O provável motivo da lesão de Marquinhos

É fato mais que consumado que a temporada do São Paulo é marcada por lesões de todos os graus e aspectos. No meio de tantos enfermos, estranhou muito ao torcedor o estiramento na coxa esquerda do atacante Marquinhos.

 

O estranhamento tem um motivo: Marquinhos, de 18 anos de idade e apenas três jogos como titular no profissional, não emendou as temporadas 2020/2021 como seus novos companheiros. Então, fica a pergunta: por que um jogador tão jovem e descansado foi parar no Reffis Tricolor?

 

Para encontrar uma resposta, é preciso entender como funciona a transição da base. O São Paulo costuma trabalhar a promoção dos garotos de Cotia a Barra Funda de forma gradual. Isso porque na base, os garotos tem uma carga de treinos menos intensa que os adultos e a adaptação gradual nos treinos ameniza o “choque” que pode criar uma carga alta de fadiga nos primeiros meses.

 

É grande a probabilidade dessa fadiga resultante dos treinos no elenco principal do clube ter acontecido com Marquinhos. O jogador teve ascensão meteórica no ano passado no sub-17 e promovido no início deste ano ao sub-20 para ser dirigido por Alex. A performance nos primeiros jogos do sub-20 despertaram os olhares de Crespo. Com muitas lesões em seu setor de ataque e sem opções no mercado, o técnico subiu Marquinhos e o colocou nos jogos.

 

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Resumindo: Marquinhos praticamente subiu do sub-17 ao time titular do São Paulo em menos de três meses, correndo, treinando e competindo em intensidade muito maior, ao lado de seus novos e mais acostumados companheiros.

 

Claro que existem exceções a regra mas a razão mais provável é que o estiramento seja resultado de um esforço novo, muito mais intenso. Uma boa analogia é a troca de treinos nas academias de musculação. Quem treina sofre os primeiros dias com um novo aumento de carga. Para evitar esse tipo de acontecimento que muitas vezes o clube trabalha com cautela a subida da base, de forma com que os jovens adquiram gradualmente músculos e resistência para competir com os profissionais.

 

Se o clube tivesse opções de qualidade para suprir Luciano e Éder, considerados no início do ano os titulares da posição, muito provavelmente Marquinhos seria alçado ao profissional no “fogo baixo” e não na necessidade extrema. Mas o fato é que neste momento não temos opções de qualidade no ataque e temos que estancar o sangue jorrado com as vinte contusões desta temporada.

 

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Saudações Tricolores!
Daniel Perrone | São Paulo Sempre!

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