São Paulo e Atletico-MG empataram em uma partida muito movimentada, sobretudo no primeiro tempo, pelo Campeonato Brasileiro. O resultado levou a equipe de Zubeldía para a Libertadores 2025 mas ampliou a grande freguesia recente do Tricolor em relação ao Galo.
Dois gols “relâmpagos” tomados (o segundo de fato uma falha defensiva) com muitos méritos dos atacantes do Atlético e um primeiro tempo de intensidade e superação. Em grande desvantagem no placar, o São Paulo fez um dos melhores primeiros tempos da temporada: jogou com intensidade, movimentação e amplitude de campo. Empatou e ainda meteu duas bolas na trave, que poderiam ter lhe dado uma virada ainda nos quarenta e cinco minutos iniciais.
Aí eu me pergunto: por que não jogar desta maneira intensa todos os jogos do campeonato, ou pelo menos todos os jogos do Morumbis, diante de sua torcida? É tão difícil assim? O desempenho Tricolor na primeira etapa ascendeu os torcedores, recém acostumados com partidas insossas de posse de bola e pouca agressividade nos gols adversários. Deveria ter sido aplicada em todas as partidas.
Por conta dos gols tomados em tão pouco tempo, o time jogou ligado, recebeu o apoio das arquibancadas, empatou e superou o ótimo adversário. Parecia uma noite de Libertadores e esse é um ponto importante. Por que não joga assim com regularidade?
A segunda etapa foi bem menos intensa. O Tricolor agrediu menos, foi agredido menos e o empate no final acabou sendo justo pela qualidade das duas equipes e o que o jogo se propôs. Do lado do São Paulo, boa parte do time cansou e as mudanças não fizeram efeito e esse também é algo para se avaliar. Idem ao Atlético.
A missão da Libertadores está cumprida. Com 59 pontos, o Tricolor está confortavelmente estacionado na sexta colocação, com gordura de sobra sobre o Cruzeiro, sétimo colocado, e com dificuldade de superar o Internacional, dono do melhor returno do torneio.
Para a vaga direta, somente se o Botafogo vencer a Liberta desse ano mas, pelo time cascudo e pelos atacantes que tem o Galo, não será uma tarefa fácil para o alvinegro carioca.
Nota dos personagens da partida:
Rafael: sem culpa nos gols. Nota: 6,5
Igor Vinícius: precisa jogar mais. Nota: 4,5
Ruan: início ruim mas depois se estabilizou. Nota: 5,5
Alan Franco: mais uma partida impecável. Nota: 9,0
Rafinha: improvisado, não comprometeu o setor. Nota: 6,0
Luiz Gustavo: partida regular. Nota: 5,5
Alisson: o meio-campo com ele é outro. Nota: 7,5
Lucas: um dos melhores em campo. Intenso. Nota: 9,0
Luciano: partida apagada, sem destaque. Nota: 4,5
Ferreirinha: ótimo primeiro tempo. Caiu na segunda etapa. Nota: 6,5
André Silva: atacante móbil, vem aproveitando as chances. Nota: 8,0
Patryck, Rato, Michel Araújo, William Gomes, Marcos Antônio: nenhum grande destaque nas mexidas do segundo tempo.
Zubeldía: o time sofre com oscilações e esta partida foi mais um exemplo. Porém, o primeiro tempo foi o exemplo real do que o torcedor quer da equipe em termos de intensidade, mobilidade e estratégia. Pegamos uma equipe forte, com dois gols de desvantagem e conseguimos superá-los junto com a torcidas. Esse Tricolor do primeiro tempo é o São Paulo mais próximo que queremos com as peças que temos. Nota: 6,0
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Saudações Tricolores!
Daniel Perrone | São Paulo Sempre!
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