto para chegar aos 45 pontos - e foi para isso que ele foi contratado.

O SP precisa ser recriado, reconstruído em suas entranhas, temos que nos reencontrar com os idos do início dos anos 2000 nos tempos em que éramos modelo de organização e exemplo de gestão e pra que isso aconteça é preciso nos submetermos a um profundo e intenso movimento de regressão. É preciso lamber as feridas e que as agruras dessa era perdida seja o aprendizado para o renascer de um gigante destroçado pela ganância de poder de alguns e pelo amadorismo desenfreado de muitos, diante da cegueira e da inércia de um sistema político administrativo dos tempos do zagaia!

Alô senhor Abílio Diniz! Que tal retomar sua iniciativa de outrora de patrocinar a idealização de um verdadeiro projeto de recriação e reconstrução do nosso SPFC já dentro da visão e dos conceitos de clube empresa contemplando de plano as questões estruturais como a blindagem do futebol através da segregação do clube social e atacando de vez esse carcomido sistema político administrativo onde todo mundo manda e ninguém tem razão! Contratemos uma consultoria de primeira linha pra desenhar um projeto com visão de longo prazo pautado em governança corporativa e profissionalização da gestão em todas as frentes! Exija e imponha aos dirigentes e conselheiros na pessoal do presidente Casares que o clube desde logo passe a ser gerido por um conselho de gestão contratando o quanto antes um CEO que de imediato estruturaria e montaria a sua equipe com profissionais de mercado. Tempos atrás essa ideia do projeto e a vinda de um CEO foi refutada pela turminha apegada às tetas do status e das benesses de seus carguinhos estatutários. Agora, pra salvar o nosso amado clube brasileiro desse caos total, a iniciativa terá que ser empurrada goela abaixo! Mesmo que não se pense e cogite momentaneamente em transformar o clube numa SAF a dramaticidade da nossa situação político administrativa somada ao caos econômico financeiro e a "desgovernança" corporativa impõem esse ato de desprendimento, para o bem de todos e felicidade geral da nação. Diga ao povo que viveremos novos tempos, senhor Abílio, a hora é agora!