Análise de um ano que precisa servir de parâmetro para grandes mudanças

Análise de um ano que precisa servir de parâmetro para grandes mudanças

Nação do Maior do Mundo;

 

A derrota doída para o ex-lanterna da competição na última segunda-feira pelo menos traz algo de bom para o São Paulo Futebol Clube e seus torcedores: trás de volta para o chão todos (ou quase todos) aqueles que achavam que o G6 estava próximo e a base, como num passe de mágica, seria a solução de todos os problemas estruturais do elenco. O típico e soberbo pensamento “o campeão voltou” dos últimos anos.

 

A derrota de ontem, mas foi reflexo de um São Paulo que teve problemas demais no futebol neste ano e precisa de muitas mudanças para 2017. O clube montou um time no início do ano com poucos recursos e chegou longe na Libertadores, principal competição do ano, mas vendeu seus principais jogadores e, se não vencer um dos próximos dois jogos em casa, sofrerá até o último jogo para se garantir na série A.

 

Não tenho nada contra a pessoa de Ricardo Gomes. Deve ser uma pessoa muito legal e certamente é íntegro na sua profissão. Mas não o vejo no banco de reservas de um clube com tanta pressão atual como o Tricolor. Inclusive, o jornalista Jorge Nicola afirma que caso a equipe não conquiste a Libertadores de 2017, Gomes sairá do cargo e provavelmente continuará trabalhando no clube, como cargo de diretor de futebol ou algo assim. Seria o ideal.

 

No plantel titular, sem rodeios: a equipe precisa de cinco a seis jogadores titulares para ontem. Um atacante de área, um pelos lados, um bom volante, um meia armador, um lateral esquerdo e um… goleiro. O ataque preocupa, é o terceiro pior entre 20 equipes. O clube se desfez de Kardec, Kieza e emprestou Rogério, além de encerrar com Calleri. Neres deve ser mantido para ganhar confiança mas Kelvin não ficará em 2017. É preciso pensar em alternativas alem de Robson, que terá meio ano para tentar provar capacidade. O mesmo com Jean Carlos, que encerrará contrato no meio do ano que vem. O nome para o meio é Lucas Fernandes, mas estamos falando de uma temporada inteira. Eu iria atrás de um meia experiente para conduzir o time ao lado do jovem que voltará de grave lesão.

 

Mena teve bom desempenho nesses três últimos jogos, mas não deve ficar. O setor precisará de um reforço que poderá ser o Rene, do Sport. Para o meio-campo, eu estudaria a contratação de alguém com mobilidade para brigar posição com João Schmidt e Thiago Mendes. Richelly, outro do Sport, é nome de preferência de Leco.

 

Por fim, o gol. Denis não é um mau goleiro, mas deveria ser mais constante. Penso que a contratação de um goleiro de primeira linha do futebol brasileiro poderia acirrar uma posição que não pode ser ocupada apenas por um goleiro ‘bom’. Me lembro que o São Paulo do fim dos anos oitenta era até bem servido com Gilmar, mas o clube contratou Zetti, acirrou a posição, Gilmar saiu e deu no que deu. Zetti é um dos maiores nomes da posição na história do clube.

 

Enfim, que este ano seja parâmetro para grandes mudanças no São Paulo, a começar com a volta do filosofia de vanguarda que tanto marcou esse clube, onde todos pensavam num bem comum e não em interesses próprios. Falamos neste texto apenas o âmbito do futebol, mas em abril teremos eleições no clube e o andamento de um estatuto que não será a “Pedra de Roseta”, mas com a ajuda de emendas pontuais poderá melhorar gestões e procedimentos que até então não são compatíveis com o futebol atual.

 

Saudações Tricolores!
Daniel Perrone | São Paulo Sempre!

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