Nação do Maior do Mundo;
Palestra Itália, 45 minutos de um jogo morno e saída de bola do São Paulo quase no fim do primeiro tempo. O zagueiro Douglas está com a bola na linha defensiva, Denis se aproxima para dar opção com um Palmeiras atuando forte na marcação alta. Ele passa na fogueira para Buffarini; o argentino perde de Egídio, que toca para Dudú fazer o primeiro gol de fora da área de sua carreira.
Esqueçam o resto da partida: o foco é justamente a saída de bola Tricolor. Não é de hoje que o São Paulo, por convicção de Rogério, trata a bola no chão desde a defesa até o ataque. O chutão é em último caso até quando o atual técnico jogava sob o comando do colombiano Osorio. A saída pelo chão gera bons números de posse de bola, mas também vira um grande complicador quando o sistema não está afinado.
E não está afinado. O ‘interessante’ São Paulo é o melhor ataque e a pior defesa do Campeonato. Dá gosto de ver jogar mas também dá um frio na barriga dos seus torcedores. Se a intenção é o equilíbrio e o ajuste defensivo, isso passa obrigatoriamente por essa situação. Tocar a bola na defesa é legal quando temos jogadores acostumados e com aptidão para tal. Não me parece o caso, por isso, às vezes o famoso “bola para o mato” tem que ser regra.
Não é a volta do futebol feio, do chutão para o ataque, mas às vezes é preciso conciliar fiolofia de jogo com sintonia e propriedades dos atletas do elenco. Falando do último domingo, é a terceira ou quarta vez que Buffarini perde uma bola dessas no campeonato e Douglas (assim como Maicon e Rodrigo Caio), ao ser acuado, precisa virar beque de fazenda de vez em quando. Uma dose de “Luganol” ajuda.
Não é de hoje que eu estranho a saída de bola no chão do Tricolor e no clássico da Pompéia esse foi o calcanhar de Aquiles muito bem explorado por Eduardo Batista. Quando marcam o São Paulo em cima, a defesa tem que ser muito bem treinada para a transição ao meio. E também habilitada para o serviço. O Tricolor assustou em um ou dois lances antes do gol que mudou o jogo, e já perdeu pontos importantes usando mal esse recurso. Que sirva de aprendizado.
Ou o pessoal lá de trás aprende a fugir da marcação que cada vez mais será feita em cima do sistema adotado por Ceni ou vamos sofrer nos jogos derradeiros do restante da temporada.
Saudações Tricolores!
Daniel Perrone | São Paulo Sempre!
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Post aberto para comentários.
(12) Comentários
Guilherme Inocente
14 de março de 2017Perrone, vamos lá. O São Paulo não é o Barcelona, não tem lateral direito - Buffarini é um caos, só raça não ganha jogo. O primeiro gol do Palmeiras começou com um erro do Douglas, nome esse que a torcida tem calafrios cada vez que lembra o "Douglas Alves". Agora pensando no tipo de jogo implantado pelo Rogério por que não formar a zaga com Rodrigo Caio e Lyanco, tecnicamente melhores que os outros zagueiros. Ou fechar a casa com o Maicon e o R. Caio jogando de líbero pra ajudar a transição defesa - meio campo? Nesse sistema dá pra jogar no 3-4-3 com dois pontas, talvez L. Araujo e Tavares. Por que não usar essas formações para o Paulista? A torcida está dando o respaldo ao Ceni, mas ele não pode se afogar em algumas convicções sem pé nem cabeça. Quanto ao gol, se quer dar chance aos goleiros, manda o Denis embora, melhor chance pra ele não há, e testa o Renan e o Perri, já que até agora nenhum se mostrou confiável. Saudações tricolores.
Maicon
13 de março de 2017Acho que quando um time marca a saída de bola fica difícil para qualquer equipe, veja que o spfc também roubou muitas bolas perto da área adversária, então as outras equipes quando também pressionadas na saída de bola também erram, mas tem que treinar a defesa a sair com a bola se o goleiro passa para um zagueiro ou lateral, os volantes e os outros zagueiro e lateral ou até mesmo um meia deve se movimentar para receber a bola ou chamar a marcação para abrir espaço. Se ficar cada uma na sua posição fixa sera marcado facilmente.
José A. Pavinato
13 de março de 2017Voltaria com o esquema de 3 zagueiros, com o Araruna fazendo a ala direita. Tem boa saída de bola. Tanto o Bruno como o Buffarini falham muito.
Zé
13 de março de 2017Saída de bola é uns dos principais problemas do time junto com marcação frouxa e goleiros medíocres. Repare q foi exatamente isso q causou os três gols do Palmeiras. Primeiro saída de bola errada, q já vinha acontecendo desde de o começo do jogo. Segundo, uma marcação q deixa o cara pegar a bola, olhar, pensar, tomar um café e chutar pro gol, dá pra um cara fazer um gol passando pela defesa inteira do SP, é só ir pra cima. E terceiro Denis mais uma vez, ou dá uma chance ao Renan pra ver se aprova ou então contrata logo um goleiro de peso que resolva de vez o problema. Há outras coisas a serem melhoradas tbm, mas na minha opinião essas três são as principais.
Carlos
13 de março de 2017O maior problema deste esquema, é que os volantes não estão recebendo a bola e avançado, eles estão servindo só de parede pra devolver a bola pra defesa. Falta um volante que receba a bola e avance ao ataque, tenha visão de jogo junto de um meia que não tenta passar no meio de 2 jogadores e perca a bola ou toque feita uma vovó sem forças. João Schmidt já mostrou que não dá mais.
Fabio nogueira
13 de março de 2017Se os jogadores dá defesa do são Paulo não são capacitados para sair jogando como requer a filosofia de ceni então fica impossível. Ou trás uma zaga capacitada, ou muda ou amplifica a filosofia, porque com a defesa composta com Maicon e Rodrigo caio, jogadores de seleção, pra mim tem que jogar o feijão com arroz deles, bola para o mato que o jogo é de campeonato.
Celso Teixeira Gonçalves
13 de março de 2017Infelizmente os jogadores são limitados, já dizia Oto Glória - " Não posso fazer omelete sem ovos" - Entendo a posição do Rogério Ceni, mas não adianta pedir aos zagueiros que estão lá para jogar estilo Franco Baresi, pois falta qualidade!!!!! Mas tem que lembrar que nestes momentos em que a defesa é pressionada, cabe ao meio campo se movimentar para receber a bola. João Schmidt, Cícero e Thiago Mendes foram peças fixas no jogo de domingo!
Michel
13 de março de 2017Perrone... não sei se vc concorda.. mas não era hora de apostar no Shaylon no lugar de Cueva?? porque jogar com 3 volantes ninguém merece... ai vai a historia que não tem experiencia que era jogo contra time grande.. mas é nestes momentos que a personalidade do muleque aparece... o que me diz?
Daniel Perrone
13 de março de 2017Segundo Ceni, Shaylon ainda está amadurecendo no dia a dia do profissional. Vou na dele. abs
Evandro
13 de março de 2017A realidade é só uma, o Rogério não tem o Barcelona, tem jogadores limitados, que não conseguirão implantar esse sistema de jogo sem falhar. Como diz o blogueiro, apertou, bola pro mato. E o mais urgente: mandar o Denis embora (um empréstimo já iria bem), errar é humano, persistir no erro é burrice. Quantos jogos iremos perder por causa desse "jogador", quanto investimento irá para o lixo por causa de um único jogador???? Lembrem da Liberta do ano passado, das sucessivas falhas desse cidadão. Outro que pode pegar as malinhas e partir é o Buffarini, mais fraco que o Reinaldo, não justificou sua vinda e até parece estar fazendo corpo mole, falhou contra Audax, Santos, Palmeiras. Acorda São Paulo, acorda Rogério!
Renato
13 de março de 2017O maior culpado foi o Rogério, com uma escalação totalmente diferente dos outros jogos. O Denis nem adianta culpá-lo, o cara já é ruim de natureza, virou a "chacota" dos clássicos. Os jogadores tremeram, mais dá pra relevar pelo fato do time ainda estar em formação.
Gustavo Garcia Noleto
13 de março de 2017Que Denis e o Douglas são ruim e que o buffarini entrega isso nós já sabíamos, por isso também acho que a maior decepção foi o Rogério, a forma como escalou o time.. não teve coragem de manter o time ofensivo, tirou o que tínhamos de melhor, que é o thiago mendes no meio e a saída de bola com o João (que de segundo volante foi péssimo). foi um primeiro tempo que não tivemos uma chance de fazer gol. isso não desvaloriza o ótimo trabalho dele, mas infelizmente no jogo mais importante ele mesmo não acreditou em suas convicções do time ofensivo.