Em mais um jogo de muitos gols entre Botafogo e São Paulo, no Engenhão, um empate razoável para as duas equipes. O São Paulo lamenta a perda da ponta da tabela e o Alvi-Negro estaciona na 12ª colocação do campeonato.

 

O Tricolor jogou dois tempos distintos. No primeiro foi completamente displicente, pouco agressivo e com muitos erros coletivos e individuais, principalmente na defesa. Anderson Martins estava em dia de Lucão: foram duas chances e dois gols tomados (uma das falhas de Edimar, segundo o que me cantaram depois). A maionese só não azedou de vez porque o Botafogo também vacilou no tento de Diego Souza. Foi um dos piores primeiros tempos do Tricolor na temporada, que justificou a derrota parcial.

 

Já a segunda etapa foi bem diferente. Aguirre mudou a equipe e desta vez colocou Carneiro na sua melhor posição: no comando de ataque ao lado de Diego Souza. Foi o uruguaio que empatou a partida ao pegar rebote de Saulo. A entrada de Liziero no meio, com Rodrigo Caio na lateral e Hudson voltando a volância, também fizeram com que o Tricolor voltasse a dominar o jogo até o final da segunda etapa. Por pouco o São Paulo não conseguiu mais uma virada histórica no Engenhão. Saulo pegou a bola de Diego Souza no último minuto e os botafoguenses, pelo segundo tempo, comemoraram o empate.

 

Apesar da terceira colocação e muito próximos do quarto colocado, estamos a um ponto da liderança, o que faz o Campeonato Brasileiro ser um dos mais emocionantes de todos. É fato que estamos vivendo um mal momento, sem um dos melhores jogadores do campeonato, com poucas opções de banco, mas nada como dois super jogos para retomar a confiança e a ponta da tabela. Palmeiras em casa e Internacional no Beira Rio. É hora de ver quem tem café no bule!

 

Segue a luta. Quem acha que o campeonato acabou para o São Paulo, não sabe como funciona um torneio de regularidade. Não estamos ‘perdendo um campeonato fácil’, não somos ‘Cavalos Paraguaios’ e não somos favoritos. Estamos entre um dos candidatos ao título e ponto final. Estaremos no Morumbi e em Porto Alegre para aquelas que prometem ser as partidas mais emocionantes deste torneio. Nada está perdido, nada está ganho. É jogo a jogo, até o final.

 

Nota dos personagens da partida:

Sidão – Sem culpa nos gols. Saída de bola muito fraca. Nota: 6,0
Bruno Peres – Ainda sem ritmo de jogo. Nota: 5,5
Anderson Martins – Duas falhas feias nos gols do Botafogo. Nota: 3,0
Bruno Alves – Perdeu quase todas as bolas no alto. Nota: 5,0
Edimar – Burocrático na linha de quatro. Substituído. Nota: 5,5
Jucilei – Não repetiu as suas boas atuações no meio. Nota: 5,5
Hudson – No meio ou como lateral, se dedicou no combate. Nota: 6,0
Nene – Partida sem brilho, mas com luta até ser substituído. Nota: 6,0
Rojas – Bem, principalmente na segunda etapa. Nota: 6,5
Reinaldo – No ataque, mal. Na lateral, muito bem. Nota: 6,0
Diego Souza – O melhor do São Paulo. Uma pena o último lance. Nota: 8,5

Carneiro – Entrou na posição certa e foi muito bem. Gol importante. Nota: 8,0
Liziero – Sua entrada no meio melhorou o São Paulo no fim do jogo. Nota: 7,0
Rodrigo Caio – Entrou no final para segurar a lateral direita. Nota: 6,0

Diego Aguirre – Um primeiro tempo bizarro e uma segunda etapa digna. Mexeu bem no segundo tempo e por pouco o São Paulo não volta com três pontos. Agora o foco é total no clássico. Temos que ganhar. Nota: 7,0

 

PS: Lamentável a ação da polícia do Rio de Janeiro com os torcedores do São Paulo ao final do jogo. É normal a torcida visitante esperar a mandante sair para depois esvaziar o estádio. Desta vez a espera foi demasiada e, após os ânimos se exaltarem, vimos policiais atirando bombas e balas de borracha nos torcedores.

 

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Saudações Tricolores!
Daniel Perrone | São Paulo Sempre!

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