Em um jogo emocionalmente diferente no primeiro e no segundo tempo, o São Paulo foi ao Mato Grosso e apenas empatou com o Cuiabá, somando três jogos sem vencer no Brasileirão.
Hoje, vou começar a análise do jogo com uma curiosidade. No Campeonato Brasileiro do ano passado, São Paulo e Cuiabá também se enfrentaram, em Mato Grosso, pela 25a rodada. Naquela ocasião, Hernán Crespo fazia seu último jogo no comando do Tricolor. A equipe também terminou aquela rodada com 30 pontos.
Curiosidades à parte, o São Paulo do sucessor de Hernán Crespo, Rogério Ceni, fez um jogo ruim contra o atual décimo sexto colocado. Rogério poupou Diego Costa, Léo, Nestor e Calleri, que nem viajaram, e escalou um time bem mexido. Bustos fez sua estreia e nomes como Marcos Guilherme, Galoppo e Ferraresi ganharam ainda mais minutos.
O sentimento que saio deste empate é um misto de frustração com alívio. Frustração por ter apenas empatado com o Cuiabá, apesar de ser uma equipe com jogadores experientes, e aliviado pela conquista de ao menos um ponto diante da circunstância de jogo de ter um jogador a menos, graças a falta de equilíbrio emocional de Wellington.
Agora, é quinta-feira, como gritou a torcida na Arena Pantanal. O Brasileirão preocupa. Pelo desempenho e pela pontuação. Antes, o time do Rogério jogava bem e não vencia – como na sequência do primeiro turno contra Corinthians, Ceará e Coritiba. Agora, o time não está jogando bem e continua não vencendo.
Ainda acredito nas Copas. Sim, no plural.
Notas dos personagens do jogo:
Felipe Alves: Boa partida, sem culpa no gol. Não fez nenhuma grande defesa, mas se mostrou seguro e interviu quando necessário. Nota: 5,5
Marcos Guilherme: Não está conseguindo render na posição de ala-direito. Acho que pode ser mais útil jogando espetado em alguma das pontas. Rogério deve rever seu posicionamento. Partida fraca. Nota: 3,0
Rafinha: Jogou de terceiro zagueiro pela direita e, após a expulsão de Welington, de beque central. Não ajudou no ataque e não comprometeu na defesa. Enche o saco ele reclamando com o juíz. Nota: 4,0
Ferraresi: Na minha opinião, não fez carga suficiente para derrubar André Luis. Mesmo assim, poderia ter evitado a puxada. Foi infantil. Nota: 2,0
Luizão: Com gol anotado na súmula ou não, o tímido Luizão participou do gol e não comprometeu na zaga. Nota: 6,0
Welington: Como Gustavo Villani disse na transmissão do Premiere: “mordeu a isca”. Caiu na pilha de Deyverson em seu primeiro amarelo e no segundo eu não entendi, o jogo não estava nervoso. Nota: 1,0
Gabriel Neves: Foi mal no primeiro tempo como todo o time e foi destacado na transmissão pela sua entrega física no segundo tempo. Confesso que não enxerguei muito. Nota: 3,0
Galoppo: Muito mal. Uma das contratações mais caras da história do São Paulo ainda não mostrou porquê veio. Errou passes, não criou chances e vem decepcionando. Assim como Marcos Guilherme, acho que Rogério ainda não encontrou sua posição. Nota: 2,5
Patrick: Jogo fraco do camisa 88. Tentou algumas jogadas pela esquerda no primeiro tempo, todas sem sucesso. Foi substituído por Beraldo. Nota: 3,0
Alisson: Gostei de seu jogo. Tecnicamente, nada brilhante, mas física e taticamente muito bem. Cavou faltas perigosas no segundo tempo, além de obrigar João Carlos a fazer grande defesa. Nota: 6,0
Bustos: Isolado fica difícil. Precisa de mais minutos. Ainda não dá pra saber que tipo de jogador o São Paulo contratou. Nota: 2,0
Igor Vinícius, Beraldo, Juan, Talles Costa e Igor Gomes: Destaques para Igor Vinícius, autor da cobrança de falta que originou o gol e pelas boas “paredes” que fez o jovem Juan. Em tempo, falando de Igor Gomes, reprovo totalmente xingar o jogador. Já que ele tá no time, vamos apoiar.
Rogério Ceni: Mais um jogo ruim de seus comandados. A má fase está durando muito. Que faça algo diferente contra o Atlético-GO. Porém, apesar disso, continuo achando que é o cara ideal para nós do Morumbi. Nota: 3,5
P.S: Gostaria de agradecer ao Daniel por mais uma oportunidade de escrever em um blog que sempre li e acompanhei. Obrigado.
Imagem por Rubens Chiri/SPFC
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Saudações Tricolores!
Giovanni Gdikian | São Paulo Sempre!
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(6) Comentários
Gomes
6 de setembro de 2022Muito justas suas notas Giovanni, parabéns! Sobre a expulsão do Welington, ao meu ver, foi totalmente pensada. Ele faz a falta e já vai saindo do campo pela linha lateral. Coisa de mau caráter.
Ricardo
5 de setembro de 2022RC é um professor pardal, tem o talento de todo jogo inventar alguma coisa para tentar contornar as mancadas do jogo anterior. E nessa toada de mancada a mancada, o barco está a mercê dos intempéries da natureza. Isto se os tripulantes, que são ruins, não piorarem a situação. Mais um ano triste, repleto de vexames e sofrendo para não cair para 2ª.
Emerson
5 de setembro de 2022Na boa, cansei de defender o Ceni e digo mais: Se ele voltar a por o Jandrei na quinta, perdeu completamente meu respeito e o do Felipe, que se não é ideal, está anos luz a frente, bem como do Couto, pois nem adianta dizer que o Couto joga neste momento, menos que o Jandrei! Faltando 13 rodadas, vendo que o time quando faz um gol é na pura sorte e não na competência, eu colocaria um 5-2-3-0: - sendo 3 zagueiros, dois laterais mais defensivos que tiver numa linha de 5, - dois volantes na frente da zaga, estilo Neves e o Colorado (não entendo pq nunca mais deu uma chance pro cara e o Maia está muito mal); - 3 meias/ ataque de algum combate e talvez algum lampejo de ataque, sei lá: Patrick pela esquerda, Galoppo na direita e Luciano (quando voltar da tendinite, enquanto isso Calleri ou o Bustos, quem estiver melhor, pois o Calleri é só briga, gol que é bom faz um tempo, e o Bustos é ver qual que é, pois pode ser mais parecido que o Luciano que o Calleri que fica isolado na frente). Falo neste esquema com uma postura compacta na linha de defesa mesmo, com contra-ataque de bumba meu boi na frente, pois nem ataque de velocidade existe, talvez inventasse um Igor de ponta no lugar do Patrick, e inverte o Galoppo na esquerda, pois o time não sabe chutar mesmo, só toma gols.. se quem sabe só empatar nas 13 que faltam, faríamos 43 pontos e acredito muito que seria o suficiente para se manter na A ano que vem, pois do jeito que vai...
Dan
5 de setembro de 2022Parabéns pela análise, Giovanni! Acompanho o blog desde 2009 aproximadamente e é muito legal ver esse espaço cedido pelo Perrone. Concordo quase em gênero e grau com tudo o que foi dito, só achei muito otimista acreditar numa virada na Copa do Brasil contra o Flamengo em pleno Maracanã com Pedro, Arrascaeta e companhia jogando o fino da bola. Mas já vimos tantas vezes a moeda cair em pé. Vai que, né!
Maurício
4 de setembro de 2022Infelizmente vamos lutar até a última rodada para não cair no brasileiro, time é muito mal armado pelo Rogério, até acho que ele já deveria ter percebido que este esquema com 3 zagueiros não está dando certo e mudar o esquema, todo jogo é a mesma coisa, perdemos todos as divididas, sobras e rebote no meio campo e ataque, tava na hora de jogar com 2 zagueiros e aumentar o número de jogador ali naquela região e quem sabe com mais gente a bola chegaria redonda para finalização, outra coisa que me deixa intrigado é a não interferência do diretor e coordenador de futebol, o time tá uma draga e ninguém aparece pra enquadrar as escolhas da comissão técnica, escolhas que não estão dando resultado, parece que estão satisfeitos com o futebol apresentado e o torcedor ficando louco com isso, daí não quer que a torcida se revolta, agora se por um milagre passar pelo Atlético goianiense na quinta, vamos continuar sendo enganados por esse futebol medíocre, tá na hora da diretoria se mexer e cobrar resultado e não ficar satisfeita apenas com posse de bola e outras estatísticas.