Para a temporada 2022, a diretoria do São Paulo vem fazendo a necessária reformulação no elenco. Um ponto positivo para quem, em 2021, errou feio ao contratar jogadores como William e Éder, dois veteranos que só consumiram dinheiro e não entregaram nada em campo.
Em contrapartida, acertadamente, a diretoria já se livrou de vários jogadores e anunciou as chegadas de Rafinha, Alisson, Jandrei e Patrick. Ainda poderão pintar no Morumbi Nikão e Soteldo, outros dois bons nomes.
Sem dúvida, considerando as dificuldades financeiras do clube, são nomes que, EM TESE, ou, como se diz no futebol, “no papel”, têm muito a acrescentar.
Repito, em tese, porque muito além do jardim do elenco, o grande problema do São Paulo nos últimos anos, salvo raras exceções, foram elencos indolentes, descomprometidos, indiferentes nas vitórias e nas derrotas, transformando o Tricolor em um clube que meramente entrava para participar dos torneios e não disputar títulos.
O grande desafio para a diretoria e comissão técnica é construir um time com vontade de vencer. São muitos os exemplos na história da bola de clubes que formaram esquadrões (não é o caso atual do SPFC), mas que, na prática, foram grandes fiascos.
O torcedor compreende que ganhar ou perder fazem parte do jogo, mas não aguenta mais lidar com o descaso diante de uma camisa com tanta história e tradição.
Se analisarmos friamente, o São Paulo conta em sua comissão técnica com dois nomes dentre os mais vencedores e competitivos em sua história: Muricy e Rogério Ceni.
Em tempo de mercado da bola cada vez mais reflexo do poderio financeiro, Muricy e Ceni representam os últimos dos moicanos no futebol brasileiro, que têm um amor incomensurável pelo seu clube de coração e, acima disso, obsessão pela vitória.
Se Muricy e Rogério Ceni não conseguirem arrancar deste elenco garra e vontade de vencer, a questão que ficará suspensa no ar é: quem conseguirá?
Sem exagero, a temporada 2022 é divisor para o São Paulo, clube que cambaleia nos últimos 10 anos e sofre com elencos indolentes, beirando a irresponsabilidade e provocando a ira da torcida.
Se com Muricy, Rogério Ceni e reformulação do elenco o São Paulo não mostrar a que veio nesta temporada, sem dúvida, a impressão que ficará é que todas as possibilidades estarão esgotadas e qualquer projeção para o futuro do clube será um grande ponto de interrogação cravado na bandeirinha do escanteio.
Ricardo Flaitt é jornalista, estudante de História e ex-colunista do Lance (blog Crônicas do Morumbi).
Para acessar outras notícias do Blog São Paulo Sempre clique aqui.
Saudações Tricolores!
Daniel Perrone | São Paulo Sempre!
Me siga no Kwai
Me siga no Twitter
Me siga no Facebook
Me siga no Instagram
Post aberto para comentários.
(2) Comentários
Luiz Claudio Vieira
10 de janeiro de 2022Tricolores, A hora é essa. As contratações estão sendo boas e algumas dispensas pontuais. Mas duas perguntas que faço, os contratos dos novos jogadores são bons para ambos ou só para os jogadores e empresários, uma vez que o Nikão veio com um acordo de 4 anos renovável por mais uma temporada e o que melou o negócio dele com inter foi o aumento da comissão pedida pelo seu empresário de 2 para 4 milhões de comissão. Espero que dê certo pois temos o exemplo do Pablo e Vitor Bueno que fizeram um contrato bom somente para eles e agora não querem deixar a boa vida oferecida pelo clube. Outra, será que dispensamos os jogadores certos? E aquela panela que tem o Reinaldo e o Volpi onde o jogador que chega até começa bem , mas se contamina no dia a dia do clube. Como São Paulino já estou cansado disso e aguardando dias melhores.
Dan
10 de janeiro de 2022São Paulo virou um time médio no Futebol Brasileiro. Sobrevive apenas de sua apaixonada torcida e de suas glórias passadas. Deixou de ser vanguarda em todos os aspectos e hoje é um arremedo de si próprio, fadado a ser rebaixado num futuro próximo. Sem espaço para heróis salvadores da pátria: a única forma do São Paulo voltar a frequentar a primeira prateleira do futebol brasileiro e sul americano é através de investidor(es) e gestão profissional. Como associação fica impossível competir com Flamengo e Corinthians, por exemplo, que possuem muito mais potencial de receita, seja televisiva ou de patrocínios.