A reportagem “Por que o Grupo City analisou São Paulo mas preferiu comprar o Bahia”, do jornalista Danilo Lavieri (Portal UOL) está incentivando uma grande discussão entre os são-paulinos.
Na reportagem, o jornalista explica os motivos que levaram o grupo internacional de futebol a optar pelo clube baiano e não o São Paulo ou até mesmo o Atlético-MG, também levado a mesa de conversas iniciais do grupo. No caso Tricolor, Lavieri citou entraves econômicos, políticos institucionais e de folha salarial de elenco.
Defendo que um estudo bem estruturado de SAF e aporte econômico ao futebol deva ser encaminhado e discutido pelo Conselho Deliberativo, que é o órgão que dita os rumos do São Paulo. Porém, neste pontual caso do City, o interesse estaciona inicialmente na diferença entre os objetivos econômicos do grupo.
Segundo a reportagem, o Grupo City teria um bilhão de reais para um período de quinze anos. A princípio o valor seria interessante mas se olharmos mais a fundo, não é adequado a uma instituição que fatura 500 milhões (brutos) em média por ano nos últimos anos e poderia faturar duas vezes mais se tivesse mais conquistas recentes.
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No caso do Grupo City, a proposta financeira em si já é motivo de não estender uma conversa mais aprofundada neste momento mas isso não quer dizer que não seja possível o São Paulo se encaminhar para ser uma instituição com o futebol de fato independente e administrado por um grupo em um sistema de clube/empresa.
Porém, para isso acontecer um dia, o clube precisará tomar medidas emergenciais como a revisão do estatuto, a diminuição do número de vitalícios e o estudo de formas de integrar voto de sócios e STs.
Aí vem a má notícia: eu não tenho fé alguma de que isso seja feito num curto espaço de tempo. O conselho é feito em sua maioria por pessoas que não tem interesse e tampouco amore pelo futebol. Elas foram eleitas pelo clube social e decidem em prol do clube social, afetando diretamente os quase vinte milhões de torcedores que gastam tempo, dinheiro e dedicação ao futebol.
É simples e claro. Enquanto não houver mindset, aporte financeiro e gestões competentes, dificilmente o clube retornará ao seu lugar de direito na história do futebol brasileiro.
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Daniel Perrone | São Paulo Sempre!
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(5) Comentários
André
15 de outubro de 2022Moro em Munique. Se chegar investidor sem que ANTES o SP tenha feito as mudanças administrativas que vc acabou de citar nessa postagem, a tendência é que o clube vire o próx Hertha ao invés de virar o próx FC Bayern. O Hertha quebrou por causa do seu "descalabro administrativo". Veja https://www.dw.com/pt-br/seduzido-pelo-ouro-do-mecenas-hertha-berlim-est%C3%A1-%C3%A0-beira-da-ru%C3%ADna/a-63402393
P
13 de outubro de 2022Rogerio falou na ultima coletiva que se tivesse 1bi comprava o clube. Chute inicial dado. Teriam que fazer um business plan, assumindo meiuca de tabela e recita de 500 M por ano, com percentuais para o social que faça o conselho feliz e ainda mantendo margem atrativa para a SAF com ROI em 10 anos por exemplo.
Daniel Perrone
14 de outubro de 2022O futebol do São Paulo vale mais que um bi. O clube fatura no futebol 500 mi bruto. Mas eu concordo com você que, se o clube deixasse, existiriam interessados, mas quem compra quer gerir. abs
Emerson
13 de outubro de 2022Exatamente isso, nosso problema são os amados Vitalícios (somente por eles mesmos)! Essa corja está caminhando a passos largos para fechar as porta do time de futebol de primeira divisão brasileiro, seremos uma Lusa talvez? Tenso nunca imaginei ver essa instituição cair, não cair, se enterrar no próprio buraco que cavou... Perrone, estou perdendo as esperanças que o clube se erga meu caro! Deprimente, pior qu sou destes que na boa, considero o futebol algo muito sério, não apenas um lazer, afinal quem em sã consciência considera torcer para um time com essa administração engessada por décadas e passando as raivas e vergonhas que passa, como um lazer? Triste...