Falta-nos ainda, quando comparado com o Palmeiras e alguns outros poucos clubes, uma melhor estruturação organizacional e a efetiva profissionalização da gestão. Ressentimo-nos, por exemplo, de uma coordenação efetiva do futebol, atribuições que competem ao senhor Murici Ramalho, que resultasse num programa de gestão das competições, mobilizando adequadamente os respectivos estafes para a construção dos resultados na participação de cada um dos campeonatos. Ilustrando, perdemos na estreia para o Fortaleza que como sempre veio todo fechadinho mais uma vez nos vencendo em pleno Morumbis, numa clara constatação da não preparação e mobilização para começar o campeonato de forma planejada e estruturada. Nossos gestores, todos eles amadores de carteirinha, inclusive os dos altos cargos, atuam como se preparassem para as festinhas de fim de ano. Perdemos pontos para o Fortaleza, para o Cuiabá, para o Vasco na precariedade das condições que se encontravam, mesmo saindo na frente, deixamos de somar mais dois pontos contra o Corinthians e mais dois contra o Internacional, num erro clamoroso da arbitragem no impedimento do Caleri. E esse amadorismo se repete e se alastra por todos os cantos do clube, bastando olhar para as lastimáveis condições das nossas categorias de base no CFA de Cotia. O mesmo Murici respondia até dias desses também pela coordenação de todas as categorias em Cotia, transferindo muito recentemente a responsabilidade para o Márcio Araújo, que sequer se sabe se de fato tenha assumido a função, noticiaram que assumiria mas a bagunça continua como dantes. As temporadas recomeçam e as competições se sucedem sem gestão e coordenação alguma, puro amadorismo. Fomos campeões brasileiros no tri do Murici, na beira do campo, é bom que se frise, e de lá pra cá temos sobrevivido na bacia das almas pra não amargar um sonoro rebaixamento. O círculo vicioso, não poderia ser diferente, se repete com os mesmos desmandos e desorganização. 2024 teria tudo para ser diferente, mas, como sabido, nada mudou. Somada a pontuação contra o Fortaleza, o Cuiabá, o Vasco, o Corinthians e o Internacional, estaríamos com 37 pontos liderando com folga a tabela. A imprensa, não os nossos gestores e o coordenador, apurou que a reunião de última hora abordaria a falta de compreensão e entendimento sobre a dinâmica do Brasileirão. Como dica final, que o Casares e o Murici acompanhem mais de pertinho o andamento das coisas no CFA de Cotia, comparando a coordenação e a gestão geral daquele complexo com o que ocorre, ou, não ocorre, no CT da Barra Funda.