O que vimos no Maracanã no último sábado foi assustador. Não o resultado em si, já que o favorito era o líder e bem rodado Flamengo, com o São Paulo em crise ou não. O desespero foi assistir um São Paulo mal armado na estreia do seu técnico, o argentino Hernán Crespo.
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Ver o São Paulo plantado na defesa e sem nenhuma alternativa de ataque ou velocidade, deixando Oscar completamente fora de função e André Silva isolado no comando de ataque foi de sangrar os olhos. Pior: o estreante demorou para enxergar o jogo e mudar peças. A péssima impressão é que entrou em campo para perder de pouco. Nisso, com a contribuição de Rafael, ele conseguiu.
Não é porque foi o primeiro jogo da volta do treinador e diante do pior cenário possível (líder no Maracanã para mais de sessenta mil pessoas) que Hernán Crespo não mereça críticas. É claro que há um desnivelamento grande entre elencos, fruto de gestões com históricos recentes e rumos diferentes, mas há nessa derrota um dedo muito questionável do novo técnico.
Três zagueiros funciona com dois alas que avançam. No caso, Cédric e Enzo não podiam subir a linha por conta dos ótimos Bruno Henrique e Luiz Araújo. O jogo ficou para o meio-campo. Com três volantes de marcação, o time ficou limitado a se defender. Oscar como algo entre um meia avançado e um segundo atacante não foi nenhuma das duas coisas e André Silva, um atacante que depende de gente para chegar ao gol, ficou isolado na frente e vítima da ótima zaga rubro-negra.
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Crespo terá vida curta se não que se adaptar ao São Paulo de 2025. O clube vai comprar jogadores mas não lhe dará peças de primeiro escalão. Ou ele entende que não dá para jogar desse jeito ou tudo vai para o buraco. Nem mesmo os último e penúltimo lugares Sport e Juventude jogaram de um modo tão retrancado em alguma partida desse campeonato.
A questão não é fritar o novo comandante. Eu não faço esse tipo de coisa com quem está profissionalmente no clube para vencer junto com os jogadores, a não ser que percebo omissão ou mau-caratismo por parte dos técnicos, coisa que nunca aconteceu. A minha esperança é que a estratégia utilizada no Rio tenha sido pontual, para perder de pouco mesmo, já que na cabeça de todos os são-paulinos racionais que eu conheço era muito complicado voltar com uma vitória do Rio.
E, pasmem, amigos: até o empate poderia ter vindo não fosse a demora no entendimento de jogo, já que Rafael estava num dia de graça e o Flamengo, mesmo com o supremo domínio, só teve uma chance realmente clara de gol no primeiro tempo com a bola batendo na trave do goleiro tricolor. Haviam opções de velocidade no banco de reservas.
O São Paulo não pode perder mais tempo na temporada. O clube terá pedreiras pela frente antes das Copas. Se não se aprumar taticamente e não colocar na mente dos jogadores que o Brasileiro é, hoje em dia, mais importante que a Copa Libertadores e a Copa do Brasil juntas, teremos ainda mais dias de sufoco pela frente.
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O São Paulo perdeu para o Flamengo por 2 a 0, na retomada do Brasileirão, neste último sábado, no Maracanã. Com direito a “lei do ex” e gol de cria de base, o clube carioca superou o seu adversário e se consolidou na liderança do Brasileirão. Já o Tricolor escancara uma realidade muito distante do rubro-negro: a de brigar contra o rebaixamento.
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O jogo marcou a estreia de Crespo no comando do São Paulo. No intuito de amarrar a partida, o argentino entrou com três zagueiros e três volantes em campo, adiantando Oscar ao lado de André Silva.
Não deu certo. Sem velocidade de escape, o time tomou um passeio do Flamengo no primeiro tempo e só não saiu derrotado nos quarenta e cinco minutos iniciais graças ao Rafael. Já na segunda etapa, o mesmo time em campo e a mesma pressão do primeiro tempo. Os gols eram inevitáveis e aconteceram com Luiz Araújo e Wallace Yan. No final, o 2×0, mesmo com o segundo gol saindo no apagar dos holofotes, saiu barato para o Tricolor.
É a quarta derrota seguida do clube no Campeonato Brasileiro. Com a volta de Luciano e tentando recuperar Lucas Moura, o clube agora irá a Bragança Paulista enfrentar o Red Bull Bragantino em busca de recuperação. E no outro final de semana tem clássico diante do Corinthians, no Morumbis.
O São Paulo de Crespo se jogou em uma arapuca no Maracanã. O sistema com três zagueiros só funciona com dois alas que avançam, que no caso do jogo de sábado, não funcionou. Bruno Henrique e Luiz Araújo não deixaram Cedric e Enzo fazerem nada mais do que ficarem plantados no setor defensivo, Isso somado aos três zagueiros, três volantes e um Oscar totalmente sem saber o que fazer no meio, deixou um São Paulo a beira do ridículo taticamente. André Silva virou um Boneco de Olinda no comando de ataque.
O Flamengo jogou naturalmente e mesmo não vencendo na primeira etapa, sabia que a questão era de tempo. O sistema acovardado de Crespo só funcionou para uma coisa: perder de pouco no Maracanã. Não dava para ir com o “peito na lança” mas também não precisava vir com dez atrás da linha da bola. Não daria certo, como não deu.
A derrote tem três motivos. O primeiro é o Flamengo e sua força no Maracanã. O segundo motivo foram as decisões ruins de Crespo para essa partida e a demora em mexer na equipe, para que o São Paulo tivesse um pouco de escape no jogo. A terceira e última razão é a diferença individual de cada elenco. Se o Flamengo fosse menos dotado de ótimos jogadores, talvez o zero a zero surgisse num mesmo jogo de gato e rato. Mas o elenco rubro-negro é infinitamente melhor que o elenco Tricolor, fruto de gestões distintas, com resultados distintos.
Para resumir: a derrota era quase inevitável mas a atuação foi deprimente.
Enquanto o Flamengo colhe os louros de ter se organizado financeiramente e implementado uma gestão profissional, o São Paulo, ainda numa fase inicial de recuperação e sem certeza ao torcedor de sucesso, patina no limbo do rodapé do torneio de regularidade mais importante do ano. O Brasileirão.
Rafael: evitou o pior. Nota: 8,0
Alan Franco: no seu limite, duelou como podia. Nota: 5,5
Arboleda: se saiu bem dentro de um sistema covarde. Nota: 6,0
Sabino: lento, não mostrou confiança nenhuma como titular. Nota: 3,0
Cédric: é limitado e ainda teve Bruno Henrique pela frente. Nota: 4,5
Pablo Maia: o principal homem da marcação, cumpriu a função. Nota: 5,5
Alisson: não conseguiu sair para o jogo. Só se limitou a defender. Nota: 4,5
Marcos Antônio: vacilo no gol de Luiz Araújo. Jogo discreto. Nota: 4,0
Enzo Díaz: teve que marcar Luiz Araújo mas arriscou-se no ataque. Nota: 5,5
Oscar: totalmente deslocado na função ofensiva. Jogo muito abaixo. Nota: 4,0
André Silva: um fantoche no comando de ataque, não só por culpa dele. Nota: 3,5
Ferreirinha, Ryan e Bobadilla. Os dois primeiros tentaram ajudar saindo para o jogo. Já Bobadilla substituiu Pablo Maia, que ainda precisa de ritmo de jogo para completar as partidas.
Hernán Crespo: é verdade que o argentino pegou a pior situação numa volta de campeonato (o líder fora de casa) mas deixou uma péssima impressão neste primeiro recorte. Um sistema travado pelo trabalho do adversário e pior, o treinador não teve leitura de jogo para desfazê-lo em tempo. Um dos grandes resposáveis pela derrota, além do próprio Flamengo e a diferença de realidades diretivas.
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Mais uma partida patética do São Paulo na temporada 2025. A derrota para o Vasco da Gama é a terceira seguida no Campeonato Brasileiro e a sensação de que a areia movediça já começa a cercar o pescoço da instituição no torneio nacional.
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Com um ataque jovem, composto por Lucca e Lucas Ferreira pelos lados, Zubeldía tentava espantar a má fase dentro de um vazio Morumbi, fruto de um jogo tarde em um frio intenso e com TV aberta, além da insensibilidade de quem comenda a precificação do estádio em não fazer uma promoção, já visando a dificuldade de audiência.
O SPFC só teve cinco minutos de superioridade na partida. Depois dos cinco primeiros minutos com um bom chute de Luciano na meta vascaína, o time viu o adversário equilibrar o jogo e aproveitar os seguidos erros individuais. O lado esquerdo foi a mãe dos dois primeiros gols cruz-maltinos, que praticamen te mataram o jogo e levaram a torcida a ira.
Nem mesmo as mexidas de Zubeldía na segunda etapa mudaram o ritmo do jogo. O Vasco continuou dominando a partida e, com tranquilidade, ampliou o placar com seu artilheiro. Enquanto a bola pesava nos pés tricolores, os cariocas sob a batuta de Fernando Diniz davam um espetáculo para a sua torcida que estava no Cícero Pompeu de Toledo.
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O único que se salvou das vaias foi Ryan Francisco. Último a entrar, o jovem marcou um golaço de honra no apagar dos holofotes do estádio. O belo gol não adiantou de nada mas pelo menos mostrou o talento do jovem também em longa distância.
Perder é ruim e perder pela terceira vez consecutiva é pior ainda, mas perder com o time descansado, em iguais condições em casa é um verdadeiro desastre. Sem desculpa.
Agora o clube tem a parada do Mundial de Clubes para reavaliar o trabalho do técnico. Eu disse no programa Semana Tricolor. Se não tiver 100% de convicção, a hora de demitir e trocar o treinador é agora, com um mínimo de tempo para treino.
Rafael: péssima atuação. Poderia ter feito mais. Nota: 3,0
Cédric: descansado, teve uma noite tenebrosa. Nota: 3,5
Arboleda: irreconhecível nesta noite. Nota: 3,5
Alan Franco: partida muito abaixo do normal. Nota: 4,0
Enzo Díaz: falhas que comprometeram o resultado. Nota: 3,0
Pablo Maia: ainda não voltou a jogar o que sabe. Nota: 3,5
Alisson: muito trabalho nas costas. Espanou. Nota: 4,0
Luciano: má partida como meia. Um chute e nada mais. Nota: 3,5
Lucas Ferreira: despencou de produção. Mais uma partida fraca. Nota: 3,5
Lucca: tentou jogadas mas não deu certo. Saiu no intervalo. Nota: 4,5
André Silva: jogo fraco, com gols perdidos. Nota: 3,5
Dinenno, Bobadilla, Wendell, Sabino e Ryan Francisco: de todos eles, manção honrosa a estreia de Dinenno e ao golaço de Ryan Francisco, que nada adiantou.
Luis Zubeldía: sem desculpas. Uma data fifa inteira para treinar e fazer muito mais coletivamente do que foi visto. Como ele mesmo disse no vestiário: a culpa é dele (não só mas também dele, digo eu). Nota: 3,0
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Mais um velho conhecido no caminho do São Paulo nas Copas de 2025. Desta vez é ele, o Athletico Paranaense o adversário Tricolor na Copa do Brasil.
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O Athletico me trás eternas ótimas lembranças. Adversário da final da Copa CONMEBOL Libertadores de 2005, o rubro-negro de Curitiba foi o coadjuvante de uma das partidas mais perfeitas que eu já vi do São Paulo. Impiedosa goleada de Amoroso, Fabão, Luizão e Tardelli e o início da minha jornada para o Japão. Quem tem meu livro “TRI Mundial” sabe que eu comprei o Guia de Tókio logo após o apito final.
Hoje o Furacão talvez viva uma das piores fases de sua vida. Rebaixado em 2024, hoje ele convive com a série B, mais ou menos na mesma situação do Tricolor na série A… isso é, na meiúca da tabela. O time é composto por jovens, principalmente da base athleticana, ainda em formação.
É um adversário OK em termos de status atual e distância mas é sempre prudente respeitar a tradição e torcida deles, principalmente porque decidimos fora. O técnico Odair Hellmann deve receber reforços na janela.
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O São Paulo conheceu o seu adversário das oitavas de finais da Copa CONMEBOL Libertadores 2025. E é um velho conhecido de disputas com o Tricolor.
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O Atlético Nacional é o adversário da chave do Tricolor, que conta também com Botafogo, River Plate e Palmeiras, entre outros clubes.
Não é o adversário que eu “queria” enfrentar mas não é um dos que eu evitaria pegar neste momento. Mas não é um jogo fácil. O Atlético Nacional se classificou em segundo no “grupo da morte” (Internacional, Nacional-URU e Bahia) e é forte em seus domínios.
Historicamente, os confrontos entre o São Paulo e o clube colombiano são equilibrados, mesclando classificações e eliminações. A última peleja, em 2026, foi conquistada pelos colombianos, que arrancaram para o título da Libertadores naquele ano.
Estive naquela semifinal em Medellin. Torcida presente e confiante, também porque o São Paulo havia perdido de 2×0 no Morumbi, com aquela presepada do zagueiro Maicon em cima do Borges.
Em termos de logística, Medellin é mais longe que o “normal” da América do Sul e as passagens não são baratas. Neste quesito, dava para pegar algo mais próximo.
Já com relação ao chaveamento, é OK, isso é, difícil para o Tricolor em qualquer lado. Se passarmos do Atlético Nacional, podemos nos vingar do Botafogo nas quartas e, caso a gente passe, aí o embate seria clássico com Palmeiras ou River Plate. Quem não se lembra de 2005?
É isso. O problema do São Paulo na temporada não são os adversários e sim o próprio São Paulo. Jogadores lesionados e ainda pouca confiança no resultado coletivo aprontado por Zubeldía neste ano. Para jogar os mata-matas da Libertadores vai ser preciso enfrentar o seu limite.
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