Thiago Carpini foi apresentado ao torcedor no início da tarde desta segunda-feira. Ao lado do presidente Julio Casares, o novo treinador do São Paulo respondeu perguntas dos jornalistas, explicando seu conceito de jogo para a torcida.
Um ponto que chamou a atenção no evento foi Julio Casares. O presidente negou que Carpini era alternativa a outros técnicos, como Juan Pablo Vojvoda, por exemplo. “Sempre esteve no nosso radar. Foi o primeiro que conversamos, o único que conversamos mais de uma vez. Ele sempre foi o plano A” – disse Casares no início da coletiva.
De uma maneira geral a entrevista coletiva foi protocolar mas muito positiva, com bastante esclarecimento por parte do técnico sobre pontos de interesse do torcedor. Colocarei aqui os pontos que mais chamaram a minha atenção ao longo do tempo que Carpini esteve à disposição dos repórteres na coletiva.
Sobre a idade e oportunidade de dirigir o São Paulo
“Vejo uma oportunidade muito grande e acho que a capacidade não está atrelada à idade. Todo mundo foi jovem um dia, teve uma primeira vez. Essa é a minha primeira de dirigir um clube desse tamanho. (…) Como pretendo lidar com isso, da idade? Com a mesma verdade, a mesma sinceridade. A gente cria um bom relacionamento, cria vínculo. Me colocando no lugar do atleta para tomar algumas decisões. Sabemos o tamanho da capacidade individual desse elenco. Estamos procurando uma equipe forte e competitiva para o ano do São Paulo”
Sobre a transição de Dorival:
“Temos nos falado muito diariamente (Carpini e Dorival). Sei que a demanda na Seleção vai ser muito grande, mas não está deixando de ter um cuidado, carinho, para que seja uma continuidade de sucesso. Muitas coisas do jogo do Dorival pensamos muito parecido. Quando tem uma herança de um trabalho vitorioso, de conquista, claro que se foi vitorioso tem muitas coisas boas. Não é porque cheguei agora que vou mudar tudo. As coisas boas a gente potencializa, algumas coisas pensamos diferente e é natural. De maneira tranquila, gradativa, vamos propondo nossa ideia.”
Sobre a Supercopa do Brasil:
“Eu prefiro tratar jogo a jogo. Eu sei que cada jogo tem um peso e uma representatividade diferente. É uma final, um título, um jogo grande, um clássico, mas temos um jogo grande no sábado contra o Santo André. É minha estreia, meu primeiro contato como comandante. Não podemos pensar na sexta rodada do ano antes de pensar no primeiro. Vamos um passo de cada vez. Nossa Supercopa é o Santo André sábado no Morumbi”
Sobre a parceria com Muricy Ramalho:
“É inevitável a referência que ele é para nós, treinadores jovens. Trabalhar num clube dessa grandeza tendo um respaldo de um cara como ele, é um privilégio. No sábado ele falou sobre a relação que ele tinha com o Telê. Eu quero que o Muricy seja o meu Telê. Sou desprovido de vaidade e quero aprender com ele”
Sobre o elenco 2024 e a disputa pela titularidade:
“Uma coisa que eu falei para eles (o elenco) hoje, que talvez seja até desnecessário, é que o ano posterior à conquista é mais difícil. Em relação aos nomes, minha preocupação não é onde vão jogar os jogadores. É entender dentro do comportamento individual como vamos ter o melhor coletivo. O São Paulo qualificou demais o elenco e dentro disso é uma dor de cabeça boa. Estarmos muito próximos de mexer o mínimo possível nesse grupo. Para criarmos vínculos. Mas isso já se tem no São Paulo.”
O jogo de Carpini:
“Eu gosto de um jogo mais impositivo, um jogo mais apoiado, de posse. Eu não gosto muito desse jogo de bola longa, um tiro de meta. Não que não possa bater, mas acho que quando se faz isso você coloca a bola em disputa. E aí é 50/50. Se tivermos organização, conceito para trabalhar de maneira mais organizada a nossa saída. Minimizando riscos, tendo bola de seguranças, podendo chegar com mais velocidade, superioridade numérica no setor da parte ofensiva do jogo, ser mais vertical, fazer a bola chegar mais na área. Eu cobro muito também a competitividade. Todas as equipes que dirigi acho que consegui esse equilíbrio”
Sobre James titular:
“Impossível te responder isso (James titular). Tivemos um dia de treino, vamos definir o plantel para os jogos. Não tem como dizer se esse é titular ou não. Vai jogar um jogo, vamos intercalando. Se eu fosse definir 11, impossível fazer isso num treino. E não é isso que acredito. Não é dessa maneira que eu trabalho. Dentro do todo, do coletivo, vamos ter sempre essa característica”
Preocupação com o cargo:
“O futebol é movido a resultado. Mas o nosso dia a dia está muito além do ganhar ou perder. O futebol vai muito além do ganhar e perder. Mas tudo está atrelado a resultado, vitória, conquista. A única coisa que talvez poderíamos refletir é sobre esse imediatismo”
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Saudações Tricolores!
Daniel Perrone | São Paulo Sempre!
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