É praticamente uma unanimidade o nome de Telê Santana como um dos maiores personagens da história do São Paulo. Além dos títulos expressivos, o técnico criou um novo DNA competitivo ao Tricolor, com o lema “objetivo, trabalho, persistência e realização”.
Eu mesmo tenho o Mestre como o meu maior ídolo fora das quatro linhas do gramado, equiparando-se com ícones do clube que vi jogar durante toda a carreira, como Raí e Rogério Ceni. Muitos torcedores também tem esse pensamento e até mesmo os jogadores que foram lapidados pelas mãos de Telê, como Cafú e o próprio Terror do Morumbi.
Porém um ídolo Tricolor dos anos 80 apontou outro técnico que para ele foi mais visionário que o Mestre. Segundo Silas, icônico meia dos “Menudos do Morumbi”, geração fantástica que contou com Müller, Careca, Sidnei e Pita, entre tantos outros bons jogadores, Cilinho foi o técnico que mais lhe impactou no futebol.
“Foi o grande cara, e não só pra mim. Se você perguntar para o Careca, Raí, Muller e Sidnei, todos vão falar a mesma coisa. Apesar do Telê ter ganho mais coisas importantes no SPFC, até foi pra seleção, mas o Cilinho chegou a ser mais treinador do que o Telê” – disse Silas no podcast PodCillo.
Expert em trabalhar com garotos de base, Cilinho ficou no São Paulo de 1984 a 1989, tendo uma curta passagem pela Ponte Preta neste período e se aposentou em 2012, passando por clubes como o Corinthians, Guarani, Bragantino, Portuguesa, América-SP e Rio Branco. O treinador faleceu em novembro de 2019.
A passagem de Cilinho foi tão marcante que há uma camiseta com seu nome, ao lado de outros grande ídolos do banco de reservas, como Minelli, Muricy e o próprio Telê. A camisa é licenciada pelo São Paulo Futebol Clube. Veja ela aqui.
Ainda na comparação com Telê, o ex-camisa oito dos anos 80 foi direto no que Cilinho tinha de melhor: “É uma opinião que não é só minha. Os dois foram muito craques como treinadores. Mas o cara era absurdo. Fazia a gente enxergar o jogo” – finalizou Silas.
De fato, Cilinho era genial. Um professor, muito a frente do seu tempo, que sabia como ninguém enxergar o potencial de cada jogador que tinha em mãos. Mesclou base com medalhões com maestria. O São Paulo Campeão de 86 do técnico Pepe tinha uma mão e cinco dedos do Cilinho. Merece a grande menção de Silas.
Quem lembra dessa fase maravilhosa?
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Saudações Tricolores!
Daniel Perrone | São Paulo Sempre!
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1 comentário
Ozzmair
28 de novembro de 2024Na 1ª vez que fui no Morumbis, o time era dirigido pelo Cilinho, foi o jogo 01 da decisão do Paulista de 87 contra o Corinthians. Que timaço... Gilmar, Zé Teodoro, Adilson, Dario Pereyra e Nelsinho; Bernardo, Silas e Pita; Muller, Lê e Edivaldo...