O meia Benítez é assunto de diversos programas e portais esportivos nesta semana. A grande maioria deles aborda o espaço perdido do argentino com Rogério Ceni, algo que ocorreu também com o ex-técnico Hernán Crespo.

Atualmente opção no banco de reservas, o meia não convive mais com lesões e treina normalmente atrás de uma nova oportunidade no disputado meio-campo do Tricolor. A disputa é acirrada pois seus companheiros de posição são jovens e muito bem quistos pelo atual treinador. Na última coletiva, após a vitória diante do Internacional, Ceni fez questão de elogiar Sara e Igor Gomes, além de Liziero que trabalha em outra região do campo.

É claro que o assunto ‘Benítez’ desemboca em um outro importante afluente: a permanência do jogador em 2022. Emprestado até o fim do ano, Benítez aguarda a negociação entre Independiente, São Paulo e os agentes para saber que rumo tomar no ano que vem. O diretor de futebol Carlos Belmonte confirmou o interesse em um novo empréstimo para viabilizar a permanência.

Já dei minha opinião em relação a isso em outros momentos. Se houver chance de um novo empréstimo, Benítez deveria permanecer no elenco Tricolor, sem a obrigação ou dever de ser titular, mas sempre lutando por vaga. Porém devo acrescentar na minha defesa da permanência do argentino com uma outra situação: as possíveis vendas de Sara ou Igor Gomes no ano que vem.

Ceni deu a letra na entrevista ao lamentar uma possível venda, dizendo que gostaria de manter seus dois “excepcionais atletas”. Não tenho nenhuma informação quanto a interesse de clubes europeus na janela que se abrirá no fim deste ano mas o fato é que, se mantiverem o nível e a intensidade nos jogos, um dos dois (ou mesmo os dois) serão vendidos. A necessidade aumenta com a dívida Tricolor que iremos saber se aumentou ou diminuiu somente na exposição do balanço de 2021, mas certamente ainda existirá com unhas e dentes atrapalhando aquele que era o clube bicho papão dos últimos 30 anos.

Por isso, no meu entendimento, em condições aceitáveis a permanência de Benítez se faz necessária para o ano que vem. Precisamos de pelo menos um bom jogador na suplência de cada setor do campo para dar alternativa de jogo ou manter a intensidade dos times propostos por Ceni dentro do atual futebol mundial.

Tem muito torcedor que vê o meia como uma decepção, talvez por ver bons momentos no Independiente ou até mesmo no Vasco. Eu não enxergo assim. Benítez entrega exatamente isso: bons momentos. Obviamente se fosse intenso como Gabriel Sara ou “inteiro” como Igor Gomes estaria na Europa e não aqui. Para o Brasil, o meia é um bom jogador e tem talento para a função de armar.

Agora, se Benítez sair no final de seu empréstimo, o clube precisará arrumar outro com perfil e qualidade de jogo para o elenco. Por mim, ele fica. Não acho que o meia tenha propostas de compra no Brasil. Dá para concorrer com as possíveis propostas daqui.

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Saudações Tricolores!
Daniel Perrone | São Paulo Sempre!

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