Nene: muita autocrítica e humildade para dar a volta por cima em 2019

Nene: muita autocrítica e humildade para dar a volta por cima em 2019

Nene foi o grande vilão do empate sem gols entre São Paulo e Sport na noite desta segunda-feira, no Morumbi. Além da fraca atuação com a bola rolando, o camisa dez Tricolor perdeu a maior chance de gol da equipe ao bater muito mal o pênalti anotado no segundo tempo.

 

Bastante abalado, o meia atacante comentou a performance, de desculpando com a torcida. “O pênalti batido foi ridículo. Eu também me vaiaria” – foi o resumo da sua mea culpa ainda na sala de imprensa do estádio.

 

É fato que Nene, contratação mais festejada no início do ano, não entregou o que se esperava dele no segundo semestre. Assim como o time, o camisa dez teve uma fase estupenda no primeiro turno, culminando com um gol incrível contra o Vitória no Morumbi e empolgou de vez a torcida. Mas decaiu assim como o restante do elenco, terminando o ano em grande baixa com o são-paulino.

 

Nene tem contrato até o fim de 2019 e conta com a atenção e apoio de André Jardine, explicitamente visto na substituição na própria partida contra o Sport. Mas precisará de muita autocrítica e humildade para dar a volta por cima perante uma torcida que não costuma aliviar para nenhum jogador. Até ídolos como Raí, Telê Santana, Muricy, Rogério Ceni e Lugano passaram maus momentos junto ao torcedor antes de virarem os santificados ídolos que são.

 

Raí teve um pífio primeiro ano no clube e só deu a volta por cima após ‘ajuste’ técnico e psicológico de Telê. Curiosamente o técnico multi-campeão também quase abandonou o clube após o vice-campeonato brasileiro de 1990. A derrota na final diante do Corinthians levantou fortes fantasmas do torcedor na época. Em 2004, após derrota na Semifinal da Libertadores diante do Once Caldas, Rogério Ceni e Lugano foram hostilizados no jogo seguinte no Pacaembu. Ceni, por exemplo, foi o maior alvo da torcida na época e por pouco não saiu. O mesmo aconteceu com Lugano. O uruguaio ficou no clube convencido por Marco Aurélio Cunha, que trabalhava com o elenco na época. Muricy também recebeu críticas contundentes no início de 2006 mas se consagrou com o tricampeonato Brasileiro.

 

Viradas épicas, de personalidades agora eternas no clube.

 

Dar a volta por cima no São Paulo, como estes personagens fizeram, é tarefa dificílima. Para começar Nene precisará entender que faz parte do elenco, podendo ou não ser aproveitado nos jogos em 2019. Foi assim com Zé Roberto no Palmeiras e foi assim com Renato, ídolo do Santos. Deste modo, aceitar essa atual condição será o primeiro passo para tentar entrar no hall dos notáveis Tricolores. O resto virá com trabalho, dedicação e companheirismo, atributos que, segundo o pessoal do CT da Barra Funda, ele possui de sobra.

 

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Saudações Tricolores!
Daniel Perrone | São Paulo Sempre!

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