O veto dos sócios do clube as mudanças propostas por 82 conselheiros do São Paulo foi uma grande vitória para o torcedor, o elemento mais marginalizado das decisões do clube. A esmagadora vitória democrática do NÃO, que de certa forma surpreendeu muitos, deve ser bastante celebrada mas o Tricolor ainda continua com caminhos bem tortuosos.
Porém, há coisas que não podemos nos esquecer. A primeira delas é a grave afirmação atribuída ao diretor do social “Dedé” que, ao justificar o voto pelo SIM a um dos sócios do clube via mensagem, citou furtos e assédio dentro do complexo social do Tricolor. Grande alicerce da situação, o diretor teve áudios espalhados chamando sócios para comparecer ao clube. Segundo ele, os “militantes”, termo dado a extremistas políticos que eu particularmente abomino. Como maior responsável, ele precisa explicar o que acontece no clube aos sócios pois a notícia é muito grave.
Outra coisa para não esquecer é que, apesar da grande vitória e manutenção do direito de voto a cada três anos em presidentes e conselheiros, ainda há muito o que fazer ou se preocupar. O clube continua um feudo, ‘militarizado’ para caminhos e diretrizes modernas que o futebol, que hoje em dia é muito mais que um negócio, propõe.
É preciso mudar o mindset geral e buscar uma alternativa realmente profissional e eficiente de administração, sem o infame “beija mão”, a militância cega e outros artifícios que engessam gestões de futebol, com seriedade e minimizando riscos. No programa SEMANA TRICOLOR, Amir Somoggi apontou um caminho muito interessante: o sistema de gestão do Bayern de Munique. Em resumo, o clube alemão disponibilizou o seu futebol em gordas cotas, oferecidas a empresas sólidas e competentes para preencher cadeiras de seu Conselho de Administração. Adidas e Audi possuem cotas do Bayern, por exemplo. Aportam dinheiro e gerem o clube junto com os dirigentes bavários.
Veja o programa SEMANA TRICOLOR com Amir Somoggi.
O caminho será tortuoso para separar de vez social e futebol e criar tais cotas para apresentação a grupos como o Itau BBA, Bradesco, Adidas (por que não) e outras empresas interessadas. Mas, acima do SIM e do NÃO, essa é a minha linha de luta e a linha de conduta do blog.
Uma grande batalha foi vencida. A guerra está longe de terminar.
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Saudações Tricolores!
Daniel Perrone | São Paulo Sempre!
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(4) Comentários
João Carlos
26 de janeiro de 2022Não há dinheiro que substitua a competência, a expertise em seu mister e a capacidade de enxergar além. O SPFC há alguns anos vem sendo comandado à base do compadrio, dos interesses de incompetentes e almofadinhas. Há quanto tempo não revelamos em Cotia um nome de peso? À exceção de dois ciscadores melhorados - Lucas e Anthony -, qual o nome de peso revelado na base? Militão, no meu entendimento, foi a exceção. Estupefato, assisti no Globo Esporte que o menino Endrick passou pelo tricolor, não permanecendo por causa de um pedido julgado como descabido pelos "sábios" administradores das equipes de base. Que falta faz um Cilinho!
vinicius
25 de janeiro de 2022Bom dia, Perrone, vi uma resposta sua não sei bem ao certo em qual rede social, foi publicada na página do Globo Esporte.com, em relação ao nome Trikas, segundo alguns entendidos da internet, o apelido surgiu do próprio tricolor! São Paulo já bambeava com o apelido antigo, agora com esse novo apelido (trikas) respaldado pela diretoria na apresentação do nikão, agora vai! vai vira roda de tricô! Nikão, vai virar Nikas, ou nitrikas?
Daniel Antonio Rodríguez
24 de janeiro de 2022Estamos juntos nessa luta, por um SPFC profissional e competente.